Um assassino está à solta em Hogwarts e está de olho em um prêmio, ou vítima - ₊ ⊹ ᴠᴏᴄᴇ̂.
A cada carta, a cada pista, o jogo se torna mais perigoso. Mas em Hogwarts, onde o perigo e a magia andam lado a lado, quem será a última peça no tabuleiro?
1°...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O silêncio na sala parecia se prolongar por um instante a mais, enquanto Narcisa, impecável como sempre, ajeitava o colar de pérolas em volta do pescoço. Seus olhos claros passavam por todos nós com uma mistura de cordialidade e expectativa. Eu sabia que, sob a superfície elegante, ela era uma estrategista nata – suas palavras eram cuidadosamente medidas, cada uma carregada de uma intenção que muitas vezes não ficava imediatamente clara.
— Vamos direto ao ponto. — Ela começou com um sorriso educado, mas sua voz estava firme, como quem já havia tomado a decisão por todos. — Lucius e eu decidimos que será apropriado vocês voltarem para casa conosco neste fim de semana.
Mattheo, que estava de pé ao meu lado, quase engasgou com a própria respiração. Ele olhou para mim e depois para Draco, claramente lutando para não explodir em risadas.
— E por quê exatamente? — Draco perguntou, sua voz carregada com aquele tom de tédio típico dele. Ele cruzou os braços e inclinou levemente a cabeça, parecendo mais interessado em irritá-la do que em ouvir sua resposta.
Narcisa lançou-lhe um olhar gelado, mas logo retomou sua expressão calma.
— Porque, Draco, domingo teremos um evento muito importante. Uma celebração para anunciar nossa nova empresa. — Ela fez uma pausa, como se estivesse esperando que todos nós ficássemos impressionados com a novidade. Ninguém reagiu. — E é importante que a família esteja presente.
Eu quase revirei os olhos. Claro, mais um evento. Mais um daqueles encontros intermináveis e exaustivos com gente que não fazia nada além de exibir suas riquezas e contar piadas sem graça enquanto segurava taças de champanhe. Meu estômago já revirava só de pensar nas conversas vazias e nas gargalhadas falsas que ecoariam pelo salão.
Mas havia uma coisa que me incomodava mais do que isso: a maneira como Narcisa dizia "a família". A verdade era que eu não fazia parte dela. Por mais que ela usasse o tom doce e formal ao se dirigir a mim, havia uma linha invisível que nos separava, um lembrete constante de que, ao contrário de Draco, eu era apenas uma "acompanhante" de conveniência.
— Você precisa acompanhar Draco, querida. — A voz de Narcisa interrompeu meus pensamentos. Ela me olhou com um sorriso afável, mas seus olhos tinham aquele brilho calculado. — E será bom para vocês quatro passarem um tempo em casa.
Por um momento, considerei recusar. Quis dizer algo como "Eu não faço parte dessa família, por que deveria ir?", mas a expressão no rosto dela – tão perfeita, tão inabalável – me fez perceber que ela já tinha decidido. Recusar não era uma opção.
Draco suspirou, mas ele não disse nada. Apenas desviou o olhar, provavelmente já resignado à sua sina de herdeiro Malfoy.
Enquanto Narcisa continuava explicando os detalhes da "celebração" – quem estaria lá, o que seria servido, o quão importante era que todos estivessem devidamente apresentáveis – eu mal conseguia prestar atenção. Meu olhar vagou até Tom, que estava encostado em uma parede próxima, observando tudo com aquele ar de indiferença que parecia inabalável. Quando nossos olhares se encontraram, ele arqueou uma sobrancelha, como se perguntasse silenciosamente: Vai mesmo aguentar isso?
