Um assassino está à solta em Hogwarts e está de olho em um prêmio, ou vítima - ₊ ⊹ ᴠᴏᴄᴇ̂.
A cada carta, a cada pista, o jogo se torna mais perigoso. Mas em Hogwarts, onde o perigo e a magia andam lado a lado, quem será a última peça no tabuleiro?
1°...
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O dormitório de Mattheo e Draco estava tomado por risadas abafadas e conversas desconexas. Já era tarde da madrugada, e o cheiro de álcool e algo mais proibido pairava pesado no ar, deixando tudo levemente turvo e confuso. Eu estava largada no chão, encostada na lateral da cama de Mattheo, tentando acompanhar as conversas entrecortadas. Mas, minha mente parecia longe, distante do barulho e da movimentação ao meu redor. Ou talvez fosse o efeito da bebida, somado à erva que Mattheo havia passado de mão em mão, deixando todo mundo mais solto do que o normal.
Theodore estava jogado na poltrona perto da janela, os olhos fixos em algo invisível lá fora, talvez observando a noite ou simplesmente perdido em seus próprios pensamentos. A luz fraca da lareira fazia sombras dançarem sobre o rosto dele, intensificando a expressão distante e enigmática que ele sempre carregava. Ele tinha esse ar de mistério, como se estivesse carregando um segredo que ninguém tinha permissão de descobrir – e isso me consumia.
De repente, sem que ninguém mais parecesse reparar, ele se levantou. Sem olhar para ninguém, virou a cabeça, lançando uma última olhada antes de sair do quarto. Eu, obviamente, reparei. Mas ninguém mais parecia se importar.
Talvez fosse o álcool me dando coragem, ou talvez a erva me deixando mil vezes mais solta e destemida, mas antes que eu pudesse pensar melhor, me levantei também. — Vou pegar um pouco de ar — disse rapidamente, tentando parecer casual, enquanto me dirigia para a porta. Não queria que ninguém me questionasse, embora soubesse que Mattheo me olhava de longe com aquele tom de curiosidade.
O corredor estava silencioso e escuro, iluminado apenas pela luz fraca das tochas nas paredes de pedra. A silhueta de Theodore estava à frente, se movendo com uma confiança quase preguiçosa. Ele parecia saber exatamente onde estava indo, como se estivesse fazendo um caminho que só ele conhecia.
Eu o segui, mais por impulso do que qualquer outra coisa.
Ele saiu da sala comunal e virou uma esquina, sem pressa. Sem pensar, apressei o passo para alcançá-lo. Não precisava de palavras para saber que ele sabia que eu estava atrás dele. Parou no meio do corredor, virou-se devagar, e seus olhos encontraram os meus.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou com a voz baixa, um canto da boca se curvando em algo entre um sorriso e um desafio.
Eu cruzei os braços, tentando parecer mais confiante do que me sentia. — Apanhando ar, não está vendo? — respondi, tentando esconder a batida acelerada do meu coração.
Ele riu, um som rouco e baixo que ressoou pelo corredor escuro, como se a própria noite tivesse se alinhado com o tom de sua voz. — Curiosa demais para o próprio bem, não é? — ele disse, com aquele olhar desconcertante, como se me visse de uma maneira que ninguém mais via.
Sem esperar por uma resposta, ele fez um gesto com a cabeça, me indicando para segui-lo. Contra todo o bom senso, e contra tudo o que minha mente dizia, fui atrás dele.