Um assassino está à solta em Hogwarts e está de olho em um prêmio, ou vítima - ₊ ⊹ ᴠᴏᴄᴇ̂.
A cada carta, a cada pista, o jogo se torna mais perigoso. Mas em Hogwarts, onde o perigo e a magia andam lado a lado, quem será a última peça no tabuleiro?
1°...
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Uma semana havia passado desde aquela noite terrível, mas o peso da tensão continuava a pairar sobre Hogwarts como uma nuvem carregada. As aulas haviam sido retomadas rapidamente, e o fluxo de atividades escolares servia como uma tentativa desesperada de normalizar o que era impossível esquecer. No entanto, para mim, nada parecia normal.
Draco e eu continuávamos sem nos falar. Ele sabia que eu estava certa, mas a teimosia dele era maior do que o bom senso. Cada encontro casual pelos corredores era marcado por olhares rápidos e desinteressados, como se fossemos completos estranhos. Ele estava sendo infantil, e por mais que eu quisesse resolver as coisas, minha paciência tinha limites.
Pior do que o silêncio entre nós, porém, eram os olhares. Olhares pesados e cheios de desconfiança que me seguiam por onde quer que eu fosse. Os cochichos abafados entre grupos de alunos não deixavam dúvidas: os rumores estavam se espalhando.
"Foi ela. A filha de Snape."
"Estava com a Professora Sprout na estufa. Muito conveniente."
"Você ouviu que ela e Draco brigaram depois? Ela deve saber de alguma coisa."
Engoli o nó na garganta todas as vezes que ouvia essas insinuações, fingindo uma confiança que estava longe de sentir. Cada passo pelos corredores parecia um desafio, cada aula um teste de resistência.
Na noite anterior, Hogwarts realizou uma cerimônia em homenagem à Professora Sprout. Todo o Salão Principal foi decorado com vinhas e flores, como um tributo à sua paixão pela Herbologia. O clima era solene, com alunos e professores em silêncio por cinco minutos em respeito à sua memória. Mas nem mesmo aquele momento de luto foi suficiente para dissipar as sombras que rondavam a escola.
Agora, as aulas tinham voltado. Minerva McGonagall, em sua sabedoria e experiência, decidiu que manter os alunos confinados em suas comunais não era uma solução. - Restrição gera caos. - Eu a ouvi dizer a meu pai na noite anterior. - E sabemos que a maioria dos alunos não respeita as regras. Se o assassino ainda estiver à solta, essa estratégia só lhe dará mais oportunidades.
Ela tinha razão, é claro. Mesmo assim, a sensação de perigo parecia maior com todos espalhados novamente pelos corredores, especialmente à noite.
Na aula de Poções, sentei-me ao lado de Tom, como vinha fazendo desde o início daquela semana. Ele tinha sido meu porto seguro no meio do caos, e sua presença me dava uma sensação de estabilidade que eu precisava desesperadamente.
Do outro lado da sala, Draco estava com Blaise. Ele fingia que eu não existia, algo que vinha se tornando um padrão desde que discutimos. Cada vez que meus olhos se cruzavam com os dele, ele desviava rapidamente, dedicando-se de forma quase obsessiva à tarefa de cortar os ingredientes para sua poção.
Tom, por outro lado, parecia notar cada detalhe do ambiente. Ele inclinou-se ligeiramente em minha direção enquanto mexia sua poção com precisão casual. - Ele ainda está sendo um idiota? - Perguntou, a voz baixa e cheia de uma curiosidade que parecia mais por diversão do que preocupação.