Capítulo 13

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As últimas aulas era um saco, o que me fez ir mais cedo para o Ateliê, que era um prédio aonde o segundo andar inteiro era salas de danças de todos os tipos e estilos, Amy me matriculou assim que comecei a andar, já havia passado por uma leva de p...

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As últimas aulas era um saco, o que me fez ir mais cedo para o Ateliê, que era um prédio aonde o segundo andar inteiro era salas de danças de todos os tipos e estilos, Amy me matriculou assim que comecei a andar, já havia passado por uma leva de professores dos ritmos mais variados, hoje em dia fiquei apenas com a Madame Renault de Ballet e com Joan que ensinava dança contemporânea, me troquei no vestiário e fui para a sala de Joan.

— Tão cedo aqui? — Ouvi uma voz masculina e olhei vendo Jeremy na minha frente, agora um pouco mais forte do que eu me lembrava de dois anos atrás.

— Jem! — Sorri correndo para abraçar o garoto negro de tranças no cabelo, ele me apertou e me ergueu. — O que faz aqui? — Perguntei realmente surpresa.

— A volta do filho pródigo! — Deu os ombros e eu o encarei — Minha avó não está muito bem de saúde então... eu tive que voltar!

— Que merda! — Soltei antes que pudesse pensar.

Jeremy era um dos meus únicos amigos no Ateliê, provavelmente porque fomos obrigados a fazer dupla para várias aulas, mas preferíamos pensar que odiávamos as mesmas meninas e que ele era tão competitivo quanto eu.

— Pois é, eu estava finalmente conseguindo alguns papéis relevantes em peças na Broadway, mas... — Ele parecia chateado — Então eles precisavam de um substituto para Joan já que ela precisava de férias!

— Ela estava precisando de outra coisa! — O que não era mentira, ela estava muito estressada e aquilo só podia ser falta de sexo e olha que disso eu entendo.

— Mas não imaginei que você ainda estaria tendo aulas com ela! — Falou simples.

— Você que pulou etapas meu amigo! — Brinquei colocando a mochila no chão — Eu ainda tenho quase dois anos aqui até...

— Julliard! — Ele completou e eu sorri e ligou o som e colocou uma música com ritmo de salsa só que com algumas misturas, então um rapaz começou a cantar e eu ri alto.

— Joan ia ter um treco e Madame Ruiz está se revirando agora na tumba que ela foi se enterrar! — Brinquei porque Joan odiava salsa e Ruiz odiava salsa da atualidade, Jem estendeu a mão e veio dançando até mim, que peguei sem pensar duas vezes movendo o quadril e a cabeça e deixando meu corpo me levar, lembrei que mal sabia contar até dez e Ruiz já estava me ensinando a contar até sete para os passos.

— E como vai a vida? — Ele quis saber bailando comigo, me virou me fazendo afastar meu corpo e depois me puxando de volta — Seus pais? — Me girou para direita.

— A mesma coisa! — Respondi olhando para cima e elevando os braços, Jem me levantou e desceu mais perto e eu sorri, era bom não ter que explicar nada para o parceiro, ele abriu e fechou o passo comigo repetindo seus movimentos na mesma hora, acho que isso era o chato da salsa, se não for feito com alguém que você conhece e tem sincronia, por causa da velocidade era muito fácil dessincronizar. — E o namoro?

A Garota ErradaOnde histórias criam vida. Descubra agora