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Boruto

Há uns dias que eu venho me sentindo estranho. Eu sinto muito calor, muito frio, muita sede, muita fome, muito muito.

Tudo o que eu tenho sentindo, é muito.

Eu estou com a audição mais apurada, olfato mais apurado, e eu sinto que tem alguma coisa dentro de mim.

Por fora, ou eu sinto muito calor, ou muito frio. Agora por dentro, eu tô sempre sentindo muito calor. Parece que algo quer sair, mas tem alguma coisa impedindo.

Eu sou meio paranoico, então fui fazer algumas pesquisas, não fui no hospital, tenho medo, e não acho que eu esteja doente.

Nas pesquisas, não achei nada relevante, achei algo como "talvez você seja um ser sobrenatural e não sabe". Eu li pouco do livro, mas não dei muita moral não, embora eu esteja apresentando os mesmos sintomas descritos no livro.

Sobrenatural? Puff!! Que besteira! Isso não existe! Né?

Ou será que existe?

Não, não! Isso é impossível!

"Somos muito diferentes"

"Somos de mundos diferentes"

Lembrei do que Inojin e Sarada sempre dizem quando falo dos pombinhos. Será?

Depois da última aula do dia, estava com muito frio, então resolvi ir dormir.

Assim que deitei na cama, apaguei completamente.

Dormi um sono sem sonhos, mas acordei de repente suando e ofegante. Quando olho ao redor, percebo que estou deitado no meio de uma floresta. Atrás da universidade tem uma floresta, mas eu nunca fui lá, é proibido ir lá.

Olho ao redor assustado, estava muito escuro, mesmo que a lua brilhe alto no céu.

Me assusto com um canto de uma coruja próxima. Estou tão assustado que consigo escutar perfeitamente as batidas do meu coração.

-heyyy- aparece alguma de trás de mim do nada me fazendo gritar assustado.

-quem é você?!- me levanto do chão assustando, será que isso é um pesadelo?

Mas eu estou assustado demais para ser só um pesadelo.

-eu sou seu guardião! Muito prazer, Lev- diz estendendo a mão para mim.

-g'guardião de quê?- pergunto assustado enquanto me afasto para trás, mas acabo trupicando em um galho atrás de mim e quase caio, se ele não tivesse se teletransportado, repito, teletransportado, e me segurado a tempo.

Me solto ainda mais assustado.

-calma, calma. Você é muito assustado. Eu vou te explicar tudo. Você só tem que confiar em mim!- diz sentando no chão e se encostando em uma árvore.

-eu não confio em ninguém!- digo firme.

-você não tem opção bebê. Ou confia, ou confia- diz com a voz carregada de deboche.

Eu não conseguia ver ele direito, estava bem escuro, e os barulhos da floresta estavam me assustando.

-se você sentar aqui pertinho de mim, eu silencio os barulhos para você- diz enquanto bate no chão ao seu lado.

Estava assustado. Não sabia se podia confiar ou não. Mas como ele mesmo disse, eu não tenho opção, eu não sei sair da floresta, está de noite, muito escuro, e eu estou muito assustado com esses barulhos. Parece que a qualquer momento um bicho vai me atacar.

Me aproximei dele meio exitante e sentei ao seu lado encostado na árvore gigante que tinha ali no meio da floresta.

-e então? . . . - começo.

Lição Número 2: Não Se Apaixonar Onde histórias criam vida. Descubra agora