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"Eu vou precisar voltar à Rússia por alguns dias..." Eu disse tranquila tocando suas costas nuas.
O dia estava quase amanhecendo e nós estávamos esgotadas de um dia inteiro de trabalho, ela basicamente teve uma manhã com dois clientes, tinha passado a tarde inventariando e analisando dados que coletamos nos computadores de todos os associados da Antey na Costa Leste e durante a noite ela esteve lidando comigo e minhas saudades infinitas dela, eu não sabia como ela tinha aguentado chegar em casa, mas para minha enorme felicidade ela também invocou suas enormes saudades de mim no momento em que entramos pela porta do apartamento.
Nem mesmo chegamos ao quarto até que já estávamos exaustas. A mulher é uma máquina e parece estar sempre tentando atingir novos limites, me tendo em cada superfície da casa dela, marcando tudo com nossas presenças e bundas, era no mínimo o meu próprio oásis, eu não tinha do que reclamar, afinal nos momentos em que ela estava comigo, seu foco era completo em mim.
Ela bufou triste. "Sério?" Eu sorri de seu tom saudoso. Ela vinha usando muito disso a cada momento que nos encontrávamos se precisávamos desfazer nossa pequena rotina. "Você vai por quantos dias?" Ela tinha seu beicinho lindo e eu o beijei.
"Somente 3 dias lá e mais um pra voltar... 4 dias apenas... semana que vem, vou domingo à noite, fico de segunda a quarta, e volto na quinta..." Eu a adulei entre beijos. "Você gostaria de vir comigo?" Eu pedi e ela retesou se soltando de mim.
"Eu não posso, Czarina, tenho clientes agendados..." Ela disse reativa demais e eu bufei incomodada. Eu soltei suas mãos e levantei. Era melhor não comentar, sem pleitos hoje, eu posso apenas tomar um banho, posso apenas ignorar todos os pêlos arrepiados do meu corpo que me faziam sentir um felino prestes a atacar ou fugir. Sim, vamos fugir.
"Ok, eu vou tomar um banho e eu... preciso sair para uma reunião..." Eu soltei ausentemente e fui direto para o banheiro. Meu banho foi um momento de me segurar para não chorar e não me zangar. Eu consegui não chorar, mas sobre me chatear não tive tanto sucesso.
Eu saí do banheiro ainda nua, talvez se nós duas fizéssemos algum amor zangado tudo seria esquecido mas ela não estava mais no quarto. Havia um dos meus ternos separados em cima da cama, sapatos e minhas jóias. Eu olhei tudo me sentindo cuidada mais uma vez. Ela sempre faria pequenas coisas como essa. Era tão esposa...
Óbvio, uma esposa que não me assume.
É como se eu fosse a amante e a profissão fosse a esposa dela.
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Pretty Woman
RomanceYelena é dona de um império de defesa de guerra, conhecida como a Czarina da Paz. Ela é como uma Miss, só querendo a paz mundial, ou quase isso. Kate é a melhor, mais legal e mais profissional profissional do sexo da cidade. KittyKate não quer nada...