O Garoto Mais Popular de Hogwarts | Drarry

Vigésimo capítulo: Fim de ano de 1993, pt.1

As coisas ficaram agitadas pelo final de ano, entregas de trabalhos, tarefas, provas, ou seja, os meninos mal se viram, apesar de vez ou outra Harry receber um passarinho de origami em sua mesa quando os professores estavam de costas ou distraídos o suficiente para não verem o pedaço de papel voando entre as carteiras ou voando rápido pela cabeça dos alunos.

A última vez que se viram de fato foi pouco antes de subirem nas carruagens para o Expresso de Hogwarts.

Draco já estava convencido que iria conseguir conquistar o coração de Harry, que era questão de tempo, já Harry se sentia mais aproveitando a doce ilusão de uma paixão do que acreditando de fato que daria em algo. Cada gesto gentil e meio do sonserino só alimentava cada vez mais esse sonho.

Ao desembarcar, Draco varreu os olhos pela plataforma, buscando sinais de sua mãe, a encontrando um pouco mais longe na multidão com um sobretudo grosso e luvas quentinhas. Se despediu de Theo, desejando boas festas, e correu para o outro lado da plataforma.

Narcisa cumprimentou o filho com um pouco de pressa, querendo logo voltar para o aconchego de sua casa quentinha. Ela não gostava de calor, pois a deixava suada, mas não gostava de frio, apesar de preferi-lo ao calor.

Virando a cabeça para dar uma última olhada na plataforma, em seu amigo, e se tivesse sorte, em Harry, Draco reparou no amigo sozinho com olhar perdido. "Mãe, você viu os pais do Theo?"

"Não os vi, por que?"

"Porque acho que Theo não está os encontrando."

"Vamos ajudá-lo." Narcisa tomou a frente, virando a cabeça procurando por Edgar ou Eleanora, não os vendo em lugar algo ali.

Theo sentiu uma pontada de alívio ao ver que não estava sozinho, que os Blacks ainda não tinham ido embora e que estavam se aproximando dele. "Eu... eu não sei onde estão. Será que meu pai esqueceu que era hoje que tinha que me buscar?"

"Ou pode ser que ocorreu alguma emergência." Narcisa comentou. "Por que não vamos todos para casa? Mando uma carta ao seu pai que está conosco. Devem estar cansados da viagem e não pode ficar aqui sozinho."

Ainda um pouco assustado, Theodore assentiu, seguindo-os para fora da estação.

"Ei, não fica assim." Theo via o amigo sorrindo para ele. "Deve ter acontecido, e se ele esqueceu, que mal tem? Vai jantar conosco! E se ele não aparecer, vai dormir em casa."

Ele deu um sorriso pequeno, se deixando levar pela esperança que ficasse nos Blacks, porque voltar para casa nunca era divertido. Narcisa era muito mais carinhosa com ele do que a própria mãe, ela o tratava como se fosse da família e não se importava quando ele e Draco faziam barulho de madrugada ou se comiam besteiras.

Logo que chegaram no casarão da família, a primeira coisa que os meninos fizeram foi tomar um banho e colocaram uma roupa confortável e Narcisa enviou uma carta a Edgar, torcendo para que ela chegasse o quanto antes a ele.

O jantar foi farto e bom, apesar de Theodore ver a preocupação na mãe do amigo. Sabia que era um ato totalmente irresponsável do pai, mas por ele, que seu pai esquecesse dele aquele feriado e passasse o natal e ano novo com os Blacks.

Os meninos ficaram jogando cartas por um tempo, na esperança de Edgar chegar a qualquer momento, mas quando o relógio bateu dez horas, Narcisa ordenou aos dois que subissem e fossem descansar.

"Espero que meu pai me esqueça aqui." Theodore comentou, deitado na cama vendo o amigo escovando os dentes.

"A neve está pouca esse ano... Podemos ir até a cidade desta vez."