.: Quarto ano :.
No céu cinzento e pelos ventos que cheiravam à chuva, Breu voava de volta para Oxford. A casa estava silenciosa há algumas horas. Narcisa estava incomodada, sentindo que algo estava errado, mas não sabia o que. Os meninos estavam estirados na cama lendo, mesmo que ainda de modo preguiçoso, com os olhos pesados e as mentes dispersas.
À medida que voava de volta para Oxford, Breu avistou a cidade se estendendo abaixo dele. O animal alçou voo em direção à rua residencial dos Blacks, mergulhando entre as nuvens pesadas.
Ao se aproximar da casa, Breu desceu em espiral, contornando os telhados até encontrar o local exato. Seu bico batia suavemente no vidro da janela do quarto de Theodore.
O som do bico de Breu contra o vidro os fez pular, surpresos e alertas. Levantaram-se imediatamente para ver o que estava acontecendo.
Draco, ao perceber a presença de Breu, abriu a janela, permitindo que a coruja adentrasse o quarto. O pássaro majestoso pousou com graça, suas asas se recolhendo elegantemente.
"É do Harry?"
Tirando a carta dos pés da coruja, o loiro respondeu: "É. Obrigado, Breu."
"Vem." Theodore esticou o braço e a coruja negra pousou.
No mesmo montinho de cobertor onde Hyperion estava enfiado, Theo colocou Breu para se aquecer.
Os olhos castanhos foram até o loiro que lia a carta. "E aí?"
"Ele disse basicamente o que disseram no rádio, mas disse que está bem, que não ficaram feridos."
"Que bom."
"Mais ou menos, não é? Quer dizer, ainda há algo de errado nessa história toda."
"Sim, mas ele não foi ferido, e talvez não seja nada com que se preocupar."
"Minha mãe está preocupada. Acho que ela está com medo."
"Por que?"
"Hoje de manhã... ela não viu que eu estava chegando. Ela tinha o olhar vago e disperso..."
"Por que não chama sua tia para vir ficar um pouco com ela? Acho que sua mãe possa estar preocupada também com voltarmos para a escola tão perto disso."
"É uma boa ideia. Posso usar o Breu de novo? Damos de comer a ele antes dele ir."
***
Narcisa agia de maneira estranha desde que saíram de casa até a plataforma do Expresso de Hogwarts. A preocupação era evidente em seus olhos, mas ela tentava manter uma aparência firme. Andromeda, que os acompanhara, estava tentando manter o clima leve e descontraído.
Ao se despedirem, Draco sentiu o abraço de sua mãe com mais força do que o comum. Era como se ela tentasse expressar todo o amor e proteção em um gesto. Narcisa se aproximou de Theodore e o abraçou também. Theodore corou ligeiramente, surpreso, mas assentiu em resposta a todas as instruções de Narcisa para comerem bem, estudarem e manterem contato.
Já dentro do trem alguém chamou por Draco, Hermione acenava para eles.
"Oi, meninos, por que não procuramos o Harry juntos?"
"Ele deve estar com os Weasleys." Respondeu Draco.
"E o que que tem? Agora temos que ser amigos, não? Namoram, não podem fugir de nós para sempre."
Draco olhou para Theodore, que deu de ombros. Eles seguiram Hermione, juntando-se a Harry e Ron.
Ao entrar na cabine, Harry se levantou e abraçou Draco, surpreendendo não só ele, mas também os outros grifinórios na cabine. Sentaram lado a lado e ficaram observando pela janela, acenando para os parentes enquanto o trem partia.
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O Garoto Mais Popular de Hogwarts | Drarry
RomanceUma história onde Harry Potter se apaixona pelo garoto mais popular de Hogwarts: Draco Black. James e Lilian Potter conseguiram escapar de Voldemort e Narcisa se divorcia de Lucius, criando sozinha Draco, com ajuda de sua irmã Andrômeda. Os meninos...