Nono capítulo: Férias de 1993 - Os Nott

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O sol adentrava fervendo pelas janelas do Expresso de Hogwarts que já andava em uma boa velocidade pelos campos do Reino Unido. Alguns chocolates derretiam nas embalagens sem os meninos perceberem, enquanto conversavam e riam, entusiasmados para as férias.

"Acha que tem mais chances de seus pais deixarem você ir se minha mãe pedir ou acha que deixará eles raivosos?" Draco perguntou a Theodore, abrindo um pacote de um salgado de carne.

"Acho melhor eu pedir e se eles resmungarem eu aviso você."

"Sei que pode ser pessoal, mas... eles já disseram algo específico sobre mim e minha mãe?"

"Bom... já." Theo encarou o amigo por alguns segundos, vendo que ele queria ouvir o que disseram. "Acham que sua mãe deu um golpe no seu pai, e que ela enlouqueceu. Depois de descobrirem que ela se juntou a Andrômeda acham que ela é uma traidora e uma farsa... Quando... quando disse aos meus pais ano passado que éramos amigos eles quase surtaram..."

"Que merda."

"É, totalmente. Por que adultos são tão chatos e complicados?"

"Não sei. Que não sejamos assim quando crescermos."

"Acho que fujo de casa se eles não deixarem eu ir para sua casa. Eles estavam tão chatos no Natal, mal falavam nada, meu pai estava sempre sério e minha mãe parecia muda, mal olhou para mim."

"Acho que deve ser um problema de adultos. Me mande cartas quando estiver em casa."

"E você, vai pros Potter?"

"Acho que sim."

"Não parece dizer isso com muito entusiasmo."

"Se o padrinho do Harry estiver lá, eu não vou."

"Quem é o padrinho dele?"

"Meu primo de segundo grau. Ele nos odeia."

"Por que?"

Começando a se sentir mal, Draco dá de ombros. "Não sei ao certo. Passa uma barinha."

Theo observou o amigo sem jeito, desconfortável. Ele pegou a embalagem da barrinha de chocolate, e vendo a embalagem se moldar aos seus dedos ele disse: "Meleca, derreteu completamente."

"Tudo bem." Draco pegou e abriu só um pouquinho da embalagem.

"Acho que derreteram todos, droga."

O trem continuou sua jornada, e as paisagens de campo se desenrolavam lá fora enquanto Draco e Theodore compartilhavam chocolates derretidos e conversavam sobre suas férias. O entusiasmo pelas férias de verão era palpável, mas havia uma sombra de preocupação nos olhos de Theo quando ele mencionou que seus pais não eram muito favoráveis a Draco e sua mãe.

Enquanto a tarde se transformava em noite, a escuridão do lado de fora do trem era preenchida pelas luzes suaves do vagão. Foi nesse momento que uma batida suave na porta chamou a atenção de Draco.

"Oi, licença..." Harry disse ao abrir a porta. "Draco, a gente pode conversar aqui fora? É rapidinho."

"Claro."

Já fora da cabine, um pouco fora do alcance da visão de Theodore, Harry começou a dizer: "Hm... queria saber quando é melhor para você ir a minha casa. Minha mãe me perguntou ontem, mas não tinha tido a oportunidade de te perguntar.

"Eu não sei ao certo, mas acho que no final do mês de julho parece bom."

"Meu aniversário é no último sábado, se quiser pode ir dormir e ficar para a comemoração. Já ia te chamar de qualquer forma."

Draco sentiu uma pressão no peito, só de pensar em uma festa com a família de Potter, seus amigos grifinórios e Sirius. Via um certo olhar de animação em Harry, mas não podia, não conseguiria fazer aquilo. "Podemos deixar para agosto?"

O Garoto Mais Popular de Hogwarts | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora