Déc. nono capítulo: Revelação

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.: Terceiro ano :. 

O aroma característico de livros velhos e poeira invadiu as narinas de Draco enquanto ele avançava em direção às estantes da biblioteca. Seus dedos traçaram as lombadas dos volumes, procurando pelo livro recomendado por Lupin. A atmosfera tranquila da biblioteca contrastava com a agitação que começava a se formar em seu interior.

Ao dobrar um corredor, Draco notou um murmúrio. Ele virou para o lado e viu uma mesa no canto que estava ocupada por Harry, Granger e a Weasley.

Draco sentiu seu estômago se contrair quando percebeu a proximidade entre Harry e Weasley. A ruiva inclinava-se sobre a mesa, compartilhando suas anotações. Uma risada suave escapou dos lábios de Harry em resposta a algum comentário de Weasley.

O coração de Draco começou a bater mais rápido, uma sensação desconhecida de aperto se instalando em seu peito. Ele se viu observando a cena com uma intensidade que não conseguia explicar.

A angústia se misturou com o ciúmes enquanto ele testemunhava a interação dos dois. Sentiu como se estivesse à margem de algo que não compreendia completamente. Porque Harry tinha de estar lá ajudando a Weasley com suas anotações do segundo ano, tendo Granger ali? E por que raios Harry estava estudando história, sendo que havia se oferecido para ajudá-lo?

Draco ficou ali, parado, por mais tempo do que gostaria de admitir. Uma tempestade de emoções tumultuava dentro dele, e a racionalidade parecia ter se dissipado na presença de Potter e Weasley. Finalmente, Draco cruzou o corredor para outra estante pegar o que precisava e recuou, afastando-se silenciosamente da biblioteca.

À medida que se distanciava, ele tentava ignorar a sensação de que algo havia mudado naquele breve momento. Seus passos o levaram para fora da biblioteca, mas o eco das risadas e murmúrios continuou a ressoar em sua mente.

Mais tarde, na quietude do dormitório da Sonserina, Draco deitou-se em sua cama, mas a agitação persistia em sua mente. Draco percebeu o quão desproporcional tinha sido sua reação. Sentir ciúmes era compreensível até certo ponto, mas a intensidade de suas emoções o deixava perplexo. Por que se importava tanto com a interação de Harry com as outras duas? Por que aquilo o incomodava tanto?

As perguntas reverberavam em sua mente, até que Draco, em um momento de clareza, admitiu a si mesmo a verdade que tentava evitar. Ele não estava apenas irritado ou com ciúmes; algo mais profundo estava acontecendo. Uma epifania o atingiu como um raio, e ele se pegou pensando no quão gracioso Harry parecia ou como seus olhos verdes brilhavam.

O reconhecimento o atingiu como um feitiço, e Draco sentiu seu peito se expandir com uma mistura de excitação e ansiedade. Era como se uma peça fundamental do quebra-cabeça tivesse se encaixado, revelando uma imagem que ele não queria encarar. A verdade estava ali, nua e crua: Draco Black estava apaixonado por Harry Potter.

A revelação foi avassaladora, deixando Draco inquieto e perdido em seus próprios pensamentos. Ponderou sobre as implicações desse novo entendimento. Como lidaria com isso? E, acima de tudo, como Harry reagiria se descobrisse?

De repente escutou um barulho do outro lado.

"Boa noite, Draco."

"Noite." Respondeu a Theo.

Ele suspirou e se deu conta de que estava prestes a embarcar em uma jornada emocional complexa e desafiadora, revelando um território desconhecido.

***

"Vamos ver o jogo?" Theodore perguntou à mesa do café da manhã de sábado.

"Você falando de quadribol?" Draco riu.

O Garoto Mais Popular de Hogwarts | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora