Draco, 1989 - 1991

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I. PARTE

O corredor longo do primeiro andar estava escuro, com apenas uma luz fraca passando pelas cortinas finas. A lua estava no topo dos céus, refletindo uma luz branca suave permeando a Mansão Malfoy.

Draco, envolto nesse cenário sombrio, tremia de maneira incontrolável. Seu peito queimava, uma sensação abrasadora que contrastava com o frio ao seu redor. Seu rosto, úmido e os olhos inchados. Ele estava com muito medo, como nunca sentira, mas mesmo assim estava em silêncio, no aguardo.

Ele olhava para todos os lados, observando as portas abertas dos cômodos escuros, como se a qualquer momento algo pudesse aparecer e saltar nele.

Seu corpo ainda sentia cansaço e certa fadiga, mas nada que ele reparasse naquele momento que se via sozinho no corredor do seu quarto que havia visto alguns minutos atrás a mãe entrar, arrancando seu pai de lá aos berros, o levando para o andar debaixo.

Mas então ouviu o saltinho do sapato de sua mãe.

Narcisa correu desajeitada até ele, se ajoelhando no chão frio, dizendo em sussurros: "Vá para o guarda roupa de seu quarto e tranque as portas com essa chave, só abra para mim, está bem?" Ela colocou a chave fria na mãozinha do filho, depois passando a mão no rosto dele. "Por que não vai pegando as roupas que mais gosta? Faça uma malinha para irmos daqui a pouco."

"Mãe..." Chorou.

"Não abra a porta em nenhuma circunstância, só para mim. Agora vá."

Sem nenhum beijo ou abraço ela se levantou e voltou para as escadas que subira.

O pequeno Draco deu uma última olhada na mãe antes de correr para o quarto, trancar a porta com a chave que sua mãe havia dado e depois se trancado no guarda roupa.

No silêncio sufocante do breu, Draco estendeu as mãos hesitantes, seus dedos explorando cuidadosamente o cômodo buscando sua mochila da escola e ao encontrá-la seus dedos trabalharam com urgência para retirar tudo e começou a tatear as roupas dos armários fazendo o que sua mãe havia pedido, porque Draco amava sua mãe mais que tudo e faria tudo o que ela pedisse. Seria um bom filho.

Depois de colocar algumas mudas de roupas e Drogo, seu dragãozinho verde de pelúcia, na mochila, ele se sentou abraçando a mochila pesada atrás da porta, esperando ouvir a voz de sua mãe.

Ouviu eles brigando, berros e se assustou quando ouviu algo quebrando no chão.

De repente silêncio.

"Mon amour?" Ele ouviu junto de dois toques leves na porta. "Pode abrir, está tudo bem."

Devagarinho Draco se levantou, ainda abraçando a mochila, e abriu a porta do guarda roupa, dando um passo para fora.

"Mon amour?" Escutou mais nítido, então largou a mochila e saiu correndo até a porta a abrindo, vendo sua mãe com um sorriso cansado.

Narcisa se abaixou para pegar seu filho no colo, apesar dele já ter nove anos e ser pesado.

"Maman..."

"Vai ficar tudo bem." Narcisa segurou Draco nos braços por um tempo, aninhando-o com ternura.

O silêncio se prolongava entre os dois, quebrado apenas pelo ocasional soluço choroso abafado do pequeno. Ela olhava para o filho com um misto de preocupação e alívio, os olhos cansados refletindo o esforço para manter a coragem diante das adversidades.

Após um tempo, ela suavemente o colocou de volta no chão, segurando-o pelos ombros e sorrindo de maneira reconfortante. "Mon amour, agora vou pegar sua mochila e uma mala que fiz para nós. Vamos para um lugar seguro, está bem?"

O Garoto Mais Popular de Hogwarts | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora