2_Abandono

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Galerinha quando tiver isso aqui "" é pensamento blz.

- Tive uma ideia- Depois de procurar bastante Inko pega um saco de lixo do armário e fita adesiva. Ela tampa a boca de Izuku com a fita e o coloca dentro do saco sem acorda-lo, fechando-o com fita logo em seguida.

Ela sai de casa, entra no carro e coloca Izuku no banco do passageiro indo em direção a praia.

...

Izuku acorda assustado, ele não sabe onde está, não consegue enxergar nada e está começando a ter um ataque de pânico. Ele ouve passos e no que parecer ser provavelmente areia. Eles estão na praia? Mas espera... eles quem?

Ele está desesperado. Izuku está sendo sequestrado, como? porque? ele não valia nada então, porque diabos ele.

Os passos pararam, ele vai morrer agora? Izuku não para de se contorcer tentando achar uma forma de sair, embora nada pareça dar certo, ele está ficando sem ar.

Ter um rabo de peixe não parece muito favorável nessas horas.

Ele sente o chão e logo em seguida um barulhos de motor. Estão em um barco.

Conseguindo fazer um pequeno buraco no saco, o menino tenta olhar ao redor, fracassando.

...

Izuku deduz que tenha se passado uma hora mais ou menos, quando finalmente o barco para e ele é pego novamente.

- Me desculpe Izuku

Izuku para de se mexer por um momento, ele reconheceu aquela voz, cheia de angústia que não ouvia a um tempo. Era sua mãe.

Ela estava novamente repetindo aquelas palavras, aquelas malditas palavras, que o assombraram por dois anos e que já não tinham mais sentido.

Antes que ele possa dizer algo, sente o impacto da água abaixo de si.

Ele estava sendo jogado fora... pela sua própria mãe.

Embora quisesse chorar e gritar com todo o ar de seus pulmões, estava ficando sem ar, precisava sair daquele saco de lixo.

tentou se acalmar, tirou a fita de sua boca, só percebendo que estava com ela agora e usou as unhas para abrir um buraco, sucesso. Assim que consegue sair do saco de lixo, Izuku nada surpreendentemente rápido para a superfucie, sem antes puxar o máximo de ar para dentro de seu peito.

Ainda bem que ele respirava em baixo d'água.

Ele tira metade de seu corpo da água e percebe que está no mar. Analisou seu arredor, não havia nada, a praia não estava mais ali.

Entrou em pânico novamente.

Após três horas nadando sem parar, bem, ele deduz que tenha passado esse tempo, não encontra praia nenhuma, pra começar que ele nem sabe pra que lado ela está, e mesmo que chegasse lá teria que esperar até alguém ir socorre-lo.

Izuku já está esgotado, era o fim do dia e ele não teve nenhum sucesso ou pista.

O quão longe sua mãe o jogou fora?

Ela estava tão desesperada que ele voltasse a esse ponto?

O quão longe ele tinha nadado e quanto tempo havia se passado?

Ele não sabia responder nenhuma das perguntas e ficar sem respostas estava fazendo com que ele enlouquecesse.

Parando de nadar ele simplesmente afunda até o chão do mar e adormece ali mesmo, com esperança de que isso tudo fosse um sonho e ele acordasse na mesa da cozinha novamente, mas ele sabia que estava apenas tentando fugir da dolorosa verdade.

Q.d.t

8 anos depois

Izuku p.o.v

Acordo ao amanhecer, mentira, não faço a menor ideia de que horas sejam. Levanto da minha cama feita com algas e musgo. Pode parecer desconfortável quando a descrevo assim, mas é muito melhor do que deitar na areia.

Saio da caverna que considero como minha casa onde tive que lutar com um tubarão por ela e por causa disso tenho uma pequena cicatriz no braço, embora não seja um problema.

Não sei quanto tempo se passou desde aquele dia. Embora tenha me acostumo a morar aqui as vezes é bem entediante.

Começo o dia cantando lixo pelo mar, aqueles malditos humanos não sabem ficar no seu próprio canto e invadem meu território o tempo todo, mas isso não vai ser mais um problema quando eu exterminar a raça deles.

Após juntar algumas pilhas de lixo, pego tudo, vou até a praia e com o lixo enterro alguém que esteja passando por ali. De qualquer forma estou apenas devolvendo o que pertence a eles.

Ha sim, a praia, eu a encontrei alguns anos atrás quando já havia desistido de voltar para o mundo terrestre. Percebi que não valia a pena me agarrar a alguém que se esforçou tanto para esquecer da minha existência. Ou talvez, ela ainda tenha culpa e remorso no peito, eu ficaria feliz se fosse a segunda opção.

Eu poderia ter voltado, pelo menos, para tirar respostas dela, afinal, aprendi a voltar para minha forma humana, mas logo desisti da ideia, embora imaginar o rosto dela ao me encontrar fosse engraçado, percebi que não seria só ela a sofrer.

...

Deixado o lixo vou embora, ha um lugar onde navios despejam lixo na água, e bem, eu amo naufragar aqueles navios, mas acho que as pessoas estão começando a desconfiar dos desaparecimentos... foda-se, vam bora.

No caminho do local me deparo com um golfinho gravemente ferido. Realmente não gosto de golfinhos, mas não vou deixa-lo morrer... se bem qu-

-Não Izuku, não sucumba a vontade- digo para mim mesmo batendo a palma das mãos em minhas bochechas - não basta matar humanos.

Vou até o animal ferido, enfio a mão dentro do saquinho que fica pendurado em minha cintura e tiro uma pequena escamas dourada de dentro. Dou-a para o golfinhos comer e logo em seguida seu ferimento se cura, ele faz um pequeno gesto em agradecimento e vai embora.

"Já vai tarde"

Minhas escamas. Ha um tempo atrás percebi que de vez em quando alguma escama de minha cauda ficava dourada e caia, sendo substituída por outra.

Em um dos casos, um peixe ferido que passava do meu lado comeu a escama e de repente se curou.

Então percebi que elas também tinham algum tipo de poder e comecei a as guardar sempre ao meu lado para casos de emergência, ou algo assim.

...

Chego no local e já vejo um barco despejando galões na água a contaminando, mas assim que eu vou agir, alguém faz isso antes de mim.

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Continua...

Izuku mermaidOnde histórias criam vida. Descubra agora