Baki Hanma

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Momentos aleatórios.

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Pickle.

Pacífica estava no playground que Tokugawa pediu para que construíssem  especificamente para ela.

— Olhando por esse ângulo, ela não parece diferente de uma criança normal– Baki observava a garota brincar com alguns blocos de construção.

Na sala, estavam presentes o Hanma mais novo, Hanayama e Retsu que havia perdido a perna recentemente em batalha.

Notando a presença dos três, Pacífica decidiu chama-los para brincar. Ficando na mesma posição de ataque de seu pai, a menina avançou em direção ao mais baixo e acertou a testa de Baki.

O impacto fez com que ele caísse inconsciente, assuntando os outros dois. Vendo o estado do seu colega, a menina começou a fazer a mesma dança da vitória que Pickle fez quando nocauteou o garoto.

— Uma criança normal você disse...– Kaoru comentou com sarcasmo vendo seu amigo caído no chão e sendo ajudado por Retsu que estava incrédulo.

— O que está acontecendo?– Tokugawa perguntou chegando no playground juntamente com Yujiro.

Vendo a chegada dos dois homens, a garota pré-histórica decidiu também incluí-los em sua brincadeira. Notando a postura da criança, o Ogro somente colocou as mãos nos bolsos e esperou o impacto.

Avançando assim como fez com Baki, a cabeça de Pacífica acertou bem na testa do Hanma mais velho, que nem se mexeu.

Sentindo algo escorrer por seu rosto, a menina tocou em sua testa e percebeu que o impacto abriu um ferimento que agora sangrava.

Assim como qualquer outra criança, a primeira reação dela foi chorar, mas vendo que todos a observavam, a morena imediatamente prendeu o choro e se levantou.

Passando pela porta, ainda segurando a cabeça machucada, ela partiu em direção ao seu pai que dormia tranquilamente sem saber o que estava acontecendo e se jogou em cima dele.

Confuso, Pickle acorda e a primeira coisa que nota é o olhar choroso de sua filha e o sangue escorrendo de seu rosto. As próximas horas foram uma confusão total.

Pickle estava furioso e tentava acalmar a pequena que chorava devido a dor e vergonha.

Com certeza não foi uma boa ideia tentar imitar o homem pré-histórico.

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Yujiro Hanma.

Ser uma adolescente era complicado, agora, ser uma adolescente com sangue Hanma era ainda pior.

Quando nasci, minha mãe ficou com medo de que meu pai pudesse me matar por eu ser uma garota, então antes de morrer, ela pediu para que Gerry Strydum cuidasse de mim e garantisse que o Ogro não soubesse da minha existência.

Ele cumpriu com o último pedido dela e eu vivi os últimos 18 anos sem conhecer o meu pai pessoalmente. Não que isso me incomodasse, afinal, a fama de Yujiro Hanma era conhecida por todos.

Ser uma Hanma não era de todo mal, pude conhecer meus dois irmãos, Baki e Jack, e criar laços com eles, no entanto, isso não importa agora.

Assim como qualquer outro membro dessa família, eu tinha um vício em lutas, mas meu vício não se consistia somente em lutas.

— Então, deixe me ver se entendi...– Olho para o velho Tokugawa que estava sentado e tomando uma xícara de chá enquanto sorria— Você vai me dar 5 milhões só por eu ter vindo até aqui e ter jogado shogi com você?

Alguma coisa estava errada, esse velho não parece ser do tipo que gasta dinheiro com essas coisas.

O meu segundo vício consistia em ganhar dinheiro de coisas como: apostas e trabalhos como mercenária. Obviamente  tomei cuidado para que ninguém me ligasse ao Ogro.

Pintei os meus cabelos ruivos de preto e passei uma maquiagem para que meu rosto se parecesse mais com o de um homem.

— Claro, ouvi dizer que você era muito bom nesse tipo de jogo, então eu pensei: por que não ter um parceiro de jogo?– O sorriso daquele homem fazia o meu mal estar piorar.

— Certo, o papo foi bom, mas tenho que ir agora– Me levanto pronta para ir embora.

— Irei te acompanhar até a saída...– Concordo e começamos a ir em direção a saída do prédio.

Ando pelos corredores sem dar muita atenção para o que o velho falava, meus pensamentos estavam totalmente focados no pressentimento ruim que ficava cada vez pior.

Meu sangue borbulhava e queimava pelas minhas veias, e essa era a mesma sensação que eu sentia quando ia lutar contra alguém realmente forte.

— Olha só, você por aqui, Ogro? A que devo a sua presença?– Poucos metros de nós, um homem alto, com um porte físico grande e uma aura assustadora estava parado.

Abaixo imediatamente o meu olhar e continuo a andar.

— Eu posso ir para onde eu quiser, velhote– Passo por ele e continuo a andar.

Quando achei que tinha conseguido passar por ele sem ser percebida, um puxão na minha roupa me impede de continuar. Olho de relance e vejo que Yujiro me segurou e em momento algum olhou para mim.

— Ainda não, temos assuntos para tratar– E me soltou enquanto começava a andar para um lugar qualquer.

Ainda sem entender, olho para Tokugawa que me olhava com espectativa. Esse velho desgraçado! Aposto que isso é culpa dele.

— Acho bom que você triplique o dinheiro que ia me pagar, caso contrário, vou te virar do avesso– O ameaço seguindo o mesmo caminho do ruivo mais velho.

— Claro, vai ser um prazer, senhorita Kyoko– Estalo minha língua em aborrecimento.

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