— Inacreditável!– Resmungo andando pelos corredores da enorme mansão. Já havia se passado uma semana e se recusavam a me deixar ir embora.
Na primeira vez que tentei ir embora, um grupo de empregadas me cercou e começaram a falar aleatoriamente enquanto uma foi atrás do duque que me arrastou de volta para dentro.
Isso resultou no mesmo colocando uma empregada em tempo integral na minha cola.
— Senhorita, por favor me espere!– Olho para a mulher que lutava em acompanhar o meu ritmo.
Na segunda vez, esperei até que a empregada se distraísse com algo que pedi e imediatamente corri para fora, no entanto, tudo deu errado mais uma vez. Azz se distraiu com o cheiro de alguma comida quando passamos próximos a cozinha e tive que lutar para impedi-lo de entrar no cômodo.
Infelizmente, um cavaleiro que passava na hora nos viu e me carregou até o escritório do duque. Com essa segunda tentativa, ganhei um "guarda-costa" que me observa e relata tudo ao meu "anfitrião".
— Senhorita, por favor nos espere!– Bufo escutando a voz do homem junto a empregada.
Na terceira vez, de alguma forma consegui despistar a dupla e fugi pela janela. Dessa vez, tudo parecia estar indo bem e estava quase saindo do ducado quando dei de cara com o duque e seu assistente voltando de algum compromisso. Ele me arrastou de volta.
— Fala sério, esse lugar parece até uma prisão– Continuo a andar sem me importar com os outros dois.
Já a quarta tentativa foi quando decidi simplesmente corre e deixar todos para trás. Obviamente por ser menor, era quase impossível de me pegarem, mas mais uma, eu não tive sorte o suficiente. Estávamos próximos do local de treinamento dos cavaleiros e assim que ouviram os gritos dos funcionários, saíram e começaram a me persegui. Resultado, falha novamente e a segurança foi reforçada.
Decidi mudar a minha estratégia na intenção de fazê-los confiar em mim. Passei dois dias sem tentar nada e demonstrando que já havia aceitado a situação.
No primeiro dia todos estranharam, afinal, por que eu teria aceitado tudo tão facilmente? Mas a dúvida foi deixada de lado no final do segundo dia.
Assim que amanheceu, eu marchei em direção a saída.
— Que perda de tempo!
O duque diferente dos demais, não acreditou que eu havia aceitado a situação e começou a ficar desconfiado e no momento em que abri a porta para sair, ele já estava lá me esperando.
Ficamos nos encarando por breves minutos antes que ele apontasse para as escadas, me mandando dar meia volta. O que é exatamente o que estou fazendo agora.
Suspiro em cansaço.
— Por que logo comigo?– Me lamento. Mas agora, por que estou problematizando tanto ficar na mansão Voleotti? Afinal, o duque é um homem rico e poderoso, estar sob as asas dele é uma benção.
A resposta é simples: ele é um dos personagens principais de uma novel e com isso, muitos problemas também aparecem. Sinceramente, minha vida já é problemática de mais e não preciso de mais problemas.
Olhando pelo canto do olho, noto Azz não muito atrás. O peso dele tinha dobrado devido a quantidade de comida que costumavam dar para ele.
— Você é o único que está aproveitando o tempo aqui, em?– Passo a mão em seu pelo e ganho grunhidos em resposta. Estávamos passando pelo corredor do terceiro andar quando vejo algumas pessoas vindo no sentido contrário.
Se tratava de uma garotinha baixa de cabelos e olhos pretos sendo acompanhada de uma empregada e uma guarda. Pelas suas roupas, jugo ser um membro da casa Voleotti.
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Imagines Rascunhos
De TodoTrechos de histórias que eu pensei durante os meus picos de criatividade e que não consegui fazer uma história completa porque não achei um bom desenvolvimento