𝓥 𝓔 𝓝 𝓞 𝓜 - 𝒯𝒪𝑀 𝒦𝒜𝒰𝐿𝐼𝒯𝒵 ( TRANCADA )

not today

Grau de gatilho 🟢/🟡

Eu estava esperando Tom está noite, no dia em que discutimos ele saiu e não voltou, ja fazem duas noites, Georg me disse que nada ira acontecer, ja que o alienígena o proteje e que eu estava me preocupando a toa. Tom sempre foi o que mais me protege de tudo, eu jamais estragaria sua vida como estraguei, ele nem se quer tem força de vontade para se levantar da cama, eu provoquei isso, mas o ego dentro de mim é mais forte, eu sempre tento dar as desculpas. Sem nem ver ja estou jogando na cara dele o que claramente é minha culpa.

Flashback enter;

— Viado!

— Bixinha!

— Quanto é a hora?

— Ja tem ate peitinho!

Zombavam os garotos enquanto eu passava pelo corredor. Eu nem tentava me defender, afinal eles acabariam comigo. Era apenas mais uma criança fodida no fundamental.

Eu andava olhando para o chão, não arriscava a olhar a fuça de ninguém, ou a minha quebraria. Acalmei meus passos rápidos e ansiosos para descansar em frente a diretoria, onde Tom estava, por se meter em enrascada na sala de aula novamente.

— Puta mal comida. — Tom reclamava saindo porta a fora da sala da bruxa.

— Que cara é essa? — Ele questionou se referindo a minha feição triste.

— O de sempre, você sabe. — Respondi Tom, o puxando para irmos embora.

— Eu juro que eles vão pagar caro. — Ele esbravejava, agora parecia um cachorro rosnando.

— Olha quem volta! O mariquinha e seu irmão mendigo! — Um dos garotos gritou fazendo todos a sua volta rirem.

— Vamos Tom. — Eu suplicava para que fossemos embora rápido mas ele permanecia parado.

— Acha que encara Tomzinho? — Agora o garoto batia seus punhos um com os outros desafiando Tom, enquanto eu queria somente sair da li.

— Sua mãe é prostitua não? — Tom o afrontou, fazendo o mesmo fechar a cara.

— Seu pai também não da as caras, não é? — Agora Tom havia desprendido minha mão de sua camisa, ele ia em passos pequenos pra perto do moleque.

— A mamãe é uma vagabunda que da para qualquer pessoa em troca de mixaria, papai é um drogado que tá pouco se fudendo pra tudo e finalmente o filho, é um mimado do caralho que leva no rabo. — Assim dizendo, ao mesmo tempo fazendo a multidão de adolescentes rirem da cara do paspalho.

— Kaulitz fodido. — O garoto rosnou.

— Fui bem fudido ontem pela sua mamãe. — Tom riu pulando em cima que mesmo, que era baixinho por sinal.

Eu apenas conseguia rir da situação, era tão satisfatório a chuva de socos que Tom descontava na cara dele.

À multidão foi cortada por alguma adulto que chegava. Corri puxando Tom por sua mochila, corremos como nunca.

Flashback end;

Comecei a me acalmar com as lembranças boas que eu e Tom havíamos construindo. Logo lembrei que estraguei tudo. Pensamentos começam a invadir minha mente vazia.

E se Tom não voltar a tempo do voo?

E se Tom se revoltou e virou um assassino em serie?

E se eu nunca mais vê-lo?