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Enquanto isso, Nami ainda tentava abrir o cadeado da gaiola e Zoro ainda tentava se soltar.Haru desistiu de tentar se livrar do kairoseki, ela estava fraca demais para isso, se concentrou em tentar ouvir o que acontecia lá fora.
— Tenho quase certeza que aquele maldito palhaço pegou o chapéu do Luffy — comenta Haru e abaixa a cabeça.
— Hun... minha cabeça dói.Haru, de vez em quando, soltava uns gemidinhos de dor e cansaço, e, em quase todos, recebia um olhar de Zoro e alguns de Nami. Nami olha pra Zoro que murmurava alguns xingamentos enquanto tentava se soltar.
— O que foi? — pergunta Zoro após um longo suspiro.
— Essa é minha vida agora — responde Nami, também suspirando.
— Quer trocar de lugar? — retruca Zoro.
— Vocês podem parar de brigar? — diz Haru com a voz cansada. Eles escutam um barulho.
— Tem alguém vindo — diz Zoro e Nami olha pra ele e depois pra Haru.
— Preciso de mais tempo. Distrai eles falando — ordena Nami.
— Eu não falo, só bato neles — responde Zoro.
Haru até abriu a boca para dizer que poderia distraí-los, mas desistiu logo em seguida pela onda de cansaço que a invadira seu corpo do nada. Levantou lentamente a cabeça para olhar quem vinha.
Um homem entra na sala pedalando um monociclo, ele para de costas para Haru olhando para Zoro. Ele se aproxima do mesmo e diz:
— Você lembra de mim?— Não — responde vago. — Deve ser algum outro palhaço homicida andando de monociclo.
Cabaji fez uma careta. Ele se aproximou e deu um soco no estômago de Zoro que fechou os olhos com força mas continuou com sua postura e expressão séria.
— É, eu tenho pensado em você há muitos anos — diz Cabaji encarando Zoro. — Em como matou o meu irmão — Zoro o encara de volta.
— Eu matei vários piratas — sussurra intimidante.
— Meu nome é Cabaji, e alguns anos atrás você nos caçou pelo Reino de Goa — ele diz e puxa adagas da cintura. — Você nos seguiu durante semanas por terras pantanosas, dia e noite, sem cansar.
Zoro olha pra Haru de relance e Cabaji se vira indo até ela. Zoro sem pensar duas vezes fala algo pra que Cabaji não se aproximasse dela:
— Ainda não me lembro de nada.Cabaji se vira rapidamente e joga uma das adagas em direção ao mesmo. Ele move a cabeça um pouco pro lado e a adaga acerta a roda que ele estava preso.
— Você cortou a cabeça dele e enfiou em um saco, tudo por alguns berries — diz Cabaji com raiva na voz.
Haru tinha a respiração ainda mais pesada, e agradecia mentalmente por Cabaji estar na sua frente e ela não ter visto a adaga indo em direção a Zoro.
Ela olhou de canto pra Nami que ainda tentava abrir o cadeado, agora com um pouco mais de dificuldade por estar de costas tentando abrir disfarçadamente ele atrás de seu corpo.
Ela volta o olhar pra Zoro quando ele começa a falar:
— Hun... — suspira. — Tá bom, isso parece uma coisa que eu faria — Cabaji se aproximou novamente.— Vamos ver se salva a sua cabeça — ele diz e vai para a lateral da roda.
Cabaji começa a girar a roda que Zoro estava preso e Haru engoliu em seco assim que Zoro deu a primeira volta de cabeça pra baixo. Ela tinha as sobrancelhas juntas vendo Zoro girar em sua frente. E assim que Cabaji se afastou e começou a lançar várias adagas na direção do mesmo, ela, mesmo com muita dor, voltou tentar se soltar das algemas o mais rápido possível.
Shells Town, 153rd Marine Branch
Koby acabara de entrar na sala de Morgan onde estava Garp e Bogard.
— Entre, cadete. Tome assento — diz Bogard formalmente.
— Sim, senhor — ele se aproxima e se senta, abaixando o olhar e mexendo em seu uniforme envergonhado.
— Tem algo errado com o uniforme, filho? — pergunta Garp.
— Não. Não, senhor — responde rapidamente. — É só um pouco grande.
— Tem certeza que é só isso, cadete? — questiona Garp. — O símbolo da Marinha... não é pra qualquer um.
— É só o meu primeiro dia, senhor — responde Koby com a voz meio baixa.
— Não é disso que estou falando — diz Garp após dar uma risadinha. — Sabemos que não pertence a esse lugar.
— Mas ser da Marinha é o que eu sempre quis... — murmura Koby.
— Eu quero acreditar em você, mas sua história não bate.
— Senhor... — Koby tinha as sobrancelhas juntas e uma cara de choro.
Garp se levantou e parou na ponta da mesa de frente pra Koby.
— Há quanto tempo trabalha com os piratas que atacaram esta base?
— O que?! Não, senhor, nunca trabalhei! — ele balançava a cabeça rapidamente em negação enquanto falava.
— Você foi visto com alguns deles em uma taverna local — foi a vez de Bogard falar.
— Diga a verdade, cadete. Ou vamos pendurá-lo numa daquelas cruzes que ficam lá no pátio.
Koby engoliu em seco algumas vezes antes de responder:
— Eu fui mantido em cativeiro por uma pirata chamada Alvida. Eu era prisioneiro dela. Foi horrível — Koby abaixa o olhar e sente uma lágrima escorrer por sua bochecha. — Então eles me salvaram.— Eles quem?
— Luffy — ele funga, se segurando pra não chorar mais — e Haru.
— Os piratas de chapéu de palha? Você disse que os nomes deles são... Luffy e Haru?
— Sim, senhor — a voz de Koby era falha naquele momento, e saíra mais como um sussurro.
— Qual é a sua participação nisso? — Garp perguntou enquanto rodeava o garoto.
— Por que finge ser um marinheiro?— Eu não tô fingindo. Ser marinheiro é meu sonho, senhor. A Marinha torna o mundo um lugar melhor. Protege as pessoas — Koby apertou suas mãos contra seu colo e suspirou. — Foi o que eu disse pra Haru e pro Luffy. Então, eles me libertaram.
— Eles sabem? E por que não contou a ninguém sobre isso? — questiona.
— Fiquei com medo de não me deixarem me alistar. Aí o meu sonho teria acabado — ele abaixa o olhar novamente.
Garp empurra uma cadeira pra perto de Koby e se senta:
— Dizer a verdade é um valor fundamental dos marinheiros. Não é, Bogard?— Sim, senhor. Algo que parece estar faltando nesta base em particular.
— Uma última pergunta. Esses... piratas de chapéus de palha. Você deve lealdade a eles?
Koby pensou por alguns segundos se deveria responder, sua respiração era tensa e falha, seu coração nunca batera tão rápido como agora. Ele ficou alguns segundos em silêncio e depois respondeu:
— Eles são piratas, senhor. E piratas devem enfrentar a justiça.— Ótimo — Garp da um tiquinho no ombro dele. — Vamos encontrá-los juntos.
E aí, piratas? O que acharam?
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Muito obrigada por ler.
Tchau, piratas. ✨💕
1112 palavras.
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O meu One Piece
AbenteuerInspirado no Filme live action de One Piece. Monkey D. Luffy tem uma irmã gêmea. Quem é? Vocês descobriram lendo. Um talvez romance... * Plágio é crime *