Cap 20- O contador de historias. Part 5.

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— É! Não faz muito tempo que a gente tá navegando, mas já derrotamos um palhaço malvado, invadimos a base da Marinha...

— E derrubamos um capitão com um machadão no lugar da mão! — completa Haru rápido, e cobrindo a boca com as mãos logo em seguida. A menina não queria se deixar levar pela emoção, e queria poder facilmente fingir como os outros - menos Luffy, que é lerdo o suficiente pra não entender que tinham que fingir. Mas como poderia negar algo que almejou a vida toda? Era inevitável a emoção e adrenalina que Haru e Luffy sentiam quando pensavam nas aventuras que já viveram e ainda mais nas que ainda podem viver. Se sentiam completos em alto-mar. Amavam a sensação da brisa batendo contra sua pele, o cheiro do mar. Era o que sempre quiseram, o que sempre almejaram. E o melhor e mais importante: a liberdade que sentiam. Era inexplicável o quanto se sentiam livres no mar; não tinha regras e nem pessoas pra mandar ou encher o saco. Era só eles e o mar, o belo e imenso mar. Seus olhos brilhavam só de pensar! A felicidade consumia-os a cada momento. Era tudo maravilhoso. Tornar-se rei e rainha dos piratas, pra eles, não era só sobre encontrar o One Piece, mas sobre liberdade. O rei não é o mais rico, e sim o mais livre e feliz.

E essa era a tão almejada meta de vida deles: liberdade e felicidade.

— Perece muito com as aventuras do Usopp! — comentou Kaya, sorridente.

— É, que... — diz Usopp após uma risada forçada. — Que doideira, né?

— Ô, se é! E a gente só tá começando — diz Luffy, subindo na mesa.

— O que está fazendo? Desça já daí, vamos! — ordena Klahador.

— Ser um pirata é o meu sonho desde que eu me lembro — começa Luffy. Nami suspirou e parou os olhos em Haru e Zoro. O garoto a olhou de volta, fechando os olhos desacreditado logo em seguida.

Haru tinha os olhos fixos em seu irmão, ele sempre foi - depois de Shanks, claro - sua maior inspiração, e ela a dele. Luffy da alguns passos na mesa e estende a mão pra sua irmã piscando um olho pra ela.
A garota sentiu o olhar de Zoro ao seu lado sobre si mas ignorou, apenas sorriu pra seu irmão, o encarando por alguns segundos antes de pegar em sua mão e subir na mesa junto a ele.

— E finalmente — continua discursando — vamos realizar esse sonho... juntos — diz olhando rapidamente pra sua irmã e voltando a olhar Kaya. Haru, entrando na "brincadeira", e assumindo que agora não tem mais volta, soltou a mão de seu irmão e pegou a taça que ele segurava, se aproximando de Kaya e abaixando em sua frente.  

— A gente tá indo pra Grand Line — pega o chapéu que estava pendurado em seu pescoço e põe sobre a cabeça — , onde muitas aventuras esperam a gente. E no final da jornada, a gente vai encontrar o tesouro supremo — se levanta e para ao lado de Luffy apoiando braço no ombro dele — , o One Piece! E aí, vamos ser... rainha e rei dos piratas — diz e toma um gole da bebida.

— Vocês... falam sério? — pergunta Kaya com a voz fraca.

Haru estende o copo para Klahador que o pega bufando. Luffy olha pra Haru que imediatamente assente e cruza os braços, esperando. O menino abaixa-se pondo as mãos nos ombros de Kaya:
— Kaya, você tem um navio lindo lá fora. Com uma figura de ovelha na proa. Ele falou com Haru. E comigo também. Esse é o navio que a gente precisa pra seguir nossos sonhos — todos no momento observando Luffy e Kaya com atenção. A jovem loira tinha os olhos fixos nos do moreno. — Te prometo que vou cuidar dele. Conservar. Tratar como membro do nosso bando. Porque um navio é uma casa — um sorriso cresce no rosto de Kaya e é acompanhado por Luffy.

— Já chega dessa conversa! — eles escutam Klahador dizer com a voz firme, todos desviam o olhar pra ele. — Eu deveria saber que Usopp traria essa gentalha à nossa porta.

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