Cap 17- O contador de histórias. Part. 3

18 3 0
                                    




Enquanto isso, com Buchi e Sham na cozinha. Eles faziam uma espécie de sopa, era azul-clara, viscosa e tinha um cheiro fortíssimo.

Buchi, que mexia a sopa, leva a concha até próximo da boca e Sham o acerta na cabeça com um jornal, antes que pudesse comer:
— Cuidado, seu idiota!

— Desculpa. É o reflexo de um chef.

— Tá a fim de se envenenar, é isso?!

A atenção deles é tomada por Klahador.

— Como estão indo os preparativos do jantar de hoje? — indaga Klahador, observando as comidas na mesa.

— Estão indo bem, senhor — diz Buchi, virando-se pra ele e ajeitando a postura.

Klahador para de frente a uma taça e a observa por alguns segundos, notando uma pequena sujeira na mesma. Ele levanta a taça na altura do rosto e olha em direção a mulher de cabelos azuis:
— Sham? — ela rapidamente apoia o jornal na bancada e se aproxima de Klahador, parando a sua frente. — O que é isso? — ele estende a taça na frente do rosto dela.

— Desculpa, senhor — gagueja. — Não vai acontecer de novo.

— Não. Não vai mesmo — ele solta a taça no chão, ainda a encarando. Sham levanta os ombros em um susto assim que a taça chocou-se contra o chão, se espatifando.  — Tudo precisa sair perfeito está noite, mais do que nunca — silabou Klahador, Sham assente.

Klahador vira-se e vai em direção a saída da cozinha. A mulher liberou o ar que já segurava a algum tempo pela boca. Abaixou-se e começou a catar os cacos da taça. Buchi apenas voltou pra a sopa, em silêncio.

East Blue Sea

Koby encarava o tabuleiro, que agora tinha várias pedrinhas brancas e pretas espalhadas, e tinha sua respiração acelerada.

— Ainda é sua vez, filho — ele ouve Garp dizer e olha rapidamente.

— Certo. Desculpe, senhor — Koby respira fundo e movimenta uma pedrinha, as mãos trêmulas.

Garp o segue com outro movimento breve, movendo uma pedrinha branca e diz:
— Xeque — da uma pausa. — Tá pensando demais, filho. Está focando demais em não perder — ele se põe a recolher as pedras e é acompanhado por Koby. — Não vai vencer guerras se ficar só na defensiva.

— Não sou muito bom nisso, senhor — gagueja.

— Bobagem — exclama Garp. — Só continua seguindo o seu caminho. Agora... — Garp pega uma ampulheta e a levanta na altura dos rosto, mostrando a Koby.
— Dois minutos — ele vira ampulheta e a apoia na mesa. Eles pegam suas respectivas peças e Garp da a primeira jogada.

Koby respira fundo e espera pacientemente. Ainda se perguntava como fora parar ali tão de repente: num dia, era prisioneiro de uma pirata chata e cruel; o outro, estava acompanhado e ajudando dois irmãos piratas a roubarem um mapa de uma base da marinha; e agora, era um marinheiro e estava na sala de um vice-almirante jogando um jogo de tabuleiro. Ele se perguntava: como foi que as coisas aconteceram tão rápido?

— Certo, sua vez — anuncia Garp, tirando Koby de seus pensamentos. — Jogue.

O de cabelos rosa encara Garp por poucos segundos antes de dar sua primeira jogada.

Mais ou menos uns 10 minutos tinham se passado e o tabuleiro já estava praticamente cheio. Koby observa seriamente o tabuleiro antes de arregalar os olhos movimentando sua última peça e um sorriso cresce em seus lábios:
— Eu venci — ele sussurra.

O meu One Piece Onde histórias criam vida. Descubra agora