Capítulo 5

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No mesmo galpão, cerca de 14 horas depois, Ema estava sentada na cadeira com o Genius em sua frente enquanto Tyler estava dormindo na cadeira ao seu lado.

Ela havia se saído bem em todos os testes, não sabia como explicar mas conseguia sentir todos os tiros da arma de brinquedo vindo em sua direção mesmo vendada.
Ela levantou todos os pneus empilhados com um só braço como se não fossem nada, o que assustou de certa forma o amigo.
Ema tentou acertar o maldito alvo várias vezes, mas mesmo que o lançador estivesse perfeito a mira da garota era horrível!

Mas todos esses testes juntos só levaram duas horas de sua vida, o maior problema foi o Genius, que mesmo após doze horas, mais de 300 passos até finalizar a combinação e muito sono, a garota não perdia uma única vez.

Ema: Vai... 302...

A garota marca mais uma combinação.

Ema: Eu quero dormir...

Ema: Eu nunca cheguei nem mesmo até o 50, o que tá acontecendo?

Outra marcação, porém dessa vez na metade da repetição o jogo começa a apagar.

Ema: A-Ah?!

Ema: Tá de sacanagem?! Eu fiquei 12 horas nessa porra pra acabar a pilha?!

O grito da garota assusta Tyler, que acorda vendo Ema socar o Genius e simplesmente destruir o brinquedo.

Tyler: E-Ei! Isso era meu!

Ema: Não tô nem ai! Eu perdi um tempo do caralho nessa merda! Eu tô morrendo de sono por causa de um brinquedo idiota!

Tyler: Fala sério, Ema, a quanto tempo você tá nisso? Umas duas horas depois que eu dormi?

Ema: Não, doze horas desde que eu comecei!

Tyler: DOZE HORAS?! VOCÊ TÁ LOUCA?!

Ema: Não! Mais de doze horas e 302 combinações até aquele troço acabar a bateria!

Tyler: Isso... Isso é assustador...

Ema: Assustador o caralho! Eu tô cansada, com dor de cabeça e com fome!

Ema: Eu vou pra casa...

A garota se levanta rapidamente e começa a andar em direção a porta, mesmo Tyler querendo para-lá, ele estava cansado e impressionado demais para se recusar, então só deixou a garota ir.

Ao tirar a estante da frente e sair daquele galpão empoeirado, a primeira coisa que Ema faz é respirar fundo e se assustar com um barulho de janela batendo.

Ema: Mas que porra...?! Veio do galpão?

Ema: Não, lá nem tem janela...

Pensando um pouco em voltar no galpão para verificar, a garota desiste e continua andando rumo ao metrô.

Ema: Eu devo tá ouvindo coisa... Tô cansada demais pra isso...

A garota cambaleia até o metrô, sentando cansada para esperar chegar à sua estação.

Ela olhava para o teto zonza, como se o mundo simplesmente rodasse sem parar, mesmo virar a noite sendo algo de costume, Ema sentia o banco do metrô como a cama mais confortável de toda sua vida.

Ema: Não posso dormir... 1 hora de viagem... Até... O Brooklyn...

E com a partida do metrô, a garota caiu no sono.

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Quatro horas depois, Ema foi acordada por alguém que a chacoalhava de leve.

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