Amor ou Passatempo? || Mason Thames

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11:24 AM || 29/06/2023 || Sábado

GABRIELLA MARTÍNEZ

Mesmo com uma ressaca fodida me acompanhando, eu estava já terminando a maquiagem. 

Ou melhor, tentando esconder a minha cara de morta. 

Eu estava vestindo uma calça de moletom, um top do conjuntinho e os meus tênis clássicos. 

Estava tentando ao máximo esconder o chupão que o Mason deu no meu pescoço ontem, que, obviamente, eu nem lembrava. 

Só uns amassos é o suficiente para ele. 

Mesmo bêbados, eu e ele não somos sem noção. Então, nunca fizemos nada além de BEIJAR. 

De qualquer forma, foi um porre mas eu consegui disfarçar o roxo que aquele filho da puta havia deixado no meu pescoço. 

Meu pai bate na porta do meu quarto de novo. 

- Vamos, hija! - Ele fala. 

- Já vou! - Falo, me levantando e pegando a minha bolsa. 

(...)

Depois de alguns minutos dentro do carro, meu pai quebra o silêncio. 

- Você sempre fala que tá saindo com esse tal de Mason... faz quanto tempo que vocês ficam? - Ele pergunta. 

- Boa pergunta, pai... - Falo, realmente pensando. - Faz bastante tempo, até. 

- E você fica com mais alguém? - Ele pergunta. 

- Bom... na verdade, não tive mais nenhuma oportunidade. - Digo - Por que, papito? 

- Sei lá né... se já faz tempo, ele poderia ter te pedido em namoro. - Meu pai opina. 

Nunca pensei nessa possibilidade. 

- Acho que não, pai. A gente só se pega de vez em quando... não é nada sério. - Explico. 

- Entendi... - Ele fala, ainda focado na estrada. 

(...)

Quando chegamos no restaurante, meu pai segura minha mão com força, o que eu estranho. 

A mão dele tremia e suava na minha. 

Ok... ele só fazia isso quando estava nervoso com alguma coisa. 

- Tá tudo bem, papito? 'Cê' parece nervoso. - Falo, acariciando a mão dele com o polegar. 

- Tá sim, hija. Eu só... - Ele se interrompe ao ver alguém, que não entendo o porquê de ele ficar tão nervoso. 

MASON THAMES

- Vamos, Mason! Tá demorando demais! - Brooke bate na porta do banheiro, enquanto eu escovava o meu cabelo molhado. 

- Já estou indo, porra! - Falo, já me apressando. 

Brooke tinha me chamado para sair, já que a nossa mãe havia saído para resolver algumas coisas do trabalho. 

Quando saio do banheiro, vejo a ruiva sentada na minha cama, mexendo no próprio celular. 

- Que demora! Estava parindo um filho ali? - Ela fala, se levantando. 

- Vai se foder! Onde a gente vai? - Falo, dando umas amassadinhas em meus cachos. 

- A gente vai em um restaurante que eu conheci faz um tempinho. - Ela se levanta, tirando as chaves do carro que ela havia ganhado de presente do bolso. 

Eu só assinto com a cabeça, acompanhando ela. 

(...)

No carro, eu estava quase dormindo com a bochecha na janela de tão destruído que a ressaca havia me deixado. 

- Caralho, Mason... 'cê' tá de ressaca? - Brooke pergunta, depois de me olhar naquele estado. 

A Brooke era a única da família que sabia que eu bebia. 

- O que você acha? - Pergunto, irônico. 

- Pelo visto, além da ressaca, tá com mau humor nível avançado hoje. - Ela brinca, rindo. 

Eu não estava nada no clima de brincadeira, então só fecho os olhos, observando o trânsito infernal de sábado em Los Angeles. 

(...)

Era um restaurante bonito, mas não CHIQUE. O que eu agradeço ao universo, porque a minha roupa não era uma das mais apropriadas para um restaurante luxuoso. 

Era uma vibe anos 90. Uma pegada aconchegante. 

Eu e minha irmã pegamos uma mesa para dois, que ficava em um sofázinho, do lado da janela. 

Até que... quem eu menos espero, passa do meu lado. 

Ela olha para mim ao mesmo tempo. 

Aqueles olhos... 

Puta que pariu! 

Ela que toma a iniciativa e sorri para mim, enquanto eu sou mais emocionado e aceno com a mão. 

Gabi vai para a sua mesa depois de alguns segundos, aparentemente, com o pai dela do lado. 

- Eita, caralho... - Brooke ri da minha animação. - Quem é? 

- Martínez. - Respondo, simplesmente. 

- Aquela peguete que você fala? - Ela pergunta. 

- Isso. - Confirmo. 

- Entendi... ela é gatinha. - Brooke fala, analisando Gabi que se sentou em uma mesa mais distante. 

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