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09:54 PM || 09/09/2022 || Sexta-Feira 


GABRIELLA MARTÍNEZ


Sinceramente, eu amo festas. 

Festas são lugares cheios, de agito, um lugar que eu raramente ia quando eu ainda morava em Bariloche. 

O problema, é que eu já estava arrumando uma carona para ir para casa. Meu pai ficaria furioso se me visse chegando em casa depois das 10:30PM. 

Eu estou começando a me acostumar com o ano letivo dos Estados Unidos. Na Argentina, o ano letivo sempre começa em fevereiro. Essa é a primeira sexta-feira do ano letivo aqui, em Los Angeles. 

De qualquer forma, eu ainda estava com o meu copo na mão. 

Meu pai não pode SONHAR que eu estou bebendo um drink de vodka, energético de limão e água com gás. 

Essa é a primeira vez que eu bebo em festa. Por ser a "latina da escola", minhas amigas me convidaram pela primeira vez para ir em uma festa de Ensino Médio.

Não posso mentir, beber é bom. 

Meu drink não era álcool puro, igual ao das minhas amigas. Elas escolheram um mais leve para mim de primeira. 

Mas era bom... porra... era bom. 

Aquele era o meu terceiro copo, e eu estava já mais devagar... raciocinando lentamente... 

- Gabi? - Minha amiga, Nicolle, pergunta, rindo. - 'Cê' tá bem? O Thames tá indo embora... pode pegar carona com ele. 

Eu não fazia IDEIA de quem era Thames. Mas, eu já estava tão cansada de procurar carona igual uma louca antes das 10 que acabo assentindo e aceitando. 

- Eu nem estou tão bêbada. Para de me tratar como uma. - Falo, já revoltada. 

- Quando uma ressaca fodida bater em você amanhã, aí você me conta. - Ela fala, dando duas batidinhas nas minhas costas, enquanto apontava para um garoto cacheado com o cabelo de cor inidentificável. 

Puta mierda... que garoto gato... 

- Aquele é o seu motorista. - Ela ri, enquanto o garoto sorri para mim. 

- Podia ser sempre né? - Falo, meio sem pensar, enquanto ela ainda ria. 

- Vai lá, Martínez. Você já tá alterada demais. - Ela arranca o copo da minha mão, enquanto o garoto se aproxima de mim. 

Ele tira umas chaves do bolso. 

- É você que vai comigo? - O garoto pergunta. 

- Isso. - Respondo, vidrada nos cachos dele. 

- Então, bora. - Ele sorri gentilmente, fazendo um sinal com a cabeça para eu seguir ele. 


MASON THAMES


Claramente, a garota que eu ia levar para casa estava levemente alterada. 

Eu havia bebido também. Mas, tenho um organismo forte e bebi muito pouco para ficar bêbado. 

Me sento no banco do motorista, já ajeitando o cinto de segurança. 

Olho para a garota no banco do carona ao meu lado, prestando atenção nos detalhes dela enquanto ela colocava o cinto de segurança. 

Ela era gata para caralho. 

Por que latinas são gatas assim?

- Você é corajosa em pegar carona com alguém que você nem conhece. - Afirmo, colocando a chave do carro na ignição, ligando a BMW. 

- Você é amigo das minhas amigas. Não é um total desconhecido. - Ela fala, ajeitando a saia para baixo, enquanto eu acelerava o carro. 

- Corajosa, de qualquer jeito. - Rio. 

Ela ficou quieta a maioria do tempo quieta. Mas, eu estava louco para conhecer ela.

- Qual é o seu nome de verdade, Thames? - Ela pergunta. 

Pareceu transmissão de pensamento. 

- Mason. - Afirmo, passando o olho nela rapidamente. - E o seu? 

- Gabriella. Gabriella Martínez. - Ela afirma, sorrindo. - Eu sou... 

- Latina? - Pergunto, mesmo já sabendo.

- ... da Argentina, na verdade... - Ela ri. - Como você sabe? 

- Deu para perceber o sotaque. É fofo. - Acabo me entregando. 

Ok... eu não tenho tanta atitude assim sóbrio. 

- Ah... obrigada... - Ela sorri timidamente. 

Parece que não sou o único afim aqui. 

- Você É fofo, sabia? - Ela fala, parecendo nervosa. 

- Sou? Você acha? - Falo, tentando esconder o quanto eu fiquei feliz com aquele comentário. 

- Óbvio que é. Não é qualquer um que dá carona para uma garota que acabou de conhecer em uma festa aleatória. - Ela afirma. 

- Fico lisonjeado, Martínez. - Sorrio, ainda tentando disfarçar. 


(...) 


Assim que chegamos na porta da casa dela, na qual ela me deu as instruções de como chegar. 

- Não vai me pagar? - Pergunto, parecendo sério. 

- Como assim? Eu não tenho dinheiro... - Ela fala, desesperada, soltando o cinto de segurança.

- Acho que a minha boca na sua poderia ser um bom pagamento. - Falo arriscadamente. 

Aí eu estava fodido. Ou acabaria a noite beijando uma garota gata para cacete. Ou levaria o maior fora da história. 

Mas, o universo foi bom comigo e eu só percebo os lábios da garota nos meus. 

Que boca doce, meus amigos... 

Ela segura a minha nuca com as duas mãos, enquanto eu me esforçava para agarrar a cintura dela no outro banco. 

Eu estava nas nuvens. 

Até que ela desgruda os lábios dos meus e diz: 

- Posso ter o seu insta, então? - Ela pergunta, enquanto eu sorrio, tirando o meu celular do bolso. 


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