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01:23 AM || 30/06/2023 || Domingo


GABRIELLA MARTÍNEZ

Eu estava deitada na minha cama, lendo um livro de terror ENORME que minha amiga da Argentina, Valentina, havia me recomendado.

A chuva forte caía lá fora, quase me ensurdecendo com o barulho.

As luzes do meu quarto estavam apagadas e o led do meu quarto exalava uma luz vermelha que só dificultava mais para mim, mas, foda-se, eu prefiro ler no escuro mesmo.

Ler de madrugada era a minha paz. Eu amava.

Até que, em uma cena intensa do livro, escuto barulhos de batidas na minha janela.

Me seguro para não gritar um "PORRA", me levantando e indo até a janela.

Vejo uma figura de um garoto de moletom preto, com o capuz na cabeça, mas que tinha um sorriso inconfundível.

— Mason! Caralho! O que você tá fazendo aqui?! — Pergunto, baixinho, enquanto o garoto entra pela minha janela no meu quarto.

— Opa, boa noite, Martínez! Como você tá, eu 'tô' ótimo, também! — Ele fala, brincando, enquanto eu fechava a janela.

— Cala a boca! Meu pai pode... — Sou interrompida.

Ele gruda os lábios nos meus por alguns segundos, até eu perceber o que trouxe ele aqui.

Aquele gosto de álcool na boca dele explicava muita coisa.

— Caralho... tá tudo bem? Você nunca bebe dois dias seguidos. — Falo, fazendo ele se sentar na minha cama.

— Como você sabe? — Ele ri, ainda agarrado na minha cintura, me deixando em pé. — Queria carinho... o seu carinho...

— Mason... você tá pior que ontem... — Acaricio o cabelo úmido dele, pensando no que fazer.

— Ontem? O que eu fiz ontem..? — Ele pergunta, ainda igual uma criança agarrado na minha cintura.

— Puta que pariu... quem te deu bebida? — Pergunto, tentando tirar os braços dele de mim.

— Eu tenho em casa, né, gatinha... — Ele sorri, apoiando o queixo na minha barriga, olhando para mim.

— Não tem condições de você voltar para casa sozinho hoje. — Afirmo, soltando ele de mim, pegando a chave do meu quarto. — Olha só, eu vou lá pegar uma vitamina para ressaca, e você NEM PENSA em sair do meu quarto. Entendido?

— Sim, senhora. — Ele afirma, admirando o meu quarto.

Mesmo nervosa por o meu pai acordar, saio do meu quarto, trancando o Mason ali, indo até a cozinha.

Enquanto abria a geladeira para pegar a vitamina, que eu já deixava pronta para dias como esse, eu ficava pensando no porquê dele ter bebido tanto.

Bom.. prefiro nem pensar.

Quando eu bebia demais, era porque eu estava em festa, ou algo muito ruim havia acontecido.

Mason sempre me procurava nesses momentos. Eu ainda não sei porque estou tão surpresa dele ter aparecido na minha casa.

Depois de pegar uma cartelinha de remédio para enjoo e dor de cabeça, volto para o meu quarto, não vendo Mason na minha cama, como estava.

Puta. Que. Pariu.

Vasculho meu quarto todo, não achando nada, até indo no meu banheiro, vendo ele ajoelhado na frente do vaso sanitário.

Ah, perfeito.

Pelo menos, acho que deu tempo para ele tirar o moletom e não melar ele todo.

Me aproximo, ficando atrás dele, fazendo uma espécie de massagem nas costas dele.

Consigo ver ele sorrindo, antes de usar o vaso de novo.

Ok. Nós vamos ficar um tempinho aqui.

(...)

Depois de alguns minutos, Mason já estava se sentindo melhor, deixando o moletom no meu banho, ficando com uma calça xadrez vermelha, que estava levemente úmida da chuva, sentado na minha cama.

Trago a garrafinha para ele, juntamente com um copo de água.

— Vai me envenenar, princesa? — Ele pergunta, desconfiado, analisando o conteúdo da garrafa.

— Só toma. Você vai me agradecer depois. — Falo firmemente.

Mesmo com uma cara feia, ele bebe o líquido na garrafinha, fazendo uma careta e tomando a água que eu dei.

— Cacete... o que é isso? — Ele pergunta, depois de tomar toda a água.

— É para ressaca. Vai aliviar os sintomas amanhã. — Explico para ele.

— Eu ainda quero carinho... — Ele fala, com uma voz de neném.

— Você sempre quer... nesse estado. — Sorrio, me deitando na minha cama.

Ele, provavelmente, não ouviu, se deitando em cima de mim.

Mason abraça as minhas costelas por inteiro, colocando o rosto entre os meus seios.

Eu acabo me rendendo, fazendo carinho nos cachos dele.

— Obrigada por cuidar de mim, gata... — Ele fala, com a voz embriagada.

Só sorrio, deixando ele falar.

— Eu adoro o seu carinho... é o que eu mais gosto... por mais que eu tenha provado outros... nenhum é melhor que o seu, Martínez... — Ele fala, quase adormecido.

Ouvir aquilo deixou meu coração quentinho, mas, continuo na postura.

Ele não quer nada comigo. Ele só tá bêbado para cacete e carente.

Mason acaba adormecendo em meus braços, sem escolha, tento dormir também.

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—-> Não seja um leitor fantasma! Votem bastante!
—-> Nenhuma cena aqui teve a intenção de sexualizar eles!!!

Amor ou Passatempo? || Mason ThamesOnde histórias criam vida. Descubra agora