Já sabem, então, comenta para me inspirar! ❤️❤️❤️
...
L U C A S
Eu faço orações a santo que nem sabia que existia, enquanto o cavalo anda por veredas de onças.
Isso mesmo! O maldito fazendeiro disse ainda a pouco no meu ouvido, o porque esses caminhos são tão estreitos.
Minha alma sai do corpo, até com o barulho das patas do cavalo tocando as pedras. E isso é o cúmulo do absurdo, porque nunca tive tanto medo na minha vida, e admito que estou quase me enfiando no corpo do idiota atrás de mim, que ao menos está me passando calor humano, com seu corpo enorme.
Eu sei, odeio ter que voltar para a fazenda e realmente estava disposto a passar a noite no carro, e esperar a chuva passar, porém, eu tenho muito medo de animais silvestres de todas as formas e aspectos. Não gosto nem de gatos, quem dirá uma onça?!
— Você está tremendo. – Sua voz grossa no meu ouvido, causa uma arrepio, e acho que é de terror.
— frio. – Resmungo, não querendo admitir que também é de medo.
— Estamos quase chegando. – Responde e olho para o horizonte a nossa frente, tentando ver alguma coisa entre a floresta.
— Aquela luz? – aponto o brilho na parte baixa, e sinto ele soltar um grunhido ou algo parecido. — Se não tivesse sentido que era você, juro que já estava morrendo de medo achando que era a onça. Se bem, que não sei qual o pior. – implico, querendo causar desequilíbrio, porque descobri que não gosto de sentir ele calmo, ainda mais quando está grudado nas minhas costas, e a cada movimento do cavalo, meu corpo é empurrado ainda mais no dele, ou o dele no meu.
— É o motorista, que tentou ir em busca de você, depois que falou com sua irmã. – Deu de ombros, e senti seu peito se mover contra minhas costas, claramente desinteressado.
— Ho! Porra. A Iara deve estar maluca para saber como estou. – Resmungo preocupado com minha loira.
Todos dizem que eu e a Iara somos irmãos, inclusive nós mesmo, porém, não somos exatamente irmãos de sangue e sim de vida. Fomos criados praticamente juntos, e continuamos juntos mesmo agora que ela já tem a família dela. Eu amo minha amiga/irmã, e vivemos tentando descabelar um ao outro, porém, cuidamos um do outro como a nós mesmo.
— Jajá você avisa a ela como está. – Diz colocando a mão sobre meu estômago, e segurando ali enquanto o cavalo desse um lugar ermo, como uma ribanceira e fecho meus olhos com medo.
— Meu Deus, meu Deus! Minha nossa senhora dos animais indefesos e desprotegidos. – oro entre dentes de nervoso, e sinto ele rindo nas minhas costas.
— Calma pavãozinho. Pronto, passou! – Subiu e desceu a mão por meu abdômen, em forma de acalento e respiro com profundidade, para me acalmar e saber minha situação. — Já estamos chegando em casa. – Eu assinto, puxando o capuz da minha cabeça, vendo que a chuva cessou um pouco, e olho para a mão grande no meu estômago, se mantendo ali mesmo que já tenhamos saído do lugar ermo.
— Será que ainda vai chover muito? – Questiono esperançoso que esse temporal dê uma trégua, e ele se move atrás de mim, antes de voltar a sua posição anterior.
— Acho que não vai mudar o tempo tão cedo. – Afirmou e assinto, batendo minha cabeça no seu nariz, que ao que parece está muito próximo a minha cabeça.
— Desculpe. – Pedi, virando para ver se machucou.
— Não foi nada. – Deu de ombros, me olhando estranho, então volto a olhar para a frente, vendo a casa grande aparecer iluminada a distância.
VOCÊ ESTÁ LENDO
EM APUROS |+18|
HumorLivro anterior "PERFEITAMENTE SEDUTORA" Lucas sabe que o cunhado está mandando ele a trabalho para o fim do mundo, apenas por maldade, porém, não está pensando em desistir. A fazenda até parece bonita, se não fosse o fato de pisar com o pé esquerdo...