CAPÍTULO 1

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L U C A S

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L U C A S

Meu chefe me odeia, e posso provar isso.

Trabalho em uma empresa de cosmético, e faço parte do marketing. Sou o fotógrafo oficial, e meu chefe supremo é o Tomás, marido da minha irmãzinha Iara. O desgraçado, infeliz e desalmado, está me enviando para um fim de mundo, para fotografar paisagens e cavalos.

Isso mesmo! Já estou com uns dois litros de repelente para mosquito, protetor solar 90, máscara, chapéu e botas. Não mesmo, que vou fritar nesse lugar, rodeado de caipiras.

Há, mas o Tomás vai me pagar.

Eu não tenho culpa se ele tem origens bem chucras, e que seu primo viva onde o cão perdeu as esporas. Nem é drama! Eu estou a três horas de carro, e parece que nunca vamos chegar, e ainda estou segurando o xixi, porque não vou fazer no matinho.

Não, não e não! – Vai que uma cobra vem, e faz "Nhac!" no meu morango.

— Chegamos! – o motorista avisou, e baixo meus óculos escuros para olhar a grande casa alta, em meio a grama e cavalos.

— Bonita, para ser no meio do mato. – Dou de ombros, abrindo a porta do carro para sair, e, — Que porra é essa?! – Eu engulo com nojo, sentindo meu pé afundado em uma coisa grudenta e muito fedorenta. — Ric! Me diga por favor, que isso não é o que estou pensando?! – Choramingo, tampando meu nariz, e o motorista da a volta apressado e para na minha frente.

— Se está pensando que é lama, então, não é verdade. – Eu abro minha boca, e fecho logo em seguida, quando posso sentir o fedor me atingir ate pelo paladar.

— Aí que horror! – Estremeço horrorizado, e o idiota fica rindo da minha cara.

Olho para o meu pé, e apenas um dos sapatos está totalmente pintado de um verde amarronzado tenebroso. Eu encosto apenas a ponta da bota na que está suja, e empurro para que caia do meu pé, morrendo um pouquinho mais por saber que acabei de perder uma boa peça. Olho um lado e outro do meu pé, e felizmente minha meia de arco-íris esta salva. 

— O que está acontecendo aqui Ric?! – uma voz grossa, chegou acompanhado de barulho de cascos batendo no chão de terra, e prendo a respiração para evitar mais do fedor nos meus sentidos. 

— O seu Lucas que sujou o pé de côco de cavalo, seu Dênis. – Ric diz, segurando a risada e olho ameaçador para esse idiota.

Eu observo o homem se aproximar ainda mais no seu cavalo, levantando um pouco a ponta da aba do seu chapéu para me olhar. O infeliz está com a camisa aberta, mostrando o abdômen bronzeado e sarado e seus olhos parecem brilhar, com um sorriso malvado e debochado. – Só poderia ser primo do famigerado do Tomás, mesmo!

Há! – Me olhou dos pés a cabeça, e riu. — um pavão! – Enfio minha mão na bolsa, e mantenho meu companheiro spray de pimenta a postos, porque não sei o que dirá em seguida, e sou uma bicha desprotegida, nesse momento.  — Vão ficar aí mesmo?! – Dênis perguntou, com um tom de impaciência e curiosidade.

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