CAPÍTULO 7

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Capítulo mais suave, para espairecer a mente! – Gente do céu, comentem para me inspirar a escrever mais.

...

L U C A S

Sinceramente?! Não estou entendendo nada. Ao menos acho que não estou. Pelo beijo que me deu, qualquer dúvida sobre sua real raiva de mim, já teve uma resposta, porém, sua forma de agir, ainda é muito incompreendida por mim.

Que o fazendeiro esteja em uma briga interna sobre sua sexualidade, ótimo! Mas, eu já sou muito bem resolvido com a minha, e não vou servir de bucha de canhão, para que ele atire. Não sou psicanalista, para entender e e resolver seus problemas interiores, apenas ouvindo calado. Ele me ofendeu inúmeras vezes, enquanto tentei manter a compostura o máximo possível, e isso é tudo que posso fazer.

Porra! Você está bem?! – O Bastião me avalia da cabeça aos pés, procurando algo errado comigo. — Nunca vi o patrão tão descontrolado. Nem sei o que dizer. – Declara preocupado, e faço a coisa mais besta que já me vi fazer na vida, que é me abraçar ao homem e deixar as lágrimas vir.

Nunca na vida tive tanto medo. O olhar do Denis estava tão ameaçador, que preferi não pensar no que ele seria capaz. Parecia está tão ofendido, ou magoado comigo. E quando ele me beijou?! Quase tive um infarto, antes de me defender.

Não! Esse corpinho lindo que mamãe fez, e cuido muito bem até hoje, não foi feito para ser usado por homens babacas, que não sabem o que querem. O que ele achou que eu faria?! Que me renderia a toda a sua masculinidade e ferocidade?! Faça me o favor!

Ele pode ser o maior gostoso, mas, tenho meu respeito e orgulho, e nada nem ninguém vai me tirar isso.

— Calma meu anjo. – Passou as mãos nas minhas costas, com carinho e volto a mim, me sentindo aliviado no momento. — Não sei o que aconteceu, mas tudo ficará bem.

— não quero mais ficar aqui na fazenda. – Admito baixo, não querendo ficar na mesma casa que o troglodita do Denis.

— pegue suas coisas. Pode ficar na minha casa, sem nenhum problema. – Promete e olho para ele preocupado, porque não gosto da ideia de apenas migrar da casa de um maluco, para um desconhecido. — Minha mãe vai está lá, e ela vai amar te conhecer. – promete e assinto sem jeito.

Que me acusem de dramático ou seja lá o que for, não gosto de selvageria. Gosto de rir e me divertir, e sempre procuro o melhor da vida, mas, se algo não está do meu agrado, não me forço a situação nenhuma. Ainda estou tentando assimilar tudo o que aconteceu, e sinceramente?! Estou entendendo menos a agora, que a duas horas atrás. Ser gay, em um mundo cheio de homofobia, já me faz temer muitas coisas e ser mais precavido que uma pessoa comum, e não vou dizer que ser arrastado da forma que ele fez, depois do Dênis ter me acusado de está “me abrindo”, seduzindo seus funcionários, não me causou um enorme pânico. Nem sabia como reagir.

— quer ajuda com as suas coisas? – Bastião quis saber, ainda me olhando com preocupação.

— Não precisa. Só tenho a mochila, e minhas câmeras. – aviso entrando ao seu lado na casa grande. — Só vou trocar de roupa e já venho. Tudo bem?! – Quero saber, com receio que saia ou que o Denis chega e faça uma nova confusão.

— Claro, não se preocupe. – promete e corro para o quarto, retirando a roupa molhada que estou vestindo.

Eu lembro de minutos atrás, da forma que o Dênis agiu, porque é impossível esquecer. Eu nem sei como interpretar aquilo tudo. Ciúmes?! Não existe chances, porque seria muito precoce. E qualquer sentimento possessivo?! Não faço ideia, e só quero me manter longe. Se não temos nenhum envolvimento, e ele é capaz de agir daquela forma irracional, não quero imaginar como seria se tivéssemos.

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