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SORAYA_

__Soraya,seu telefone está tocando, loira.-Débora, minha amiga confidente,me acordou, estendendo o celular em minha frente.

Me sentei na cama coçando os olhos, ainda eram 7 horas da manhã, e eu ja previa que era algum cliente querendo marcar horário, pois eu não tenho familiares, então, consequentemente, são somente desses caras que recebo ligação.

__Olá, Alberto, bom dia!.-Tentei fazer uma voz sexy, apesar do sono.

Senhor Alberto era um dos meus clientes mais constante e o que pagava melhor, o que me ajudava a manter minha vida.

__Lindinha, preciso daquele servicinho.-Falou do outro lado da linha.

__Claro...Para que horário?.-Eu tinha carinho pelo senhor Alberto, mas no fundo eu sentia tanto nojo de ter que fazer isso.

__Hoje a noite!. Irei leva-la a um restaurante onde você ama ir, vai do jeito que eu gosto!.-Concordei e desliguei o telefone.

Eu detestava ter que viver isso, fui expulsa de casa aos meus 17 anos pela minha mãe, e essa foi a maneira mais rápida de uma menina tão jovem não morrer de fome.

__Ei, fiz aquele aquele bolinho que você gosta!.-Debora me chamou novamente.

__Vou lavar meu rosto e já apareço lá.-Me rastejei da cama até o banheiro, estava acabada, mas no futuro tudo isso valerá a pena! Pretendo guardar o máximo de dinheiro para não precisar mais fazer tais serviços.

Fiz minha higiene matinal, penteei meus cabelos, e sai do banheiro. Nem me dei ao trabalho de trocar de roupa, tomaria café somente com Débora, e ela não se importaria com um pijama.

__Quem estava te ligando? Era cliente?.-Perguntou quando sentei a mesa.

__Era sim.-Me sentei sorridente, ela sabe que amo bolinho de milho.

__Você se sente bem para fazer?.-Perguntou preocupada.

__Sim, você sabe que preciso disso, eles pagam bem!.-Sorri.

__Não vejo a hora de não precisarmos mais ter que fazer isso!.-Suspirou e eu retribui, nossos sentimentos eram iguais.

__Estou saindo agora, preciso comprar uma roupa para ir.-Me levantei quando comi o último pedaço do bolo, e Débora concordou com a cabeça, eu sabia que ela tinha horário na sua agenda também.

Voltei ao meu quarto e coloquei um vestido curto e soltei os cabelos, em meus pés coloquei uma rasteirinha branca, fazendo um look suave.
Peguei meu celular e sai de casa, eu tinha uma loja de grife preferida que não ficava longe de onde eu morava.

Todas as vendedoras me conheciam e sabiam meu gosto exigente com roupas, então elas mal chegavam perto de mim, pois sabiam que a única coisa que iria acontecer era serem ignoradas com suas sugestões bregas.

Escolhi um vestido vinho aberto nas costas e uma fenda na coxa.
Por mais que era caro, valia cada centavo que era investido, pois eu conseguia mais e mais clientes com essas roupas.

Eu fiquei um tempo passeando pela rua antes de voltar, até mesmo almocei fora, pois pouco eram meus momentos de laser, só retornei para casa as 18:00 da tarde,exatas uma hora e meia até o compromisso.

__Ficou em casa a tarde toda?.-Questionei minha amiga quando voltei para casa, ela estava sentada no sofá vendo TV.

__Cheguei nesse momento, loira! Quer ajuda?.-Se levantou e pegou a sacola, e eu concordei, ela era minha auxiliar para meus dias de programa.

Fomos para o quarto, tomei um banho bem demorado e saí.
Débora fez uma maquiagem discreta em meu rosto, mas ainda sim, bem notável. Coloquei o aplique em meu cabelo e os cacheei, era a melhor forma de valorizar ainda mais a beleza do meu rosto.

__Você está tão gostosa!.-Débora bateu palmas quando coloquei o vestido e o salto.

__Espero que o velho me pague bem, pois deu muito trabalho ficar mais gostosa do que já sou!.-Débora deu risada.

No mesmo momento eu ouço a buzina do táxi lá fora, me despeço de Débora e antes de sair, eu pego uma presilha de cabelo, que eu sempre a carrego comigo.

O caminho até o restaurante era um pouco longo, pois ficava em uma parte afastada da cidade, onde pessoas da elite iam.

Assim que cheguei, fui recebida pelo senhor Alberto, que estava acompanhado de dois amigos, César e Dino.
Os cumprimentei educadamente e entramos, sendo conduzida até uma mesa próxima a parede, bem discreta.

__Então você é a Soraya! Quanto o betinho paga a você?.-César sorriu para mim.

__Eu estou em companhia dele, então não convém essas perguntas!.-Tentei parecer educada.

Olhei para uma mesa um pouco no centro e vi uma mulher que me chamou a atenção era uma mulher de pele branca e cabelos negros, tão linda que eu mal conseguia parar de olha-la.

__Ela é minha puta, procure outra para você!.-Alberto disse gargalhando, e finalmente minha atenção se voltou para a mesa.
Me senti irritada pela sua fala, então dei um soco de punho fechado na mesa e sai até o banheiro, com a voz dele perguntando o que aconteceu.

Entrei em uma das cabines e chorei, estava me sentindo muito humilhada por ser exposta como se fosse um objeto de fácil acesso.

__Está tudo bem ai?.-Uma voz feminina da cabine ao lado perguntou.

__Está sim, pode me dar um pouco de papel?.-A mulher ficou em silêncio, e em seguida vi uma mão se emerger pelo vão das cabines, me entregando papel higiênico, e por acidente meus dedos tocaram nos seus.

Agradeci e enxuguei minhas lágrimas, e quando finalmente me recompus e abri a porta, vi que era aquela mulher branca da mesa ao lado.

__O que aconteceu? Está tudo bem?.-Me perguntou enquanto eu lavava as mãos.

__Homens...são tão idiotas!.-Admirei um pouco o perfil da mulher.

__Isso pertence a você?.-Peguei disfarçadamente a presilha do meu cabelo e mostrei a mulher.

__Não, não é minha!.-Respondeu. Ela parecia um pouco perdida, como se estivesse mal com alguma coisa.

Parei em sua frente e fiquei a olhando fixamente.

__com licença, preciso voltar até minhas amigas!.-Passou a mão nos cabelos e saiu.

Lavei minhas mãos, e quando voltei até a mesa, Alberto estava sentado sozinho.

__Soraya, me perdoa pela forma que eu e meus amigos falamos com você! Até mandei-os ir embora!.-Eu sabia que ele nao estava arrependido,mas não queria perder a hora.

Olhei novamente para a mesa do centro, e a morena me olhava fixamente enquanto Alberto beijava meu pescoço, seu olhar parecia ainda perdido, mas eu não tinha tempo para focar no que acontecia em sua mesa, pois no momento,eu teria que satisfazer aquele homem.






•M

Autora;
Oi divasss, aqui é a Maya, estou ansiosa por estar escrevendo junto com a liz! Amo vocês.

O PREÇO DA TRAIÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora