O PREÇO DA TRAIÇÃO

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Simone na manhã de segunda-feira estava a tomar café da manhã com sua família reunida à mesa.Seus olhares estava sob seu marido que parecia b tranquilo lendo o jornal,e ao perceber que o comportamento do marido era aquele diante do seu turbilhão de sentimentos seus olhos  estavam tristes,pois a mesma ainda estava a lembrar da mensagem lida no celular do marido...Seu cérebro estava sabotando covardemente aquela mulher de uma maneira impiedosa,pois fazia a mulher se fazer várias perguntas internamente  resultando externamente em seus olhos marejados e quase avermelhados...

Como você poderia me trair depois de te dar os meus melhores anos Eduardo?...Como pôde jogar no lixo tudo o que eu sinto por você?...E as minhas filhas?(Olhava para o marido e em seguida olhou para elas)...Como elas vão reagir quando descobrirem que seu pai não é o que elas tanto pensam?Ai meu Deus me ajude a não surtar!(Era o que a mulher pensava em seu íntimo enquanto remexia os ovos em seu prato por não conseguir come-los).

   -"Papai,você me acompanha até a escola?".(Maria Eduarda perguntou animadamente ao se levantar da mesa).

-"Eu te levo meu amor!".(Simone respondeu ao desligar seus pensamentos).

-"Não mamãe!Eu prefiro que meu pai me leva se não se importar!".(Disse a menina com um sorriso no rosto).

  -"Mas eu posso te deixar meu amor!".(Insistiu a mulher olhando a filha).

-"Tudo bem Simone,eu a levo!".(Disse o homem fitando Simone com um sorriso).

A mulher nem mesmo teve coragem de encarar o homem...
Apenas assentiu concordando com o pedido da filha.
Aquele era o segundo dia após a mensagem lida,e depois de ler a mensagem no celular do homem aquela manhã,Simone sentiu seu estômago revirar,e se escondeu no banheiro e lá chorou copiosamente...
E mesmo com todo aquele peso sobre si,Simone dividiu a cama com o homem quando a noite chegou,e durante a madrugada até pensou em procura-lo,pois na cabeça dela,ele não precisaria procurar outra mulher se ela fizesse seu papel de esposa,mas sentiu nojo de si mesma por saber que se permitiria ser tocada por um homem que estava tocando o corpo de outra mulher,e então só se virou para o outro lado onde dormiu com a ajuda do escuro que estava ali.

Após ver a menina sair com o pai,viu a outra filha se levantar da mesa com uma mochila dessas de hippie...Maria Fernanda estava de fones de ouvido,e se manteve desligada ali durante todo o café da manhã,a garota escutava um rock pesado,enquanto olhava alguns desenhos na tela de seu celular...
Simone após se levantar,dirigiu a palavra a ela:

-"Você quer uma carona?".(Perguntou pegando o jaleco e a bolsa no sofá da sala).

Ao perceber que a garota não respondia,apenas se aproximou puxando um dos lados do fone...

  -"O QUE É?".(Perguntou a garota irritada).

-"Eu perguntei se você não quer uma carona?".

-"Olha bem pra mim dona Simone...Vê se eu tenho cara de quem ainda vai acompanhada pela mamãezinha até a porta do colégio?".(Disse a menina colocando o fone novamente).

-"Eu na sua idade...(Tirou os fones da menina percebendo que ela não a escutava)...Eu na sua idade,mesmo na faculdade me sentia privilegiada de ser acompanhada pela minha mãe!".

-"Mas não estamos mais nos anos 90 dona Simone!E também não pretendo ficar conhecida por aí como a garota que vai de Ranger para uma universidade pública!".(Disse a garota com um sorriso de piada).

-"E como pretende ir?Já passa das 07:00!".

-"Não se preocupe,eu entro na segunda aula!E vou de ônibus,ainda tenho alguns trocados!".(Disse a garota saindo).

Simone saiu e viu a garota andar até a entrada do condomínio onde encontrou a mesma sair por ter também saído para ir ao trabalho...
Simone se perguntava internamente como aquela menina poderia ter saído de seu útero...Maria Fernanda era a personificação de uma vida de"Tanto faz" pra tudo!Simone desde a sua juventude priorizou como ninguém seus estudos,já que vinha de uma família de baixa renda...Viu que tinha que ter um futuro diferente,e após se formar em Letras,não pretendia se trabalhar na área,então fez os 4 anos necessários para ginecologia,um amor que surgiu do nada,e nunca mais parou de trabalhar.