9. Family business

6.8K 861 261
                                    

"Fomos leais, éramos família, somos em quem todos confiam"
Sucker for pain - Imagine dragons.

15 de Janeiro de 2024

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

15 de Janeiro de 2024.
Whitville, Quiméria.

Minhas pálpebras estão pesadas. Tão pesadas que mal consigo manter os olhos abertos. Cada piscada é uma luta, e já não dá mais. Acho que preciso de um cochilo… só um pouquinho. Sem nem perceber, deito a cabeça na mesa do escritório de Carlos e deixo o sono me tomar. O mundo começa a sumir, e eu me entrego. Só quero dormir. Só isso.

— DAISE! — Um grito irrompe do nada.

Eu dou um pulo tão grande que quase caio da cadeira. Meu coração dispara, as batidas ecoam nos meus ouvidos enquanto olho ao redor, totalmente perdida. Meus olhos se fixam na porta, e quem eu vejo ali parado, ofegante, como se tivesse corrido uma maratona? Lucas, aquela desgraça ambulante! Parece que tá prestes a explodir, suando como se estivesse saído de uma sauna. Não tinha água nesse mundo, não? Ô peste!

— Ô, desgraça! — Grito de volta, sentindo o coração aos pulos. — Quer me matar do coração, é? Não faça isso nunca mais!

Ele se escora na porta, tentando recuperar o fôlego, e balança a cabeça na direção do corredor.

— A gente tem um probleminha com a gangue — diz Lucas, com um tom tão casual que quase parece estar falando sobre um anime qualquer.

Reviro os olhos com força, quase vendo o próprio cérebro. Me levanto da cadeira com um suspiro que parece vir da alma. Não queria, juro que não, mas desde que Carlos foi preso, esse tipo de coisa virou minha responsabilidade. O que me resta, né?

O homem teve a genial ideia de contar tudo para a polícia. Era só ter negado! Ele teria facilitado a vida dele, e a minha também. Agora, estou aqui, tendo que lidar com um bando de urubus que não sabem amarrar os próprios cadarços.

— Esses caras me dão nos nervos! — resmungo, enquanto caminho na direção da porta. — Não aguento mais! São mais burros que uma porta. Socorro!

Chegando no pátio da mansão de Carlos, a primeira coisa que vejo são dois dos seus homens se engalfinhando como se estivessem numa briga de bar.

Eles trocam socos desajeitados, se empurrando feito dois moleques. Mais ao canto, outros dois caras estão com a mão no nariz, provavelmente tentando conter o sangue. Devem ter sido corajosos o suficiente para tentar apartar a briga e acabaram levando uma na cara. Bem feito, quem mandou meter a cara onde não foi chamado?

Nunca se intrometa numa briga alheia, a menos que esteja preparado para tomar também.

Coloco as mãos na cintura e fico parada por alguns segundos, observando a cena como se fosse um filme de comédia ruim. Esses dois estão se estapeando como se fossem duas garotas brigando por quem vai pegar o último batom em promoção. É ridículo.

Destino CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora