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"Eu sou um escravo dele, escravo do seu amor"
Hotel - Montell Fish

"Eu sou um escravo dele, escravo do seu amor"Hotel - Montell Fish

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15 de março de 2025.
Whitville, Quiméria.

O som estridente do despertador corta o silêncio do quarto, arrancando-me bruscamente do mundo dos sonhos. Meu corpo ainda pesado de sono reluta, mas forço meus olhos a se abrirem. A claridade do sol invade o ambiente, atravessando a janela entreaberta.

Espere... janela?

Levanto-me rapidamente, o coração disparando em meu peito. Tenho certeza absoluta de que fechei essa maldita janela antes de dormir. Aliás, eu nem sequer a abri à noite. Carlos. Só pode ser ele! Dios mio, esse homem não conhece limites! Como ele consegue ser tão insistente?

Desço os pés no chão frio, sentindo o arrepio subir pelas minhas pernas enquanto me encaminho para o banheiro, ainda atordoada. É então que o som de batidas fortes ecoa pela porta, interrompendo meu caminho e me fazendo revirar os olhos em frustração.

Será que não posso nem escovar os dentes em paz? Minha vida parece estar desmoronando aos poucos, um caos crescente. Oh céus, por que não posso simplesmente me enterrar viva e desaparecer de uma vez?

As batidas continuam, cada vez mais intensas e impacientes, enquanto caminho a passos rápidos até a porta. Quem, em nome de tudo, está batendo assim? Que inferno, será que ninguém mais tem paciência nesse mundo?

— Ísis! — a voz inconfundível de Daise atravessa a barreira da porta, cheia de urgência.

Abro a porta, e antes que eu tenha tempo de reagir, Daise praticamente se joga para dentro da minha residência. Suas roupas estão encharcadas, a maquiagem completamente borrada, como se tivesse sido arrastada por uma tempestade.

Mas… como? Não está nem chovendo lá fora.

Claro, Daise se enfiou em mais uma de suas aventuras. Já consigo imaginar o desastre.

— O que aconteceu com você? — pergunto, analisando-a de cima a baixo, sem esconder minha surpresa.

— Deixa eu te contar, porque é uma lista longa. — Ela joga a bolsa com força no meu sofá, soltando um suspiro exasperado. — Primeiro, caí na piscina da empresa. Segundo, fui demitida. E, por fim, meu irmão surtou. — Ela conta nos dedos, como se estivesse recitando uma tragédia.

Meu estômago revira ao ouvir a referência a Carlos. Ele surtou? Como assim?

Sério, Ísis? É isso que te prende atenção no meio de todo o caos dela?

Destino CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora