Gente o capítulo vai ser grande, tem exatamente três capítulos só nesse, é para compensar vocês pelo tempo que passei sem atualizar essa história.
Boa leitura ❤️
CAROLINA
...Uma semana depois ...
Entro na pequena cafeteria já sentindo o cheiro atrativo das bebidas que servem ali, algumas pessoas estão sentadas nas poucas mesas espalhadas no estabelecimento quente e acolhedor, apreciando a bebida a qual lhes trás um pouco de conforto lhes aquecendo do frio impiedoso lá de fora. Uma garota mais jovem se aproxima com uma caderneta em mãos oferecendo um sorriso gentil, questiona o que irei pedir e apenas lhe peço um chocolate quente. Espero pacientemente meu pedido ser preparado, retiro as luvas a qual dificultava um pouco os movimentos de minhas mãos já que a mesma era grossa para poder aquecer com eficácia e retiro o casaco sentindo meus ombros relaxarem quando o aquecimento oferecido pela grande lareira impregna em minha pele. Olho minhas mãos e pela primeira vez durante toda a minha vida, vejo as palmas antes macias, agora com alguns cortes e calos proveniente do trabalho árduo de restaurar as cabanas, o que parece ser uma missão impossível já que a natureza parece está fazendo pirraça com nossa cara, pois parece que quanto mais pertos estamos do fim, mas ela nos atrapalha com chuvas e nevasca, o que faz o trabalho se arrastar ainda mais.
-Aqui senhorita! A adolescente coloca a caneca fumegante sobre a mesa e a agradeço. O cheiro do chocolate quente vem até meu nariz fazendo minha boca salivar em precipitação de sentir o gosto, pego a louça morna e fumegante a trazendo em frente ao meus lábios e sopro o líquido cremoso e escuro fazendo com que a fumaça ondule pelo ar para logo se dissipar, bebo um pouco do chocolate sentindo a textura cremosa do líquido e fecho os olhos quando minhas papilas gustativas se aquece com o gosto meio amargo do chocolate e um suspiro seguido de um gemido sútil de satisfação escapa melodiosamente entre meus labios, olho ao redor vendo que os outros estavam imerso em seus próprios afazeres para perceber o que havia feito. E isso me fez observar as pessoas ali enquanto degusto a bebida saborosa.
Um homem no canto mais afastado ler um livro enquanto uma xícara com chá escuro descansa sobre a madeira, um grupo de amigas conversam animadamente enquanto aproveitam seus pedaços de bolo, duas xícaras e uma caneca descansa ao lado do prato, e assim observo sorrateiramente todos a qual estavam ali, até meus olhos encontrar os da garçonete que sorrir e volta a seus afazeres. Suspiro e olho para fora através das janelas de vidros embaçadas e observo as pessoas caminhando de um lado a outro nas ruas enquanto suas roupas e cabelos ficam salpicados pelos flocos de neve que caem do céu se amontoando no chão criando um tapete branco e gelado. Do outro lado da rua um homem está me observando através da janela, expremo meus olhos na tentativa de ver seu rosto, o que não será possível já que está quase todo coberto pelo cachecol bordô e o casaco escuro que envolvi seu corpo lhe protegendo do frio está salpicado com os flocos de neve. Então desvio meus olhos focando apenas na caneca a qual ainda está potencialmente cheia apesar dos vários goles que tirei do líquido. Um barulho de sinos soa atrás de mim, o mesmo tilintar que o sino da porta fez quando entrei, mas apenas continuo com meu foco inteiramente na bebida. Passos pesados são ouvidos e percebo ficar cada vez mais próximos até cessarem.
-Posso lhe fazer companhia?. A voz masculina soa próximo a mim, desvio minha atenção da bebida e espio o homem parado ao lado oposto da mesa, e percebo ser o mesmo a qual me olhava ao lado de fora do estabelecimento. Os flocos de neve a qual ainda salpicam seu casaco e cabelos derretem por conta do ambiente aquecido e o líquido que os flocos se transformam escorre pelo tecido plastificado. Franzo a testa e olho ao redor do estabelecimento notando algumas unidades de mesas vazias. -Oh, vejo que não está me reconhecendo! Diz puxando a cadeira à minha frente se acomodando na mesma, continuo o encarando em questionamento e ele rir enquanto retira o casaco e cachecol. Fico um pouco tensa, reconhecendo-o como o mesmo homem que estava no mercado. Ele sorriu ao perceber o lampejo de reconhecimento exibido em meu rosto.
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Feral
General FictionCarolina a pedido de seu pai adotivo se muda para o pequena cidade de Sitka o lugar em que ele nasceu, o que ela não esperava era que ao invés de uma cidade a beira mar como ela virá na internet, o lugar em que seu pai a mandará era um pequeno vilar...