Bolada Certeira | Minsung

08. Sensação gostosa

Eu quero matar o Felix.

Assim que Changbin nos chamou, eu tive um milhão — ou até mais — sobre o que poderia ter acontecido com ele. Juro.

Então, voltamos correndo até o lugar onde todos estavam, encintrando Felix sentado e completamente bem. Olhei para Changbin e ele parecia tão confuso quanto eu.

Que filho da puta.

— Lix? Você tá bem? – Changbin perguntou, sentando ao lado dele.

— Tô ótimo, meu lindo. Por que?

— Você meio que tava quase vomitando...? Tá tudo bem mesmo?

— Lógico! Tô super bem – sorriu e se virou para mim e para Minho. — Ué? Já terminaram de se pegar?

Eu vou matar esse lazarento.

— Não, né, porra! Eu tô com uma vontade gigante de socar a sua cara fala sério!

— Calma, Ji – Minho tocou o meu braço, o que funcionou até antes de Felix abrir a boca.

— Que coisa, né? Mas quem fez o Changbin ir lá?

Chega.

— Felix. Corre.

Ele pareceu ter percebido que foi ele mesmo que chamou o Changbin, logo depois do mesmo o explicar rapidamente.

Quando Felix fica bêbado, ele tem a mania de fingir que está passando mal, uma brincadeira que a gente já tá acostumado então não é um problema. Mas tinha acabado de se tornar, pelo visto.

Ele viu que eu estava falando sério e logo se levantou.

— Jico, calma, foi sem querer.

— 1.

— Ji, sério, não queria atrapalhar a pegação de vocês, eu juro.

— 2.

Ele notou que não adiantava ele falar algo, por que, no momento, eu só pensava em esganar ele. Filho da puta.

Ele, então, começou a correr e eu fui correndo atrás dele, enquanto os nossos amigos riam de nós dois. Infelizmente, Minho me agarrou antes que eu conseguisse alcançar Felix.

— Me solta, Minho! Deixa eu esganar ele!

— Meu bem, se você esganar ele agora, não vai dar pra gente se vingar – sussurrou no meu ouvido e eu sorri com isso. Eu amo como Minho entra nas minhas loucuras que mais ninguém dá bola, ele parece ser tão louco quanto eu.

— Você tem razão – respondi também em sussurro. Ele me soltou e sorriu olhando tão lindo para mim. Puxei ele e voltamos pra mesa, Felix vindo receoso logo depois.

— Desistiu de me matar?

— Hm, sim. Temporariamente, digamos – respondi e ele soltou um suspiro.

— Vocês são loucos – Chan disse, rindo alto.

— Você não viu nada – Seungmin responde rindo. — Felix e Han são completamente fora da casinha.

— Que audácia! Eu não sou fora da casinha! – disse, indignado. Eu? Fora da casinha? Jamais! (Ok, talvez um pouquinho) — O Felix que é!

— Ei!

O resto da noite se passou assim, tranquila, cheia de risadas e conversas engraçadas. E toda vez, eu olhava pra Minho só pra ver ele sorrir ou gargalhar, por que era encantador, ele por si só era completamente encantador.

Eu tinha medo de me apaixonar por ele, mas porra! Ele era tão lindo e atraente — não só na beleza, mas em cada ação dele ele era lindo e atraente — e isso me dava medo, por que eu não quero que ele vá embora.

Enquanto eu me perdia nos meus próprios pensamentos, eu sequer notei que já havíamos chegado em casa e todos os meninos já tinham entrado. Eu saí do carro e me virei para Minho, que já estava atrás de mim.

— Obrigado por hoje, eu amei essa noite, sério – disse, brincando com meus dedos que tocavam de leve os dele.

— Eu que agradeço, foi uma das noites que eu mais me diverti – sorriu e eu retribui. Porra, ele era tão lindo quando sorria assim, sincero.

Eu me aproximei dele, queria ele mais perto de mim. Muito mais. Eu só queria ele. 

Ele se aproximou também, colando nossos peitos e quadris, olhando tão lindo para mim e eu quase não consegui parar de olhar pra ele — e ele também não tirava os olhos de mim.

— Eu posso te beijar?

Sorri com a pergunta dele, ele com certeza podia.

— Por favor.

E ele me beijou, me fazendo sentir aquela sensação gostosa de que nossas bocas foram feitas uma para a outra.

Assim como eu estava começando a achar que ele foi feito pra mim e eu pra ele.