"Eu ainda não sei como resolver as situações entre em gente, mas voce foi a primeira pessoa que eu confiei"
》◆06/09◆《Acordei no sofá, já que, mesmo irritado, eu não queria deixar Ango dormir no móvel e o colchão de ar já estava guardado.
Me levantei devagar, sem pressa. Yosano, a médica que me atendeu, advertiu sobre situações de estresse, dizendo que elas piorariam meu estado atual. Segui até o quarto, com o objetivo de me resolver com Ango.
Me assustei ao não encontrá-lo na cama. Ele tinha a arrumado antes de sair.
Um bilhete em post-it rosa foi deixado no travesseiro, o mesmo papel que ele usava para escrever as coisas de seu trabalho.
"Preciso pensar um pouco, Oda... Á noite, quando eu chegar em casa, quero resolver isso com você, de um jeito maduro, não infantil como ontem a noite."
Encarei o papel, desacreditado. Raiva burbulhou em meu peito, não sobre Ango, mas sobre Mori.
Aquele homem REALMENTE me enojava.
Amassei o bilhete na minha mão, ma me senti culpado por ter feito aquilo logo em seguida. O desamassei cuidadosamente, percebendo outra mensagem no seu verso.
"Eu ainda gosto de você, mas agora estou com ainda mais medo da palavra mais forte"
O que eu senti ao ler aquele trecho foi algo próximo a alívio, mas com um toque de anseio.
Não é lembrava da última vez que eu senti raiva de alguém. Acho que tenho um bom motivo para não lembrar.
Cerrei meus punhos, lendo o bilhete diversas vezes para tentar amenizar minha fúria. O guardei cuidadosamente na minha carteira, com a mãos tremendo de raiva.
Eu estava muito cansado! Tentava ao máximo, fazia o meu melhor e tentava de tudo.
Então, por favor, me deixe ter o que eu quero!
Eu sei que seria a primeira e última vez...
Saí de casa as pressas, entrando no carro e batendo a porta. Dirigi o mais rápido que pude até a máfia, andando com passos pesados nos corredores e praticamente arrombando a porta da sala de Mori.
— QUE PORRA É ESSA!?? — Eu perguntei, aos berros, jogando o carta falsificada em sua mesa.
O homem me olhou, rindo como se tivesse ganhado uma aposta. Fingiu pena ao me olhar.
— Nunca vi você assim tão alterado nesses 13 anos que você trabalha aqui... — Ele lamentou. — Considere isso um favor meu.
— Favor?! — Eu ri, com raiva. — Isso não é a bosta de um favor! O que você quer de mim?
— É um favor, Oda... — Ele repetiu, sorrindo calmamente, o que me deixava ainda mais puto. — Você não quer que ele sinta sua falta, quer?
Minha raiva se esvaiu ao dar lugar para outro sentimento: Medo.
— O que você quer dizer com isso? — Perguntei, em tom de ameaça.
— Essa vai ser sua última missão, Odasaku — ele contou, empurrando um papel em minha direção. Senti repulsa ao ouvi-lo usando o apelido que Dazai havia criado. — Não tem escapatória.
O encarei, incrédulo. Peguei a folha e li o que estava escrito, tentando não me desesperar.
— Ah, perdão, você até pode recusar se quiser... — Ele se corrigiu. — Mas seu substituto seria Dazai Osamu.
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Tudo Que Deixei De Dizer [ODANGO]
FanfictionOda Sakunosuke mantia um diário consigo, anotando tudo que o impressionava na sua vida: Diálogos com Dazai; Dias marcantes; Frazes de livros e encontros no bar Lupin... Um assunto acabou tomando a maior parte de seu caderno: Ango Sakaguchi. "E se u...