𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTER

3- O Espelho de Ojesed

O jogo de quadribol havia acontecido, mas Helena não se importou tanto. Havia descoberto algo que tomava seu tempo. Certa noite, Helena enquanto perambulava descobriu um espelho, a qual ela via seus pais juntos dela. Helena via uma moça alta e muito ruiva através dela, segurando seus ombros enquanto sorria, seus olhos castanho-escuro transbordavam carinho e amor quando ela os olhava. De seu outro lado estava um homem a quem ela deduziu ser seu pai, ele era alto e tinha cabelos muito pretos, vestia roupas chiques e tinha um sorriso orgulhoso nos lábios, ele tinha seus olhos.

— É você, mamãe? Papai?

A mulher bonita assentiu com a cabeça, então Helena sorriu com os olhos molhados de lágrimas. O homem assentiu com a cabeça, e Helena se pôs a chorar. Ela passava longas e incontáveis horas naquela sala admirando seus pais. Sua mãe era tão parecida com ela, os cabelos de fogo e o sorriso, até mesmo os traços do rosto eram os mesmos. Mas o homem não era tão parecido com ela, os cabelos eram pretos como carvão cru, ele era alto, um pouco apenas que sua esposa, e diferente da esposa, que continha um sorriso de amor no rosto, ele tinha um sorriso muito orgulhoso.

Helena viu no canto do espelho a figura de Dumbledore a observando. Ela se levantou rapidamente, arrumou as vestes e ficou imóvel o olhando.

— Diretor Dumbledore... — ela disse envergonhada. — Sinto muito por não estar na cama...

— Não precisa se desculpar, senhorita. — ele disse arrumando os óculos meia-lua no nariz. — Vejo que descobriu os prazeres do espelho de ojesed.

— Ainda não entendi o que ele faz, professor.

— Ele lhe faz ver o que mais deseja no mundo. — ele explicou de forma breve.

— Eu vejo minha mãe. — as palavras escaparam da boca dela.

— Sua mãe... — disse Dumbledore. — Era uma aluna fantástica.

— A conheceu? — ela disse, os olhos brilhando.

— Conheci. — ele disse calmo. — Ela era uma aluna fantástica, e muito parecida com você.

— Eu sequer sei seu nome. — murmurou Helena.

— Aurora. Aurora Portman. — ele respondeu calmamente. — Assim como você, ela demonstrava excessiva facilidade em feitiços... E bom, ela era extremamente inteligente e poderosa.

Helena sorriu.

— A aconselho a não voltar mais a visitar o espelho, senhorita Portman. — Dumbledore pediu.

— Senhor... Por quê?

— O espelho de ojesed pode nos dar muitos prazeres... Ver o que mais desejamos... — explicou Dumbledore.

— Mas não é prudente que eu venha aqui?

— Ja houve homens que definharam diante dele... — explicou Dumbledore. — Fascinados com o que vinham.

Helena assentiu.

— Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?

— Acabou de fazer uma. — ele sorriu. — Mas pode me perguntar mais uma coisa.

— O que você vê quando olha no espelho?

Ele olhou bem para o espelho.

— Eu? Eu me vejo segurando um par de grossas meias de lã.

Helena arqueou as sobrancelhas.

— Meias? Por que meias?

— As meias nunca são o suficiente. Mais um natal chegou e passou e não ganhei nem um par. As pessoas insistem em me dar livros. — respondeu Dumbledore.

Helena deu uma risada baixa, então concordou.

— Nunca ganhei meias nem livros. — disse Helena rindo.

Dumbledore tirou um livro de dentro da blusa e o entregou para Helena. Ela pegou e sorriu, a capa era roxa, e o canto estava escrito: AP.

— É o diário de sua mãe. — ele declarou. — Ele foi resgatado de sua casa. Eu nunca li, para deixar claro.

Helena ainda sorria.

— Obrigada professor.

Ela o abraçou e correu até a comunal da Grifinória. Helena se jogou no sofá e abriu a primeira página. Harry estava sentado em uma poltrona e Rony na outra.

" Querido Diário,
Hoje passeei com Alice e Lily por Hogsmead. Não creio que tenha sido um passeio agradável, pois fiquei enfurecida de raiva quando vi ele e aquela garota da corvinal juntos, quis voar nos cabelos lindos e maravilhosos dele e arrancar fio por fio até ele ficar careca, aquele cachorro.

Mas aproveitei e passei na Dedos de Mel, comprei tanto chocolate que vou engordar muito nessas férias! O último ano tem sido cansativo até demais, gostaria de me enfiar de baixo das cobertas e não sair nunca mais!

Espero que eu possa me resolver com almofadinhas até a formatura.

A.P ".