Os jorros de feitiços voavam por todos os lados, Helena se protegeu de uma explosão e sentiu um empurrão tão forte que fez seu estômago se revirar, mas seu enjoo passou quando viu que era Harry quem a arrastava.
— Me solta! — ela pediu.
— O vidro! — ele apontou para a janela que desabava em cima deles.
Eles saíram do caminho dos cacos de vidro, mas Harry ainda corria.
— Harry! Harry!
— Não posso deixar ele ir, Lena. — ele soluçou. — Ele matou Dumbledore.
Harry entrou derrapando por outro corredor, e um feitiço passou voando e ele mergulhou atrás de uma armadura que explodiu e viu, então, os irmãos Comensais que desciam correndo a escadaria de mármore e disparou feitiços contra os dois, mas atingiu apenas várias bruxas de peruca, em um quadro do patamar, que fugiram aos guinchos para os quadros vizinhos; quando transpunha os destroços da armadura, Harry ouviu mais gritos: Outras pessoas no castelo pareciam ter acordado. Ele irrompeu pela tapeçaria que havia embaixo e saiu em um corredor onde estavam parados vários alunos da Lufa-Lufa de pijama, desnorteados.
— Harry! Ouvimos um barulho, e alguém mencionou a Marca Negra... — começou Ernesto Macmillan.
— Sai do caminho! — berrou Harry, empurrando dois garotos e correndo em direção ao patamar e ao último lance da escadaria de mármore.
As portas de carvalho na entrada tinham sido arrombadas e havia manchas de sangue no chão, e vários estudantes aterrorizados se encolhiam às paredes, uns dois deles cobriam o rosto com os braços; a enorme ampulheta da Grifinória fora atingida por um feitiço, e os rubis que continha ainda caíam, produzindo um ruído seco no piso lajeado. Harry voou pelo Saguão de Entrada e saiu para os jardins escuros: mal conseguia divisar três vultos que corriam pelo gramado em direção aos portões, onde poderiam Aparatar. O enorme Comensal da Morte louro e, mais à frente, Snape e Malfoy.
Harry sentiu o ar frio da noite dilacerar seus pulmões quando disparou atrás deles; ele viu um lampejo ao longe que momentaneamente recortou a silhueta dos fugitivos; apesar de não saber o que seria, continuou a correr, ainda não se aproximara o suficiente para fazer pontaria...
Outro lampejo, gritos, jorros de luz em resposta, e Harry entendeu: Hagrid saíra de sua cabana e estava tentando deter os Comensais da Morte em fuga e, embora cada hausto parecesse rasgar seus pulmões e a pontada em seu peito ardesse como uma labareda, Harry acelerou enquanto uma voz em sua cabeça dizia: Hagrid não.. Hagrid também não.
Alguma coisa atingiu Harry, com força, nos rins, e ele caiu; seu rosto bateu no chão, o sangue espirrou das narinas: concluiu, mesmo enquanto se virava, com a varinha em punho, que os irmãos que ele ultrapassara ao pegar o atalho se aproximavam às suas costas.
— Impedimenta! — berrou ele, tornando a se virar, agachando-se rente ao chão escuro e, milagrosamente, seu feitiço atingiu um deles, que cambaleou e caiu, derrubando o outro; Harry ergueu-se de um salto e continuou a correr atrás de Snape.
E, à claridade da lua crescente que surgiu inesperadamente por trás das nuvens, ele viu a vasta silhueta de Hagrid; o Comensal da Morte louro alvejava-o com sucessivos feitiços, mas a imensa força de Hagrid e a pele dura que herdara da mãe giganta pareciam protegê-lo; Snape e Malfoy, no entanto, continuavam a correr e logo estariam fora dos portões, e poderiam Aparatar...
Harry passou, desembalado, por Hagrid e seu oponente, mirou nas costas de Snape e berrou:
— Estupefaça!
Errou; o jorro de luz vermelha passou ao largo da cabeça de Snape; o professor gritou: "Corra, Draco!", e virou-se; a uns dezoito metros de distância, ele e Harry se encararam antes de erguer simultaneamente as varinhas.
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𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTER
Viễn tưởngDOCE LÍRIO • HELENA PORTMAN era uma garota conhecida por sua generosidade e todo o carinho que ela dava a quem gostava de verdade. Mas também era reconhecida por sua beleza mágica, Helena contava com cabelos ruivos e olhos azuis-acizentados tão clar...