Hermione dera uma livrada em Rony, que comia desesperadamente os frangos do prato.
— Você consegue parar de comer por um minuto, garoto?! — Helena exclamou olhando para os lados.
— O seu melhor amigo sumiu e você não parece nem um pouco preocupado! — exclamou Hermione.
— Ele está vindo ali, sua lunática. — Rony resmungou, apontando para a porta do salão principal.
Elas viraram juntas a cabeça e viram Harry vindo, segurava um paninho molhado de sangue.
— Ele está sempre coberto de sangue. — disse Ginny, arqueando uma sobrancelha abismada.
— Dessa vez o sangue é dele. — Helena disse, deixando espaço para Harry se sentar ao seu lado. — Que aconteceu? Por que seu nariz está sangrando?
— Malfoy. — ele murmurou se sentando. — Depois eu conto para vocês.
Helena tirou o paninho branco manchado de sangue da mão dele e o dobrou devidamente e limpou o nariz dele.
— O sangramento já parou, jogue fora depois. — ela disse enfiando o pano no bolso de Harry.
Harry assentiu e ficou encarando Helena até fazê-la se sentir desconfortável e voltar a comer.
[...]
— Não estou entendendo nada desse horário. — disse Helena, enquanto acompanhava Harry pelo corredor. — Harry, vai prestar o N.I.E.M pra quê?
— Como assim? — perguntou Harry.
— Vou fazer para feitiços. — ela murmurou lendo o papel. — Você não quer ser auror? Acho que pode fazer de Defesa Contra as Artes das Trevas...
— Não estou entendendo uma palavra sua. — ele murmurou quando entraram num corredor cheio de alunos.
— Vamos, Eleito. — ela zombou o agarrando pelo braço e o arrastando pelo corredor.
Os três, Helena, Harry e Rony foram para a sala de poções. A masmorra continuava com o mesmo odor esquisito de poções e como sempre muito fria. Helena se adiantou para Hermione enquanto assistia Harry e Rony brigarem por um livro de poções no armário.
— Bom, bom dia. — disse o professor. — Caso não me conheçam sou o Prof. Slughorn. Alguém pode me dizer o que é isto?
A mão bem treinada de Hermione subiu antes de qualquer outra; Slughorn apontou para ela.
— É Veritaserum, uma poção sem cor nem odor que força quem a bebe a dizer a verdade. — respondeu Hermione.
— Muito bem, muito bem! — elogiou o professor, feliz. — Agora, essa outra é bem conhecida... e também apareceu em alguns folhetos do Ministério ultimamente... quem sabe...?
A mão de Hermione foi novamente a mais rápida.
— É a Poção Polissuco, senhor.
Harry também reconheceu a substância com aspecto de lama que fervia lentamente no segundo caldeirão, mas não se aborreceu que Hermione recebesse o crédito por responder à pergunta; afinal, fora ela quem conseguira preparar a poção, quando estavam no segundo ano.
— Excelente, excelente! Agora, esta outra aqui... sim, minha cara? — interrompeu-se Slughorn, parecendo ligeiramente tonto ao ver a mão de Hermione perfurar mais uma vez o ar.
— É Amortentia!
— De fato. Parece quase tolice perguntar... — comentou o professor muito impressionado. — Mas presumo que você saiba que efeito produz, não?
— É a poção de amor mais poderosa do mundo! — disse a garota.
— Certo! E você a reconheceu, presumo, pelo brilho perolado?
—E o vapor subindo em espirais características, e dizem que tem um cheiro diferente para cada um de nós, de acordo com o que nos atrai, e eu estou sentindo cheiro de grama recémcortada e pergaminho e...
Mas ela corou ligeiramente e não completou a frase.
— Posso saber o seu nome, minha cara? — perguntou Slughorn, não dando atenção ao constrangimento de Hermione.
— Hermione Granger, senhor.
— Ora muito bem, vinte pontos muito merecidos para a Grifinória, srta. Granger! — exclamou Slughorn cordialmente.
Hermione sorriu e cutucou Helena com o cotovelo, a ruiva despertou de seu cochilo e se endireitou na cadeira.
— A Amortentia na realidade não gera o amor, é claro. É impossível produzir ou imitar o amor. Não, a poção apenas causa uma forte paixonite ou obsessão. Provavelmente é a poção mais poderosa e perigosa nesta sala. Ah, sim. — Slughorn confirmou solenemente com a cabeça para Malfoy e Nott, que riam descrentes. — Quando vocês tiverem visto tanto da vida quanto eu, não subestimarão o poder do amor obsessivo...
"E agora, está na hora de começarmos a trabalhar."
— Professor, o senhor não nos disse o que tem neste aqui. — lembrou Ernesto Macmillan, apontando para um pequeno caldeirão preto em cima da mesa de Slughorn. A poção espirrava vivamente para todo o lado; era cor de ouro derretido, e dela saltavam enormes gotas como peixinhos à superficie, embora nem uma só partícula extravasasse.
Harry tinha certeza de que o professor não esquecera a poção, mas esperou que lhe perguntassem para produzir um efeito teatral. — Sim! Sim! Aquela. Bem, aquela ali, senhoras e senhores, é uma poçãozinha curiosa chamada Felix Felicis. Suponho... — e ele se voltou sorridente para Hermione, que deixara escapar uma exclamação audível. —... que a senhorita saiba o que faz a Felix Felicis, srta. Granger?
— É sorte líquida. — respondeu Hermione excitada. — Faz a pessoa ter sorte!
A classe inteira pareceu sentar mais aprumada. Agora Harry só conseguia ver os cabelos louros e sedosos de Malfoy, porque finalmente ele estava prestando total atenção ao professor. Harry olhou para o lado e viu Helena, ela pendia a cabeça na mão enquanto dormia de novo, ele sorriu e desviou o olhar quando ela acordou.
— Correto, mais dez pontos para a Grifinória. É uma poçãozinha engraçada a Felix Felicis! — explicou Slughorn. — Dificílima de fazer e catastrófica se errarmos. Contudo, se a prepararmos corretamente, como no caso, vocês irão descobrir que os seus esforços serão recompensados... pelo menos até passar o efeito.
Helena acordou e Harry a olhou. Ela corou e desviou o olhar enquanto fingia anotar alguma coisa em seu caderno, ele corou e voltou a olhar para Slughorn.
— Pode ir um pouco para o lado, Harry? — ela perguntou. — Seu perfume está muito forte hoje.
Hermione deu risadinhas enquanto Harry dava um passo para o lado, sabendo que o cheiro que Helena sentia vinha da poção do amor próxima a eles, e não de Harry.
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𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTER
FantasyDOCE LÍRIO • HELENA PORTMAN era uma garota conhecida por sua generosidade e todo o carinho que ela dava a quem gostava de verdade. Mas também era reconhecida por sua beleza mágica, Helena contava com cabelos ruivos e olhos azuis-acizentados tão clar...