Era o dia da primeira tarefa. Harry desceu para a comunal sozinho, todos os olhares foram para ele. Viu Helena sentada no braço do sofá junto de Angelina, Fred e George. Ela o encarava sem nenhuma expressão no rosto, mas então levantou um bottom vermelho escrito " Potter ". Então ela torcia para ele. Mas Harry estava muito bravo com ela para ir até ela ou até sorrir.
Foi pior do que Harry poderia ter imaginado, ficar sentado ali escutando. A multidão gritava, urrava, exclamava como uma entidade única de muitas cabeças, enquanto Cedric fazia o que quer que estivesse fazendo para tentar passar pelo Focinho-Curto sueco. Krum continuava a olhar para o chão. Fleur agora passara a refazer os passos de Cedric, dando voltas na barraca. E os comentários de Bagman tornavam tudo muito pior... imagens horrendas se formaram na mente de Harry, quando ele ouviu: "Aaah, por um triz, por muito pouco"... " Ele está se arriscando!" "Boa tentativa, pena que não deu resultado!"
Então, uns quinze minutos depois, Harry ouviu um urro ensurdecedor que só poderia significar uma coisa: Cedric conseguira passar pelo dragão e se apoderara do ovo de ouro.
— Realmente muito bom! — gritou Bagman. — E agora as notas dos juízes!
Mas ele não irradiou as notas.
— Um a menos, faltam três! — berrou Bagman, quando o apito tornou a tocar. — Senhorita Delacour, queira fazer o favor!
Fleur tremia da cabeça aos pés, Harry sentiu mais simpatia por ela do que sentira até então, quando a viu deixando a barraca com a cabeça erguida e a mão apertando a varinha. Ele e Krum ficaram a sós, em lados opostos da barraca, evitando se olhar. Recomeçou o mesmo processo.
— Ah, não tenho muita certeza se isto foi sensato! — os dois ouviam Bagman dizer animadamente. — Ah... quase! Cuidado agora... meu bom Deus, pensei que já tinha apanhado!
Uma pausa, enquanto os juízes mostravam as notas de Fleur. E mais palmas... então, pela terceira vez, o apito.
— E aí vem o Sr. Krum! — exclamou Bagman e o garoto saiu curvado, deixando Harry só. — Muito ousado! — berrava Bagman e Harry ouviu o Meteoro-Chinês soltar um poderoso e terrível urro, enquanto a multidão prendia a respiração em unissono. — Que sangue-frio ele está demonstrando... e... sim, senhores, ele apanhou o ovo!
Os aplausos romperam o ar invernal como se espatifassem uma vidraça; Krum terminara e seria a vez de Harry a qualquer momento. Harry se levantou, reparando vagamente que suas pernas pareciam feitas de marshmallow. Ele aguardou. Então ouviu o apito tocar. Cruzou, então, a entrada da barraca, o pânico se avolumando dentro dele. E agora, estava passando pelas árvores e atravessando uma abertura na cerca.
O garoto via tudo diante de si como em um sonho berrantemente colorido. Havia centenas e mais centenas de rostos nas arquibancadas que o olhavam, que tinham se materializado desde a última vez que ele estivera naquele lugar. E havia o Rabo-Córneo, do outro lado do cercado, deitado sobre sua ninhada de ovos, as asas meio fechadas, os olhos amarelos e malignos fixos nele, um lagarto negro, monstruoso e coberto de escamas, sacudindo com força o rabo de chifres, que deixava marcas de um metro de comprimento escavadas no chão duro. A multidão fazia uma barulheira internal, mas se era simpatica ou não a ele, Harry não sabia nem se importava. Era hora de fazer o que tinha de fazer... focalizar a mente, inteira e absolutamente, na coisa que era sua única chance.
Harry tentou avançar entre as rochas grossas, e tão foi surpreendido por um jorro de fogo quente que quase queimou seu cocoruto. O dragão avançara com rapidez e muita agilidade, jorrando fogo e rugindo estrondosamente.
— A VARINHA HARRY! A VARINHA! — berrava a voz de Mione da arquibancada.
Ele ergueu a varinha.
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𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTER
FantasiaDOCE LÍRIO • HELENA PORTMAN era uma garota conhecida por sua generosidade e todo o carinho que ela dava a quem gostava de verdade. Mas também era reconhecida por sua beleza mágica, Helena contava com cabelos ruivos e olhos azuis-acizentados tão clar...