48- A Armada de Dumbledore

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— Quem é que iria querer ter aulas com um pirado? — perguntou Harry, enquanto Hermione tentava convencer ele a dar aulas de feitiços e defesa para outros alunos.

— Melhor você do que a cara de sapo. — disse Rony.

— Obrigado Rony. — murmurou Harry.

Eles subiram as escadas do Cabeça de Javali e entraram em uma salinha pequena e lotada de gente.

— Oi, Harry. — cumprimentou Neville, sorrindo e se sentando.

Harry tentou retribuir o sorriso, mas não respondeu, sua boca estava excepcionalmente seca. Cho acabara de sorrir para ele e se sentara à direita de Rony. A amiga dela, que tinha cabelos louro-avermelhados e crespos, não sorriu, mas deu a Harry um olhar cheio de desconfiança, indicando que, se tivesse tido escolha, não estaria ali. Helena revirou os olhos e se sentou.

Em pares e trios, os recém-chegados se acomodaram em volta de Helena, Harry, Rony e Hermione, alguns parecendo muito excitados, outros curiosos, Luna mirando sonhadoramente o espaço. Quando todos terminaram de puxar cadeiras e se sentar, a conversa morreu. Todos os olhares se concentraram em Harry.

— Hum. — começou Hermione, a voz ligeiramente mais alta do que normalmente, nervosa. — Bom.. hum... oi.

O grupo transferiu as atenções para ela, embora os olhares continuassem a se voltar a intervalos para Harry.

— Bom.. hum... bom, vocês sabem por que estão aqui. Hum... bom, Harry, aqui, teve a ideia, quero dizer... Eu tive a ideia... que seria bom se as pessoas que quisessem estudar Defesa Contra as Artes das Trevas, e quero dizer realmente estudar, sabem, e não as bobagens que a Umbridge está fazendo com a gente... Porque ninguém pode chamar aquilo de Defesa Contra as Artes das Trevas. Bom, eu pensei que seria bom se nós, bom, nos encarregássemos de resolver o problema.

Ela parou, olhou de esguelha para Harry e continuou: — Com isso, eu quero dizer aprender a nos defender direito, não somente em teoria, mas praticando realmente os feitiços...

— Mas acho que você também quer passar no N.O.M. de Defesa Contra as Artes das Trevas, não? — perguntou Miguel Corner.

— Claro que queremos. — respondeu Helena indiferente. — Mas, mais do que isso, queremos um treinamento em defesa adequado porque Lorde Voldemort retornou.

A reação foi imediata e previsível. A amiga de Cho guinchou e derramou cerveja amanteigada na roupa, Terêncio Boot teve uma contração involuntária, Padma Patil se arrepiou, e Neville deu um ganido estranho, que ele conseguiu transformar em uma tossida. Todos, porém, olharam fixamente para Harry.

— Bom... pelo menos este é o plano. — disse Hermione. — Se vocês quiserem se juntar a nós, precisamos resolver como vamos...

— E cadê a prova de que Você-Sabe-Quem retornou? — perguntou o jogador louro da Lufa-Lufa, num tom bem agressivo.

— Bom, Dumbledore acredita que sim... — começou Hermione.

— Você quer dizer que Dumbledore acredita nele. — interrompeu o garoto louro, indicando Harry com a cabeça.

— Quem é você? — perguntou Rony, sem muita polidez.

— Zacarias Smith, e acho que tenho o direito de saber exatamente o que faz você afirmar que Você-Sabe-Quem retornou.

Helena e Harry se entreolharam.

— O que me faz afirmar que Você-Sabe-Quem retornou? — ele repetiu a pergunta, encarando
Zacarias nos olhos. — Eu o vi. Mas Dumbledore contou a toda a escola o que aconteceu no ano passado, e, se você não acreditou nele, também não vai acreditar em mim, e não vou perder a tarde tentando convencer ninguém.

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora