Miles
Estava jogado sobre a cama, brincando com uma das minhas aranhas de estimação, ja que a mesma havia escapado do terrario.
—você é muito atrevidinha mesmo, não é zalia?
Sim, o nome da minha aranha era o nome da garota por quem eu sou obcecado desde meus 8 anos de idade, quando eu a observava brincar no quintal de sua casa, eu estava sempre bem atento a todos os seus movimentos desde sempre.
E agora que fui expulso do internato, tive uma ótima desculpa para estudar na mesma escola que ela é, queria observa-la mais de perto, e poder cuidar dela, mesmo que ela não perceba.
Mas eu quero fazer isso apenas de longe, eu não quero que ela se aproxime de mim, eu com certeza a afundaria para o meu mundinho de merda, e eu com certeza não queria isso para ela, não mesmo.
Mas no fundo, eu so queria sentir algo.
Algo verdadeiro, algo bom, alem do amor que eu sentia pela minha irmã, o unico amor puro que ja senti por alguém foi por ela, nem mesmo pelos meus pais eu sentia isso.
Mas eu sabia que eu não podia, sabia que se eu trouxesse ela para perto, eu iria afunda-la e eu com certeza não quero isso, eu não quero que ela sofra por minha culpa.
Posso ser um merda, mas eu moveria montanhas pela minha obsessão.
Coisas sinistras acontecem na minha vida e eu nunca compreendi o porque.
Me aproximei da janela e vi que quint estava ali, me encarando do jardim, arqueei uma sombrancelha e o mesmo desviou o olhar, voltando ao seu trabalho.
—esquisito do caralho. —murmurei.
Abri a porta do quarto e desci as escadas rapidamente, dando de cara com flora brincando na sala com alguma de suas bonecas esquisitas.
—onde você vai? —a mesma perguntou com sua voz fininha de sempre.
—lugar nenhum. Apenas vou dar uma volta no jardim. —respondi e a garotinha deu de ombros, voltando a brincar.
Caminhei até um banco que tinha ali, que me dava a vista perfeita da casa de zalia, e eu amava observar o movimento la dentro.
Tirei um cigarro do bolso e o coloquei na boca, o acedendo logo em seguida e fumando enquanto encarava a casa dela, via ela andando para la e para ca, sempre ajudando sua mãe a fazer algo.
Olhei para o lado e vi quint, concentrado na casa da garota, oque me deixou com um pé atrás.
—oque você tanto olha? —perguntei desconfiado.
O barbudo me encarou rapidamente e coçou a garganta, como se estivesse escondendo algo.
—nada. Não posso mais olhar para casa da minha namorada? —ele sorriu de canto e eu franzi o cenho.
—que namorada? —perguntei desconfiada.
—marianne blossom.
—esta namorando com a mãe da zalia?
—estou. Inclusive, ja visitei a casa delas, muito simpáticas.
—hm. —voltei meu olhar para a casa da mesma, jogando meu cigarro no chão e pisando no mesmo.
—e oque você tanto olha? —o mais velho questionou.
—não estou olhando para a casa. —respondi seco.
—qual é, não precisa me tratar com tanta indiferença assim, miles. —ele sorriu ladino e eu o encarei novamente com o cenho franzido tentando entender onde ele queria chegar.
—qual é a sua? —perguntei serio.
Quint estava trabalhando na minha casa a menos de 5 meses, e sinceramente, nunca tivemos uma conversa amigável, ele era mais esquisito que eu e tinha uma cara de quem não prestava.
—so quero que sejamos amigos, miles. —ele respondeu, parando seu serviço e mexendo em algo no seu bolso e eu o observava atentamente. —e para provar minha lealdade, aqui esta. —ele inclinou seu braço em minha direção e tinha um saquinho transparente com um comprimido branco na palma de sua mãe, o encarei novamente tentando entender se era isso mesmo que ele queria fazer.
—esta querendo que eu me drogue? —perguntei serio e ele sorriu sacana, de orelha a orelha.
—eu sei que isso você ja faz, miles. Não se faça se santo, eu te conheço muito bem.
Travei o maxilar enquanto encarava o saquinho em sua mão e o peguei rapidamente, notando a expressão do mesmo ficar mais feliz, oque era bem esquisito.
—não vai me agradecer? —ele perguntou e eu apenas ri anasalado.
—acha que vou te agradecer por algo que eu ja tenho, quint?
—não, claro que não...mas acho que você pode me agradecer pela minha amizade, pode ter certeza que eu sou muito melhor que os filhos da puta da sua escola.
—não é assim que funciona comigo, eu não confio em você.
—e mesmo assim aceitou o meu 'presentinho. —ele disse sarcástico e eu revirei os olhos. —me encontre amanhã no celeiro, iremos andar de cavalo.
Coloquei o saquinho no meu bolso e caminhei pelo jardim até chegar em casa.
Isso foi estranho 'pra caralho, e eu não estava entendendo onde quint queria chegar, mas eu iria mesmo assim andar de cavalo com ele amanhã.
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Ontem eu nao escrevi, entao hj tera mais de um capítulo heheheh
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feelings | miles fairchild
Fanfictiononde miles apenas queria sentir algo, e era obsessivamente apaixonado pela sua vizinha, mas não queria que ela soubesse. onde zalia blossom se apaixona pelo cacheado da mansão e deixa isso bem claro -vá embora da minha vida. -porque esta fazendo iss...