Miles
Vesti uma calça jeans e uma camiseta de manga longa, não queria mostrar meus braços fudidos, a mãe dela ja me odiava o bastante e não queria dar mais motivos para isso.
Passei o meu perfume de sempre e calcei meu tênis, descendo as escadas de casa e dando de cara com flora sentada no chão e brincando, como sempre.
Estava estranhando que ela estava meio quieta ultimamente, mas achei que era apenas uma fase.
—flora. —a chamei e a garotinha levantou sua cabeça para mim, seus olhos estavam marejados e ela parecia assustada. —porque você esta assim. —me agachei ao seu lado.
—não é nada...—ela murmurou e abaixou sua cabeça para baixo novamente.
—flora. —levantei sua cabeça novamente. —se tem algo de errado acontecendo, me conte.
—EU JA DISSE QUE NÃO É NADA, MILES! —ela gritou comigo e se levantou rapidamente, subindo as escadas, arregalei os olhos com sua atitude e fiquei ali parado sem esboçar nenhuma outra reação.
Flora nunca havia gritado comigo desta forma, eu estava completamente sem reação nenhuma, ao não ser arregalar os olhos. Respirei fundo e sai de casa, depois eu iria resolver esse problema com flora.
Cheguei na casa do outro lado da rua e bati na porta, esperando a mesma ser atendida, mas não tive resposta.
—zalia? —chamei esperando obter uma resposta, mas não ouvi nada. —zalia!? —girei a maçaneta vagarosamente e abri a porta, fazendo a madeira ranger, coloquei minha cabeça pela parte que estava aberta e olhei ao redor, parecia tudo certo.
—zalia? —entrei na casa e não obtive resposta.
Entrei mais a fundo da casa e pude ver várias portas que presumir ser os quartos, abri uma das portas vagarosamente e olhando dentro do mesmo, parecia tudo normal também.
Que porra estava acontecendo?
—acho melhor eu voltar outra hora. —dei de ombros e caminhei em direção a porta.
—MILES!
escutei sua voz e corri rapidamente em direção ao grito.
—ZALIA!?
—AQUI! ME AJUDA!
segui o seu grito e tentei abrir a porta, mas estava trancada, tentei abrir novamente mas não obtive resultado.
—SE AFASTA! —gritei.
Corri uma certa distância da mesma e corri com tudo para frente, dando impulso e abrindo a porta com tudo.
Zalia estava parada ali com uma expressão apavorada no rosto, ela estava apenas de calcinha, seus braços cobriam seus peitos e eu a encarei tentando entender oque era aquilo. A janela estava aberta dando visão da rua inteira.
—zalia...—me aproximei da mesma. —merda. —tirei meu casaco, entregando para a ruiva e ficando apenas de regata.
—ele fugiu...—ela disse com a voz chorosa. —c-com...a mamãe. —ela desabou e correu em minha direção, me abraçando fortemente enquanto eu tentava raciocinar tudo oque havia acabado de acontecer.
—quem fugiu? —falei envolvendo meus braços em sua cintura, com a ideia de conforta-la.
Ela começou a chorar mais ainda, senti meu ombro molhar com suas lágrimas e eu afaguei seus cabelos enquanto tentava me controlar.
—o q-quint..—ela disse com a voz fraca e eu senti a raiva intensa me consumir. —e-ele...ele ia.. ele estava com a mão na minha boca, por isso quando você chamou eu não respondi, mas depois eu consegui dar um jeito de gritar e ele fugiu com a mamãe...
DESGRAÇADO!
MALDITO!
FILHO DA PUTA!
Me soltei de seu abraço e abaixei a cabeça, tentando controlar a minha respiração que estava totalmente desregulada, cravei as minhas unhas na palma das minhas mãos, as apertando com força ignorando completamente a dor.
Senti o sangue escorrer pelo meus pulsos enquanto eu tremia por completo naquela situação. Ele iria toca-la, ele iria abusar dela, e eu juro que NINGUÉM nunca ira encostar um dedo nela e sair impune.
—miles, para! —ela caminhou lentamente até mim e pegou em meus pulsos, tentando separar minha unha da minha pele. —PARA COM ISSO! PORFAVOR! —ela chorava e me puxava com toda a sua força. —PARA DE SE MACHUCAR, SEU IMBECIL DO CARALHO! —ela finalmente separou minhas mãos e as levou até seu rosto, sujando o mesmo com meu sangue. —não faz mais isso....
Eu não estava raciocinado, estava puto demais para pensar racionalmente.
—PORRA! —gritei, fazendo a mesma se assustar, caminhei até a parede e comecei a soca-la repetidas vezes enquanto zalia tentava me puxar e gritava para mim parar. —EU NÃO CONSEGUI PROTEGER VOCÊ! ELE TE MACHUCOU!
—PARA CARALHO! —ela dizia chorando mais ainda. —PARA! PARA! PARA!
parei e meus punhos ardiam, olhei para zalia que me encarava ainda assustada, passei as mãos na blusa limpando as mesmas e me aproximei de zalia, que estava completamente apavorada. Abracei a mesma enterrando minha cabeça em seu cabelo, e ali ela desabou.
[...]
—ok senhorita. Iremos fazer o possível para encontrar sua mãe.
—porfavor, a tragam de volta logo.
—iremos, eu prometo. —o policial colocou sua mão no ombro da garota, que ainda estava assustada com a situação. —você tem algum parente por perto?
—na verdade...—ela ia dizer alguma coisa, mas eu a cortei rapidamente.
—ela tem. —respondi e o policial me encarou meio desconfiado. —ela esta a caminho, mas so ira chegar amanhã, então ela pode passar a noite na minha casa.
—E você, quem seria?
—o namorado dela. —respondi.
—tudo bem...leva ela para dentro e a acalme.
Coloquei minhas mãos em volta da cintura da garota e fomos em direção a mansão.
Ela ainda tremia e parecia muito preocupada, eu so queria entender exatamente oque aconteceu.
Entramos na casa e ela se sentou no sofá, observando flora brincar com uma de suas bonecas.
Flora ainda estava meio quieta e eu estava desconfiando muito do que estaria errado, mas eu preferi não dizer nada.
Eu so queria matar quint, queria matar ele queimado.
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NÃO ME MATEM! O próximo capitulo será do que aconteceu na visão da zalia, espero que estejam gostando.❤️🩹
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feelings | miles fairchild
Fanfictiononde miles apenas queria sentir algo, e era obsessivamente apaixonado pela sua vizinha, mas não queria que ela soubesse. onde zalia blossom se apaixona pelo cacheado da mansão e deixa isso bem claro -vá embora da minha vida. -porque esta fazendo iss...