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Zalia

Miles usava uma regata preta, com uma calça moletom, oque me fez reparar bem esses braços definidos, senti meu estômago se revirar e voltei meus olhar para flora que fazia caretas para o irmão.

Os olhos de miles se encontraram com os meus, mas eu não disse nada, apenas o encarei sentindo minhas bochechas queimarem e meu coração começar a acelerar, mas que porra era essa?

—o nome da minha aranha é burnot, era isso que a flora iria falar. —foi a unica coisa que ele disse antes de sair da sala.

—burnot? Que nome diferente.

—é...mas não era esse nome que eu me lembrava, mas tudo bem ! —ela sorriu e voltou a brincar.

Me levantei do sofá e sai para fora da casa, minha cabeça estava totalmente a procura de miles.

Esse garoto havia mexido tanto com a minha cabeça, que eu estava totalmente alerta a ele o dia inteiro, e sempre que eu o via, um sentimento intenso me invadia, eu queria beija-l.

Olhei para o lado e eu o vi sentado em um banco em baixo de uma árvore enquanto fumava um baseado. Me aproximei lentamente do mesmo, por eu estar totalmente envergonhada, porque era assim que eu me sentia perto dele, envergonhada.

Não disse nada, apenas me sentei do seu lado e o cacheado fingiu nem ter notado a minha presença.

—oi..—murmurei, esperando por alguma resposta.

—oi. —ele respondeu seco.

Eu sentia que ele não me queria por perto, mas de qualquer maneira, ele não me evitava, so me ignorava e fingia que eu não existia.

—que graça você vê nisso? —falei me referindo a maconha.

—e que graça você vê em ser intrometida? —ele disse virando seu rosto para mim enquanto eu sentia a mesma sensação de antes.

—porque você tem que ser tão estranho? Um dia você me trata bem, e no outro bem trata mal.

—eu trato assim pessoas insignificantes. —deu de ombros e eu o encarei incrédula.

—e você não cansa de ser babaca? —arqueei a sombrancelha.

você gosta, não é? —ele disse com a voz totalmente rouca, oque me fez arrepiar por completo e começar a desejar que ele apenas  grudasse nossos labios ali mesmo.

Revirei os olhos e comecei a concentrar meu olhar no jardim que tinha ali, e quão bem cuidado ele era.

—quint trabalha aqui? —perguntei.

—trabalha.

—hm...—murmurei, lembrando de hoje mais cedo.

—porque fez essa cara?

—nada demais...ele é so...estranho...

—estranho como? —sua voz soava preocupada.

—nada demais. —respondi por último.

—porque você faz isso consigo mesma, blossom? —ele perguntou e eu o encarei curiosa.

—do que você 'ta falando?

—porque se machuca?

Senti uma agonia me invadir quando ele me disse isso e engoli seco. Porque sim, eu me cortava. Comecei com isso a alguns meses, quando o meu pai, o homem que eu mais amava no mundo faleceu. Ele e minha mãe ja estavam separados a anos, e ele veio a falecer a cinco meses e confesso, foi muito difícil e é até hoje.

Eu não costumo desabafar sobre os meus problemas, e nem pensar sobre eles, nem mesmo minha mãe sabia que eu estava fazendo isso.

Eu sempre usava roupas compridas quando ela estava em casa, e ela nunca nem desconfiou.

—do que esta falando?

—sobre você usar casacos e calças em um calor do caralho.

—mas você também usa...

—exatamente.

Quando ele disse isso, eu olhei seus braços que estavam descobertos pela primeira vez depois que nos conhecemos, e era todo marcado.

—porque você faz isso? —perguntei chocada.

—me diz você, blossom. —sua voz saiu irônica e eu senti meu corpo endurecer.

—eu....—engoli seco. —é uma forma de aliviar minha dor, apenas isso.

—você não precisa disso.

Virei meu rosto para o mesmo e ele havia jogado o baseado fora, os seus cachos voavam sobre seu rosto, oque o deixava mais atraente ainda.

—preciso sim, não tem outra forma.

Miles suspirou fundo e me encarou novamente.

—eu não posso deixar você se aproximar, blossom. —ele murmurou.

Olhei para ele tentando entender onde ele queria chegar e se ele realmente estava me dizendo isso, arqueei uma sombrancelha e o encarei profundamente.

—do que você esta falando? —perguntei seria.

—eu não quero te afundar mais ainda e eu sei bem oque você esta tentando fazer.

—miles...? Do que você esta falando?

—não se aproxime de mim. —ele se levantou e caminhou para longe do banco e eu fiquei o encarando.

Mas algo me puxava para perto dele, algo dizia que eu precisava dele, corri até miles rapidamente e puxei o seu braço, colocando nossos corpos e fazendo o cacheado me encarar chocado.

Rapidamente puxei seu rosto contra o meu, nossos lábios se encontraram e o mesmo cedeu, miles desceu sua mão até a minha cintura e eu apoiei minha mão em sua nuca, o puxando cada vez mais para perto de mim, o garoto pediu passagem com a língua e eu cedi, fazendo o mesmo apertar minha cintura mais ainda a medida que o beijo acelerava.

Deixei leves arranhões sobre sua nuca e o mesmo deixou leve mordidas nos meus lábios.

Nos separamos por falta de ar e com nossos corpos ainda colocados ficamos nos encarando por alguns segundos, tentando processar aquilo tudo.

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E SAIU A NOTICIA! so pra avisar, eu sou pessima em descrever beijos KKKKKK

feelings | miles fairchildOnde histórias criam vida. Descubra agora