feelings | miles fairchild

vinte e três

Zalia

Acordei, e a primeira coisa que fiz foi olhar para o lado para ver se miles estava do meu lado, e não estava. Me sentei na cama e comecei a encarar o nada enquanto tentava reorganizar meus pensamentos que estavam completamente embaralhados.

Rapidamente peguei o meu celular que estava na escrivaninha do lado da cama e o liguei, checando se tinha alguma notícia da polícia e pelo visto, não tinha nada.

Me joguei na cama novamente, sentindo uma agonia intensa me invadir. Eu so queria minha mãe de volta, viva, bem.... esfreguei meus olhos que estavam lacrimejando novamente com as palmas da minha mão e me sentei novamente da cama, sentindo as lágrimas descerem com força, por mais que eu tentasse as secar, elas não paravam.

Ouvi a porta ser aberta e rapidamente me virei de costas, secando as lágrimas. Não queria que miles ficasse preocupado ao me ver chorando.

—oi. —ele disse se aproximando e deixando um beijo em minha bochecha. —não quis te acordar.

—não tem problema. —me sentei de costas para o mesmo. —eu preciso ir na minha casa.

—eu vou com você.

—tudo bem. —assenti e saimos da mansão, miles passou um dos braços pela minha cintura, e aquilo me confortou de certa forma.

Entrei na mesma e a primeira coisa que procurei foi por rox. Com certeza ela estava com fome, ontem a noite eu não coloquei comida para ela.

—rox, rox! Cade você? Psiu psiu psiu.

Rapidamente a gatinha apareceu em minha frente e começou a se roçar em minha perna, mostrando estar feliz em me ver. Peguei-a no colo e a mesma esfregou o rostinho em meu pescoço.

—eu posso levar ela comigo 'pra sua casa? —perguntei encarando miles e o mesmo assentiu.

Dei um sorriso sem mostrar os dentes e a coloquei no chão, caminhando até o armário e abrindo o mesmo, pegando ração e caminhando até o pote de rox, colocando o alimento no mesmo, depois fiz o mesmo com a água e ela começou a comer.

—você espera eu pegar as minhas coisas? Eu preciso pelo menos escovar meus dentes.

—espero. —miles respondeu e sentou na cadeira da cozinha.

Caminhei até o meu quarto e peguei uma mala que estava em cima da minha cama, a deixando aberta. Peguei várias peças de roupas, as colocando ali, afinal, eu não sabia quanto tempo eu demoraria la na casa de miles, apesar do policial dizer que iria verificar se eu estava com a minha tia, eu tenho certeza que não vai.

Peguei uma troca de roupas e me troquei rapidamente. Um shorts cinza com uma camiseta preta. Soltei meu cabelo e peguei a escola que estava do lado do meu espelho, a pssando em cima do meu cabelo, o amarrando em um coque. Segui meu caminho até o banheiro. Fiz minhas necessidades, escovei os dentes, lavei o rosto , passei hidratante e desodorante.

Peguei os restantes das coisas para colocar na mala, e as guardei, indo de encontro com miles que estava na cozinha. Ele estava sentando com rox no colo e aquilo me fez sorrir.

—gosta de gatos? —perguntei, puxando uma cadeira e sentando em sua frente.

—sei la. Gatos são entediantes..mas eu gostei  da sua. —ele disse a colocando no chão.

Olhei para os panelas que estavam no fogão e lembrei do jantar que minha mãe estava preparando no dia anterior, oque fez meus olhos se encherem de lágrimas novamente.

—'pra falar a verdade...—respirei fundo. —eu nunca gostei de quint, desde o primeiro segundo que o vi. E depois começaram os olhares com malícia, a perseguição daquele dia...as ameaças.

—que perseguição? —ele arqueoou uma sombrancelha e me encarou.

—o dia que invadiram minha casa. Era ele, mas eu so fui descobrir um tempo depois.

—zalia, porque não me contou? —ele perguntou e sua voz saia séria.

—ele me ameaçou, miles. Eu fiquei com medo.

—mas de qualquer forma, você deveria ter contado.

—eu sei...—as lágrimas escorrerem. —mas eu sou medrosa, eu fiquei com medo de perder vocês.

O garoto respirou fundo e caminhou até mim, se agachando em minha frente e levantando minha cabeça, me fazendo o olhar. Miles começou a beijar os lugares exatos onde as lágrimas caiam, meu corpo inteiro se arrepiou e eu o encarei meio surpresa e comecei a chorar mais ainda.

—Desculpa por ter tocado nesse assunto.. —ele me deu um selar e eu apenas assenti.

Miles se sentou no chão me encarando e eu caminhei até ele, me sentando no meio de suas pernas e encostando minha cabeça em seu peito.

—acha que vão encontrar ela com vida?

—claro...

—mas qual o objetivo de quint com isso? Porque ele quer tanto me machucar?

—se eu te dissesse que eu mataria quint se ele aparecesse na minha frente, você ficaria com medo de mim?

Ele perguntou e eu engoli seco. Fiquei alguns segundos em silêncio e logo respondi.

—não. Eu te ajudaria. —me aconcheguei mais ainda em seu aperto.

—vão encontrar sua mãe...bem...viva...e ai, nos teremos nosso jantar. —ele beijou o topo da minha cabeça.

—não sei oque faria sem você. —murmurei.

—digo o mesmo, ruivinha.

Dei um sorriso sincero de canto com sua última palavra, eu amava quando ele me chamava assim.

—gosto quando me chama assim.

—que bom, porque eu irei te chamar assim sempre.

—miles...

—hm? —ele entrelaçou um dos seus braços em minha cintura.

—eu...eu...—engoli seco.

—você?

—amo você. —soltei a frase e o clima ficou estranho, miles pareceu congelar por alguns segundos, sem dizer nada.

Logo ele me abraçou com seus dois braços, me puxando para colar mais ainda nossos corpos, enterrando sua cabeça na curvatura do meu pescoço.

—eu também amo você...'pra caralho.

Me virei para miles rapidamente, me sentando em seu colo e o olhando com um sorriso singelo no rosto.

Puxei seu rosto para o meu, fazendo nossos lábios se grudarem e um beijo totalmente selvagem e apaixonado começar.

Miles sugava meus lábios com força, e eu agarrei seu pescoço aprofundando mais ainda o beijo, o garoto pediu passagem com a língua e eu cedi, fazendo nossas línguas se encontrarem algumas vezes, o mesmo parou de me beijar e desceu os beijos até o meu pescoço, me fazendo arfar com os arrepios que eu sentia com seus lábios em meu pescoço, me fazendo sentir pontadas em meu estômago.

O mesmo desceu sua mão até minha coxa, a apertando vagarosamente enquanto eu me arrepiava por completo, logo a mão do mesmo foi subindo, ate chegar em minha virilha e eu congelei, o afastando na hora.

Abaixei a cabeça com os olhos arregalados e senti miles me encarar.

Eu senti uma mistura de medo, arrependimento e receio. Levantei meu olhar para miles e o mesmo parecia meio arrependido.

—porra...que merda. —ele respirou fundo. —foi mal, ruiva. Essa com certeza não é a hora.

Eu não sabia explicar o porque parei. Mas fiquei com medo de ser tocada, foi um sentimento completamente horrível que me invadiu.

—desculpa...—murmurei.

—tudo bem...—o garoto levantou e ofereceu sua mão para que eu a pegasse, e assim eu fiz. —vamos pegar suas coisas e ir 'pra casa.

Apenas assenti e o mesmo entrelaçou um dos braços em minha cintura, me deixando mais tranquila.

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