Storm In The Underworld. - Luke Castellan.

Capítulo.8

Katherine Rosye

Abro os olhos com dor depois de bater a cabeça na janela do ônibus.

— Ai. – Murmuro, passando a mão no local que dói.

— Nossa, que barulho foi esse? – Luke pergunta desorientado, pois acabara de acordar.

— Foi o barulho da cabeça da Katherine batendo na janela. – Percy diz gargalhando. Grover ao lado dele segura a risada, mas não aguenta ao ver minha expressão antipática.

— Sério? Machucou? – Luke pergunta, comprimindo os lábios para não começar a rir.

— Não, não machucou. – Respondo, levantando-me e indo para o banheiro do ônibus, que fica logo atrás de onde eu estava sentada.

Entro no banheiro e tranco a porta.

Olho meu reflexo no espelho e afasto a franja do lugar onde bati, mais especificamente do lado direito da minha testa.

Está um pouco vermelho, com certeza vai ficar roxo mais tarde. Enquanto examino o pequeno machucado, ouço vozes abafadas e risadas do lado de fora do banheiro. Parece que esse acontecimento vai se tornar a piada da viagem.

— Katherine, você está bem? – Annabeth pergunta, batendo levemente na porta.

— Estou, só está um pouco vermelho. Nada demais. – Respondo, tentando minimizar a situação.

Ao abrir a porta, me deparo com Annabeth.

— O ônibus parou. Vou pegar alguma coisa pra gente comer, quer algo em específico? – A garota pergunta.

— Pode pegar qualquer coisa, obrigada. – Agradeço indo para o meu assento e me sento.

— Eu vou com você. – Percy tenta se levantar, mas Annabeth o empurra, fazendo com que ele se sente novamente.

— Não vai não. – Ela diz.

— Por que não? Depois que aquele cara saiu do banheiro, o cheiro aqui ficouinsuportável. – Ele retruca.

— É, mas esse cheiro consegue anular o nosso. Os monstros nos acham pelo cheiro. – Luke explica.

— Quem vota em sairmos e tomar um ar? – Percy pergunta e é o único a levantar a mão.

— Não tem votação! – Annabeth fala.

— Eu quero votar se você pode decidir pela gente se podemos votar. – Percy persiste.

— Grover, tenta ajudar. – Ela pede. Grover parece pensar um pouco, mas logo começa a falar.

— Ai caramba, a estrada está esburacada, porque eu arranjei uns amigos que não querem se dar bem. Quando a equipe está irritada, o truque para passar por isso é cantar essa música... – Grover cantava batendo palmas, mas Percy o corta.

— Cara, o que é isso? – Percy diz o que todos estavam pensando.

— É a música do consenso. – Grover responde.

Todos se entreolham desacreditados com a forma do Grover de amenizar a discussão, que de certa forma amenizou.

— Refrigerante e batatinhas? – Annabeth pergunta, quebrando o silêncio.