Storm In The Underworld. - Luke Castellan.

Capítulo.20

Katherine Rosye

Ontem, depois que eu e Percy saímos do mar, contamos tudo o que aconteceu para os três, principalmente sobre o prazo de Zeus já tinha passado.

Relembrando, na carta que Hermes havia deixado para a gente, estava escrito que a localização da passagem do mundo inferior estava no porta-luvas, e realmente estava.

Lá marcava esse lugar em que estamos agora. "Palácio Aquático do Crusty" Era o nome do estabelecimento.

— Entenderam? – Annabeth pergunta, me tirando dos pensamentos.

— Desculpa, eu não ouvi. – Me desculpo, agora focando nela.

— Você e o Percy vão entrar e enrolar o Procusto, e eu vou estar perto de vocês com o meu boné. Quando ele estiver distraído o suficiente, vou empurrá-lo em uma das camas. — Explica. — Por favor, de forma alguma cheguem perto delas, elas prenderão vocês. — Ela pede. — E quando vocês entrarem, parem por um tempo na porta para que eu consiga entrar. – Annabeth diz, e concordamos com a cabeça.

Luke e Grover saem de frente da porta, para que Procusto não os visse, e eu a abro.

Como Annabeth havia pedido, demos uma pausa. Depois que que senti um vento passando ao meu lado, soltei a maçaneta e a porta se fechou.

Era uma loja de colchões, com todos os estilos e cores.

No meio da loja, havia um corredor extenso com um tapete verde no qual andamos.

Além das camas, era possível ver também alguns móveis.

Ouvimos o ranger de uma porta e paramos de andar. A porta é aberta revelando um homem.

Era um senhor calvo de cabelos grisalhos e vestes verdes.

— Bem vindos, viajantes! Podem se sentir em casa, essas camas vão mudar a sua... vida. – Ele diz e dá uma pausa ao nos ver. — Ora, ora, ora... muito prazer.

Não sou muito de julgar a aparência das pessoas, mas esse cara era muito estranho.

— Estão com saudades das suas mães? Né? Pena que só uma tem a possibilidade de sair de lá. – O homem fala, dirigindo-se a mim.

— Olha como ele sabe das coisas. – Finjo surpresa. — Se queria me atacar, não precisava ser tão baixo.

Ele fica em silêncio, e me olha de cima a baixo com um olhar de julgamento.

— Sabemos quem você é. – Percy inicia. — Você é Procusto, filho de Poseidon e assassino de viajantes.

— Crusty, por favor. – Procusto corrige. — Você tem os olhos do papai. – Ele fala, olhando para Percy. — E você, a garra dele. – Agora ele olhava para mim. — Me desculpe se te ofendi de alguma forma, quero que se sintam em casa.

— Você quer enganar quem? – Pergunto com cara de poucos amigos.

— Acha que somos burros? As camas são armadilhas, e assim que você mata suas presas. – Percy diz.

— É mesmo? – Procusto se faz de desentendido.

— Sabemos que aqui tem a passagem do mundo inferior, e também sabemos que te deixaram aqui para protegê-la. – Percy chega ao ponto. — Precisamos que nos deixe passar.