Storm In The Underworld. - Luke Castellan.

Capítulo.13

Katherine Rosye

Já era manhã, e o sol nascia, deixando o céu com tons de roxo e vermelho que pintavam a paisagem.

Estávamos no vagão comum de passageiros.

— Dois dias até chegarmos em Los Angeles, ainda temos muito tempo para chegar no mundo inferior. – Grover fala, fazendo com que eu desvie meu olhar do céu e olhe para ele.

— Eu posso fazer uma pergunta estúpida? – Percy fala.

— E quando é que você não faz? – Annabeth zoa com a cara dele.

— Pode fazer a pergunta. – Grover fala, ignorando o comentário de Annabeth.

— Eu nunca pisei em Los Angeles, e deduzo que vocês também não. – Ele diz, e a gente concorda com a cabeça. — Então, como vamos saber para onde vamos?

— Não sei. – Grover fala, e eu olho para ele desacreditada. — Mas esse é o passo trinta e sete, ainda estamos no quatro. A gente resolve isso quando chegar lá.

Decido voltar meu olhar para o céu, mas ao olhar para a janela encontro outra coisa.

— Olhem aquilo. – Falo atraindo a atenção de todos, e eles olham para onde eu estava olhando. — Eles são...

— Centauros. – Luke fala os observando.

Três centauros galopavam no campo do lado de fora do trem.

— E ninguém sabe que eles estão ali. – Percy fala olhando para os lados.

— Antes, havia manadas deles em todo lado. – Grover comenta.

— E o que aconteceu com eles? – Eu pergunto.

— Humanos. – Grover fala com um olhar triste. — Alguns milhares de anos atrás, o Deus dos bosques, Pã, desapareceu. Desde então, sem o Pã para proteger a natureza, os humanos têm feito de tudo para acabar com ela.

— Os sátiros mais corajosos se ofereceram para ser buscadores e encontrarem o Pã, mas nunca voltaram. – Luke fala.

— Seu tio Ferdinando, aquele que estava no porão da medusa, ele era um buscador? – Percy pergunta e Grover só balança a cabeça para concordar.

Desvio meu olhar dos dois e vejo um policial se aproximando da gente.

— Com licença. Preciso ver as passagens de vocês, por favor. – O policial pede.

Annabeth abre sua bolsinha e tira de dentro dela os bilhetes e os entrega para o policial.

— Estão na cabine vinte e nove A? – O policial pergunta olhando para o bilhete.

— Sim, por quê? – Luke questiona.

— Por favor, me sigam. – O mais velho fala fazendo o caminho para a nossa cabine, e fomos atrás deles.

Passamos por alguns vagões até chegar no nosso. Quando estávamos perto da cabine, sentimos um vento forte vindo dela.

Assim que paramos na frente da porta, nos deparamos com a cabine toda destruída.

Com lençóis e colchões rasgados, e várias marcas de garras pelas paredes.

— Podem explicar isso? – O policial pergunta.

— Espera, acha que fizemos isso? – Pergunto para ele.

— Fizeram? – Ele questiona.

— Como e por que iríamos fazer isso? – Luke pergunta perplexo.