DONA DA (SUA) BOCA|SÁFICO

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Paiva 📌

Hoje acordamos bem cedo, digo todo mundo mesmo, menos a querida da Agnes. É... ontem foi a última a dormir e vai ser a última a acordar parece. São 07:34h e nós estamos na mesa tomando o café da manhã e eu tô boladona, não era nem sete horas direito e colocaram eu pra ir na padaria. Eu não tinha nem acordado direito, tava deitada de boa na minha e elas vai lá e me enchem o saco pra ir comprar as coisas que faltavam pro café. Eu me levantei putona e xingando todo mundo nessa porra.

Mais já passou!

A Agnes que foi acordada pela mãe dela (por que a bichinha ali dorme) só pra trocar a fralda, que nem mamar ela quis e voltou a dormir.

Assim que nós saimos de casa, nós fomos direto na Marcela pra organizar todas as coisas da Valen pra levar pro hospital. Chegamos lá e começamos o trabalho e o que mais impressiona é que na hora que a Marcela tava correndo pra organizar as coisas com medo da Agnes acordar e atrapalhar ela, a bonita acordou no choro, a criança não parou de chorar enquanto ela não foi nos braços da mãe dela. Por que ela estava com fome e calor.

Por que também aqui no Rio de Janeiro o calor não tá normal não, tá um inferno mesmo nesse caralho! não é nem nove horas da manhã e tá um calor assim.

A Marcela deu um banho nela e pôs ela pra mamar. E enquanto nós estávamos arrumando a casa dela, EU que lavava a louça do jantar de ontem que deu errado, e as meninas tavam terminando de arrumar as poucas bolsas que nós iríamos levar para o hospital. A casa não tava suja não, só a louça mesmo que precisava lavar, por que de resto não tinha nada.

Depois nós fomos descansar largados no sofá, enquanto a Marcela foi tomar banho. A Agnes tá aqui e tá todo mundo babando ela. — Já tô até com ciúmes, só quem pode babar ela assim é eu!

Luna: Oxe. O que é porra, que tu tá com essa cara de cu aí, eim?

Paiva: Nada! tô normal, tu que tá aí mó doidona.

GA: Ixi, por que se esse aí for teu normal, imagina tu com ciúmes de uma mine querida.

Paiva: Eita caralho, da onde tu tirou essa porra aí?

GA: Para Lara. Para, que nós tamo' percebendo, ô, otariana. - Otário!

Paiva: Tá. Mais e se for?

GA: Eu disse. - Todo mundo riu.

Iara: Mulher, precisa ficar com ciúmes da nossa Agnes não. - Ela deu ênfase em "nossa" e eu já não gostei.

Paiva: Hum. Mais aí, vocês tão me aviadando de um jeito que eu não estou gostando.

Sofia: Ué porra, agora sentir afeto e demonstrar esse afeto (físico) por uma pessoa e ainda mais por um bebê é "aviadagem"? - Iiih, eita como ela tá militante hoje.

Paiva: Aí desculpa, militante. Agora descansa e relaxa. - Ela me mandou o dedo.

Luna: Mais tu é mó chatinha, né não porra?  Deixa a menina caralho.

Paiva: Cala a boca tu também viu, otária.

Luna: Eita como ela manda em mim nesse caralho.

Braga: Parou aí, nessa buceta, suas chatas. - Nós olhamos pra ela em deboche que ela devolveu o deboche. Mais nós paramos mesmo.

Antes que vocês saibam, nós ( Eu e a Luna) agimos assim, mais é na brincadeira viu porra?!

...

Depois de séculos a Marcela desceu. tava perfeita ( como sempre, Deus!) com uma calça, aquelas largas lá sabe?! e um cropped branco que tinha um pequeno decote mais que destacava um pouco dos peitos dela e um chinelo slide daqueles pretos, confortáveis. Igual o meu por que parece que a Luna viu e tava na promoção e comprou pra todo mundo. DO NADA, mais nós amamos.

As bolsas já estavam até no carro, já estávamos prontos pra ir.

Eu, Marcela e Agnes fomos em um carro, e o resto se dividiram em dois carros. Nós vamos chegar em tropa e o povo vão pensar que já é outra coisa acontecendo por que o povo daqui são tudo traumatizados com qualquer coisinha que acontece aqui no morro. Inclusive nós só estamos de radinho na cintura e uma Glock na cintura também. A favela tá tranquila, apesar que não se pode confiar nisso né. Mais seria mó falta de senso ir visitar a Valen com um fuzil atravessado nas costas. Eu penso assim! Nós só entra armados mesmo no postinho quando é questão de invasão, que temos que vim com emergência por que na hora não dá tempo nem de respirar imagina de tá se desarmando antes de entrar no postinho.

A vida e o tempo não vai esperar nós não, se o menor tiver machucado eu tô fode-se pro resto do mundo. Agora quando eu não posso ajudar eu chamo os meus pra levarem ele pro postinho ou hospital por mim, por é difícil e raro você deixar o morro na mão de outros em momento de invasão, mesmo que seja com os de confiança, é difícil. Então entre deixar o menor ali no chão baleado por que não posso fazer nada e chamar os meu vapores para que ajudem ele, eu prefiro a segunda opção. Obviamente!

A morte daquela puta lá, foi bem significante de ver. Matei sem dó. Ainda mais depois das últimas palavras dela.

"Eu odeio elas, odeio!"

"Não sei o porquê de eu ter colocado elas no mundo em vês de abortar essas desgraçadas"

" Tudo começou a dar errado depois que tive elas, não tinha mais tanto clientes assim, por que diziam que meu corpo não eram o mesmo"

"Minha vontade era de mata-lás, mais não tive coragem, então abandonei uma achando que talvez sumissem alguns do problemas e a outra eu deixei em casa pra ver se era útil em algo, quando crescesse, mais não, só chorava e chorava pedindo pela porra da irmã e eu cada vez só a espancava com tudo que visse pela frente. Não a alimentava direito, e ela tem várias marcas que eu fiz nela."

Disse rindo, mais nessa hora ela já estava com todas as unhas arrancadas no alicate, os dentes também, raspado o cabelo e a cada palavra era um chute diferente.

Quando menos ela esperou e achou que nós tínhamos parado por termos dado um tempo nas agressões, nós demos onze tiros na cabeça dela que estourou o cérebro chega ficou pra fora. Tacamos fogo no corpo e descartamos como se não fosse nada, e estamos satisfeitos pelo trabalho lindo que fizemos ontem.

Pensei, relembrei e pensei denovo sobre como foi bom os momentos em que ela gritava sendo torturada, depois de tudo que ela falou sobre minhas meninas. Ai que momento de satisfação!.

Chegarmos no postinho e como eu disse todos olharam para nós, com olhares curiosos e até mesmo transmitindo medo no olhar.

A Marcela fez a "ficha" que não é tanto uma ficha, já que não temos os documentos que precisaríamos pra fazer uma ficha realmente. Mais ela colocou o nome da Valen e algumas informações que não precisava de documentos lá. Depois a enfermeira levou ela até a sala da médica e nós estamos esperando aqui na recepção chamar nós as visitas da paciente.

Primeiro tem que ir a responsável lá, conversa com a médica. Depois a mãe dela ainda vai ter uma hora de visita, pra organizar as roupas e etc da Valen. E depois que vai chamar nós.

A gente ficamos com a Agnes que tá no colo da Lima agora. por que essa menina já passou nos braços de todos nós aqui. Muito simpática ela. Tô esperando ansiosamente pra ver como a Valen tá, meu Deus. Que passe rápido essa uma hora.

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Oi genteee.

Eu nem sei se vcs tão aí ainda, pelo tempo que eu demorei a postar esse cap né?! 😭

Depois de anos eu voltei, e vou voltar com tudo se der certo. pq eu esses dias tem vezes que é uma correria.

DESCULPAAAAA!

BOM... É isso, interajam nos caps pfvr que isso me motiva bastante e eu adoro ver os comentários de vcs.

Dêem a estrelinha! 🤍💐