Por Emma
O som da campainha me acordou. Meus olhos se fecharam com os fortes raios solares entrando pelas frestas da janela. Tentei me mexer, mas o braço pesado de Jones me impedia.
— Ei! — Balancei o corpo dele. — Jones...
— Humm... — Em resmungo, ele jogou uma perna em cima de mim.
— Tem alguém lá fora.
Novamente a campainha soou.
— Vamos, Jones, acorda.
Ele me abraçou e deu um beijo arrepiante no meu pescoço.
— Vamos ficar mais um minuto aqui, pequena... Só um minutinho.
Mesmo tentada por sua voz rouca próxima ao meu ouvido e a sua crescente ereção na base da minha coluna, me desvencilhei dos seus braços e levantei.
— Não posso, tenho que ir pro hospital ver minha tia.
A campainha tocou freneticamente despertando ele de vez.
— Quem será o pé no saco? — Resmungou.
Ri da sua cara sonolenta e dos cabelos emaranhados.
— Não sei, mas pelo visto deve ser algo importante. — Me apressei em pegar o primeiro vestido que encontrei no guarda-roupas.
Tomei um susto com as mãos grandes de Jones me abraçando por trás. Me esforcei para não suspirar quando sua barba roçou meu pescoço.
— Bom dia, srtª. Davis.
— Bom dia — murmurei fraca.
— Só para você saber, fica especialmente gostosa pela manhã.
Prendi a respiração. Ficou visível que meus pelinhos dos braços estavam arrepiados. Tentei formular alguma coisa, mas fiquei com medo de entregar o quanto ele me afetava. Por Deus, Jones era uma tentação em forma de homem.
— Adoro quando fica vermelhinha de vergonha. — Ele mordiscou minha orelha enquanto passava uma das mãos pela minha barriga, descendo lentamente até parar em cima da minha região íntima.
— O q...que está fa... fazendo?
Merda de gagueira...
— Checando se não foi um sonho a noite passada. — Deu um tapinha na minha virilha, o que me fez tremer.
Minha boca secou com a tensão. Fechei os olhos por um breve momento e o escutei sorrir próximo a minha orelha.
— Não vai me dizer que está molhadinha.
Estava! Quis dizer.
Mais uma vez, o som da campainha ecoou e Jones praguejou. Foi ver quem estava na porta. Era vergonhoso o quão duro meus bicos dos peitos estavam.
Limpei a garganta e me recompus. Jones não estava mais no quarto, o que me permitiu respirar alto e me abanar com as mãos. Terminei de ajustar o vestido no corpo e desci para a sala.
— Gostaria de falar com a srtª Emma Davis. — Um homem grisalho estava parado em frente à minha porta. Segurava uma pasta escura.
— E quem seria o senhor ? — Jones, na defensiva, questionou cruzando os braços.
Me aproximei.
— Sou o advogado da senhora Davis.
— Não. — Neguei alto, e os dois homens me notaram. — Não tenho nenhum advogado.
— Então há algum mal-entendido aqui. — Jones adotou uma postura mais rígida e engrossou a voz.
Comecei a ficar tensa também. Nunca havia visto aquele homem antes.
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A Minha Vez: Emma livro 3 - Completo
RomanceEmma é uma mulher acostumada a lutar desde muito jovem para sobreviver. Aos vinte e cinco anos, ela se depara com mais um desafio: agressões físicas e psicológicas dentro da própria casa. O que a pequena Emma não esperava era que Jones Mil-ler, o se...