Nosso Eterno Amor - Sunki

☆"Esse é o pior dia da minha vida"

Sunoo continuou a andar, tentando não olhar para trás. Não podia desistir, mas não queria ir embora e deixar seu garoto. Caminhava de cabeça baixa, mexendo em seus dedos. Ainda chorava, deixando sua visão embaçada.

Precisava de ajuda. Decidiu ligar para Jungwon. Nada melhor que desabafar com o melhor amigo.
Pegou o celular, logo ligou para o Yang.

- Hyung? - o mais novo atendeu rápido a chamada.

- Oi Wonie... Eu queria falar com você. Posso passar na sua casa?

- Ah, hyung. Não vai dar, não 'tô em casa. 'Tô num restaurante com o Jay e a família dele... Mas você pode falar mesmo assim. É algo sério? O que aconteceu? - perguntou preocupado.

- Não, 'tá tudo bem. Pode curtir com o seu namorado, Jungwon-ah. Não quero atrapalhar - disse cabisbaixo.

- Você não atrapalha, hyung. Mas se você não quiser me contar agora, tudo bem. Um dia, eu passo na sua casa p'ra conversarmos melhor - então, a voz de Jay foi escutada, chamando o Yang. - Tenho que ir, hyung. Beijos, Até - falou, encerrando a ligação.

O Kim suspirou fundo, se mantendo forte e voltando a andar. Este estava sendo oficialmente o dia mais horrível da sua vida.
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Pov's Ni-ki

Eu não acreditei quando ouvi aquelas palavras saindo da boca de Sunoo. Ele não tem culpa de nada, é tudo culpa dos meus pais.

Porém, não adianta fazer alguma coisa, a gente terminou, já aconteceu. Não tem nada para se fazer à respeito disso. Apenas resta aceitar. Mas por que isso estava acontecendo?

Eu senti raiva, raiva de Sunoo. Não queria sentir, ele é o amor da minha vida. Eu o amo tanto... Mas por que ele fez isso?

Continuei andando a caminho de casa, enquanto tentava entender o que tinha acabado de acontecer. Tentava entender os motivos do Kim, porém não conseguia.

Eu estava de cabeça quente, fervendo de raiva, ao mesmo tempo que lágrimas não paravam de escorrer em meu rosto. Vi os olhares preocupados de algumas pessoas na rua ao me encararem.

Era tão horrível chorar em público. Mas eu estava muito abalado para evitar isso.

Cheguei em casa, abrindo a porta e me deparando com Konon brigando com meus pais; Haruto também estava lá, tentando acalmar os nervos da minha irmã.
Eu só queria ter um dia de paz nessa casa.

- EU E O NI-KI SOMOS SEUS FILHOS! NÓS SOMOS OS MAIS NOVOS DESSA CASA! MAS PARECE QUE OS ADOLESCENTES IRRESPONSÁVEIS SÃO VOCÊS! - a morena gritou, apontando o dedo para Yumi e Junho.
Eles não perceberam a minha presença.

Suspirei fundo, sentindo dor de cabeça. Tirei meus tênis, colocando na sapateira do lado da porta, enquanto ouvia a discussão. Quando me virei, os cinco estavam me encarando. Um silêncio se instalou por pouco tempo.

- Já voltou do passeio gayzinho com o seu namoradinho? - meu pai disse, e eu não soube o que responder. Ainda estava de cabeça baixa, porém, quando levantei, vi todos me olharem com uma feição de choque.

- Ni-ki-ah, o que houve?! - Konon veio rapidamente até mim, preocupada.

Respirei fundo, engolindo todo o choro que estava acumulado dentro de mim.

- Eu espero que estejam felizes - comecei a falar, frio. - Vocês finalmente conseguiram o que queriam.

- Do que 'tá falando, garoto?! - minha mãe perguntou num tom arrogante.