Foi bom enquanto durou, mas voltamos para as nossas rotinas. Apesar de tudo o que aconteceu nessa viagem, eu e Théo seguimos apenas amigos.
A volta pra casa me fez voltar pra realidade. Eu havia chego há três dias e já estava me planejando a ir ao Rio de Janeiro para conversar com os meus pais, mas os meus planos foram adiados por conta de alguns trabalhos pendentes.
(...)
Alguns meses se passaram. Eu confesso que eu estava tentando fugir de tudo. Eu fugi dos meus amigos, do Lucas... E dos meus pais.
Sei que é errado, mas eu ainda não me sentia pronta pra conversar com eles, pra falar sobre a minha situação. Eu queria estar pelo menos um pouco melhor e conseguir falar sem chorar e me desesperar.
Eu estava na cozinha e meu celular começou a tocar desesperadamente. Era Nath.
Ligação on;
- Oi - Atendi
- Lara, pelo amor de Deus, vem aqui em casa - Ela gritava do outro lado da linha
- O que houve? - Perguntei já indo em direção a porta
- Eu estou tendo contrações
- O que? - Grito - Eu estou indo pra aí, cadê o Mauro? - Digo já dentro do carro
- Eu não sei, eu estava dormindo, acordei com dor e ele não estava aqui, estou tentando falar com ele e ele não atende
- Eu já estou na rua quase chegando aí
Ligação off.
Eu nunca corri tanto na vida. Fiquei tentando falar com o Mauro o caminho todo. Depois de menos 5 minutos, eu me encontrava no prédio da Nath. Entrei correndo, peguei o elevador e entrei no apartamento em seguida.
- Nath - Grito ao abrir a porta - Nathália - Me desespero ao não ter sinal dela - Que susto, merda - Digo ao vê-la no banheiro se maquiando
- Que isso? Quer uma água? - Ela diz ao me ver
- Você é maluca? Não está tendo contrações?
- Sim, mas tô me arrumando, não quero que meu filho já nasça me vendo feia
- Nathália, vamos pro hospital agora, daqui a pouco esse menino nasce aí, eu não sei fazer parto pelo amor de Deus - Digo desesperada
- Não é assim Lara - Ela diz calmamente - Eu só estou tendo contrações, ele vai nascer, mas vai demorar um pouco, eu já consegui falar com o Mauro, já falei com minha médica, minha doula, minha enfermeira e, inclusive já estão vindo pra cá
- O parto vai ser aqui?
- Não, no hospital, na banheira de lá
- Pra que tá a equipe médica toda vindo pra cá então?
- Pra me auxiliarem e ir monitorando até a hora de ir pro hospital
Me sentei na cama e a equipe toda já havia chego lá, Mauro também. Nath estava tendo contrações com intervalos pequenos. Até que a doutora fez o toque e ela já estava com 6cm de dilatação, então resolveram ir pro hospital. Eu fui no meu carro e Nath com o Mauro.
Chegando lá, fiquei na recepção e eles foram pro quarto ou banheiro, já que seria numa banheira, sei lá. Depois de um tempo, Mauro veio até mim dizendo que ia demorar e que partos podem levar mais de 24 horas, que era pra eu ir pra casa e assim eu fiz.
Depois de algumas horas, os pais da Nath passaram na minha casa pra pegar a chave da casa dela. Fiquei aflita em casa sem nenhuma notícia. A madrugada chegou e nada. Acabei adormecendo.
Acordei com uma ligação de vídeo do Mauro e lá estava ele. O nosso Caio. Ele era lindo, tinha o olhinho puxado do pai e o narizinho arrebitado da mãe.
Chorei vendo aquele serzinho, assim como chorei quando vi o Gael.
Mauro virou o celular pra Nath e a bicha nem parecia que tinha parido. Ela estava com o cabelo alinhado e com os cílios na testa de tanto rímel. Pela aparência, parecia que eu que tinha acabado de parir, não ela.
Nós conversamos um pouco e choramos juntas. Realizamos um sonho.
Seja bem-vindo, Caio.
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Além do festival - T3ddy (segunda temporada)
FanficSegunda temporada do amor mais improvável de festival que se tornou de vida. Atenção: Isso é apenas uma fanfic, não condiz com a realidade. Aqui, T3ddy é um personagem. Não autorizo adaptações. Boa leitura! :)