Príncipe maligno

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Devo ter sido a mulher o qual ele fez sexo mais de uma vez, pois os boatos diziam que só se envolvia sexualmente com uma mulher apenas uma única vez, o que era bem certo daquele homem. Não me sentia privilegiada com isso... longe de mim, na verdade era assustador.

Imaginei que o final de semana seria apenas trabalho e ser ignorada pelo chefe mais novo, seria bom demais para ser verdade, mas isso não aconteceu. Ele disse que iria resolver um assunto e precisava de mim para isso, pois o secretário Kim estava ocupado com seu irmão e como era meu trabalho, entrei no carro sem deduzir suas intenções.

Patética... essa a palavra correta para me definir, pois entrar naquele carro e não deduzir que o vice-presidente Park tinha intenções nada descendentes, era pura ingenuidade. Também, mesmo que ele dissesse não tinha muitas opções — ele sempre conseguia o que queria. Segui-lo em silêncio foi o que me restou no fim das contas.

O automóvel seguiu para fora da estrada, entrando em uma mata extensa, mas não disse nada, até que parou em um lugar totalmente deserto. Virei para ele, que arrumava a camisa e o cabelo.

— Senhor — seus olhos se voltaram para mim.

— Você não me pagou pela raiva que passei.

— Oi?

Como eu posso dizer? Mais uma vez consumamos um sexo selvagem, inusitado e louco dentro daquele carro, sem medo de gemer igual uma vadia barata, que foi o que eu fiz. Isso se perpetuou durante todo final de semana, quando tinha uma oportunidade, senhor Park me arrastava para algum lugar e me f*dia e eu aceitava, porque não prestava.

Não valho um real!

[...]

Umas das crianças sentou na varanda, os pés descalços e olhando a um certa distância da praia. Talvez desejando poder aproveitar aquela praia tão linda. Senti um pouco de pena, pois nenhum adulto parecia realmente preocupado com aquelas crianças, que eram dois meninos e uma menina.

Lembrei novamente do tempo em que minha família se juntava para piqueniques na praia e todas as crianças brincavam na areia e também corriam sempre que uma onda se desmanchava em nossos pés. Dentro de mim sentia a necessidade de dar um pouco daquela felicidade para aquelas crianças, então caminhei até o menino sentado.

Fiquei ao seu lado, me abaixando até ficar de cócoras. O menino tinha uma expressão chateada e aquilo realmente apertou meu peito, pois tinha na cabeça que crianças ricas eram mais felizes. Todo aquele estigma se foi percebendo que as daquela família eram muito infelizes.

— Você gostaria de fazer um castelo de areia? — perguntei lhe chamando atenção e ele virou me encarando.

— A omma não deixa. — Respondeu fazendo um bico e assenti.

— E ela está por perto?

— Foi fazer compras. — Apertei os olhos, colocando os dedos no rosto.

— Gostaria de fazer um castelo de areia comigo? — o menino franziu o cenho.

— A omma...

— Ela não está aqui, está? — Ergui as sobrancelhas em cumplicidade, vendo a expressão dele mudar, como se pensasse.

— Vou chamar o Songwoo e a June! — ele se pôs de pé e correu para dentro de casa, me arrancando uma risada.

Nem as babás pareciam perceber a existências daquelas crianças, pois segui segurando a mão de duas, enquanto o mais velho ia na frente com os baldes e pás para nosso castelo. Não fomos para longe — mais ou menos uns cinco metros da casa, onde era possível nos ver da varanda.

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