Apenas amigos.

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Mordi a mão para conter os gemidos que queriam sair dos meus lábios, pois tinha uma língua muito habilidosa pincelando meu botão e eu precisava me manter firme, o que não aconteceria.

Park ChanYeol estava com o rosto afundado entre minhas pernas, por baixo do vestido. Me contorci com aquela sensação de êxtase, sensação essa que me impulsionava a gritar como uma p*ta barata, porém me contive, pois alguém poderia ouvir. Ele girava a língua, ora subindo, ora descendo, para que pudesse assim usar aqueles longos dedos para me enlouquecer de uma vez por todas.

Ele moveu os dedos, apertando meu clitóris e sugando ali, fazendo com que estremecesse, lhe apertando. A vontade de gozar era insana e faltava bem pouco para conseguir tal feito; o vice-presidente enfiou sua língua junto com dois dedos, então não fui capaz de me controlar.

Meus olhos se reviraram e senti minhas pernas convulsionando, nesse momento joguei a cabeça para trás, soltando um urro de prazer, enquanto meu corpo não parava de tremer. Aquele orgasmo era de outro mundo e pendi a cabeça para frente, a respiração acelerada e o coração a mil.

O vice-presidente Park caiu sentado na grama da casa, os olhos semicerrados, a boca úmida pelo meu gozo e ofegante. O cabelo desalinhado era um charme a parte naquele homem tão perverso e extremamente lindo. Encarei seu rosto e ele me encarou de volta — não dissemos uma única palavra, apenas mantendo nossos corações no lugar, além da vontade de se pegar fortemente naquele jardim.

— Se lembra da primeira vez que fui pro bordel, onde você trabalhava? — quebrou o silêncio.

— Sinceramente, tudo que envolve minha antiga vida, gostaria de esquecer — respondi tentando puxar a saia do vestido para baixo.

— Eu nunca fiquei tão obcecado por uma mulher na minha vida.

— Devo me sentir lisonjeada? — ironizei e ele riu fraco. — A b*ceta de uma brasileira era sempre disputada. Não havia nada de especial na gente, além disso, porque é assim que os homens nos enxergam, um corpo exótico para se possuir.

— E já se perguntou o porquê de toda essa adoração?

— Prefiro nem pensar. — Respondi tentando me recompor. — Nem todas nós queremos isso — continuei. — Meu país não é um grande puteiro e muito menos sou uma prostituta... não mais. — Suspirei, antes de me pôr de pé, terminando por arrumar o vestido, porém o vice-presidente ainda estava sentado no chão, me encarando. — Melhor irmos, senhor — falei. — Vou na frente, para não levantar suspeitas.

Caminhei para sair daquele labirinto — aquele oral foi o melhor que eu já tive, Park ChanYeol tinha uma habilidade com a língua que era divina, entretanto, se continuasse ali, certamente o que era de se esperar não podia dar certo. Porém, quando passei por ele, tive a perna segurada, impedida de sair para qualquer lugar que fosse.

— Senhor — virei em sua direção.

— Está errada! — franzi o cenho. — Não quero apenas seu corpo, quero tudo! — um sorriso brotou naquele rosto e a covinha solitária apareceu.

Fui solta por ele, que continuou ali no chão, enquanto me dirigia para a festa, o coração acelerado e as palavras dele rondando minha mente como um mantra. Não queria acreditar em suas palavras — eu ser nada além de um corpo para ser usado? Não, nenhum homem me enxergaria diferente, tinha de aceitar que não passava daquilo.

Saí do labirinto e nada na festa mudou, ainda havia pessoas ricas exibindo suas posses, o único que se diferenciava ali era Minjun, que ao lado do presidente Ok, ouvia atentamente a conversa sobre negócios. Caminhei até eles, para meu posto de assistente, me posicionando ao lado do secretário Kim, que apenas meneou a cabeça e continuou observando a conversa.

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⏰ Última atualização: Apr 05 ⏰

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